quarta-feira, 17 de agosto de 2005

AINDA A PERGUNTA, INOCENTE, AO MINISTÉRIO DA CULTURA, SOBRE A EXPERIMENTA DESIGN 2005 - 2

Quanto mais vou lendo sobre este caso, se é que se trata de um caso, mais confuso fico.

Através da página na net do Ministério da Cultura fico a saber que em Março de 2004, e perante uma plateia de ilustres 200 convidados nacionais e estrangeiros reunidos no Centro Cultural de Belém, o Programa Operacional da Cultura efectuou o seminário "Avaliação e Perspectivas Futuras", que foi uma oportunidade para apresentar publicamente os resultados da Avaliação Intercalar a que o programa foi alvo no decorrer do ano de 2003.

Mais à frente, leio:

"Para encerrar o terceiro painel, o seminário do POC contou com a apresentação de Guta Moura Guedes e Miguel Setas, em representação, respectivamente, da Associação Experimenta Design e da empresa Galp Energia. Duas intervenções que assentaram na Cultura como factor de valorização e diferenciação económica, sendo que a presidente daquela associação privada reforçou o papel cada vez mais relevante que o tecido económico nacional deve ter na divulgação e apoio à cultura, e o segundo exemplificou com casos de sucesso o envolvimento daquela empresa na actividade cultural nacional".

Sigo para a página da Experimenta Designa na net e leio:

"Apresentação dos resultados na ExperimentaDesign2003 - Bienal de Lisboa no seminário promovido pelo Programa Operacional da Cultura, no quadro da sua avaliação e perspectivas futuras, que teve lugar no Centro Cultural de Belem. A Experimenta foi a única entidade da sociedade civil representada e interveio no painel moderado pelo Prof.Augusto Mateus, apresentando uma comunicação com o título "A Cultura como factor de valorização e diferenciação económica".

Chegados aqui, uma nova articulação se poderá fazer a uma das perguntas já feitas ao Ministério da Cultura:

Tendo sido apoiada em 2001 e 2003, com o destaque já evidenciado em textos anteriores aqui publicados, tendo sido público o apreço pelo projecto através do seminário realizado em Março de 2004, não se estará a deitar fora o dinheiro público já investido na ExperimentaDesign, ao não apoiar a edição de 2005 ?

É que o que está em causa não é só o apoio financeiro, é tambêm o apoio institucional, o qual é tão ou mais importante que o apoio financeiro, verdade ?

Nota final: Numa pergunta colocada num texto sobre a taxa de execução da ExperimentaDesign, lamento não poder informar mas, segundo me foi dito, em consulta telefónica ao POC, tal informação é confidêncial.

1 comentário:

formiga bargante disse...

Resposta à sua primeira pergunta:

A Experimenta não é um evento para estrangeiros e lisboetas.
A Experimenta é um evento para promoção do nome Guta Moura Guedes.

Resposta à segunda pergunta:

O orçamento da Experimenta não contempla absolutamente nada que tenha a vêr com o interesse público.
O orçamento da Experimenta contempla tudo o que tenha a vêr com a promoção do nome Guta Moura Guedes.

Resposta à terceira pergunta

Independentemente dos portugueses ignorarem ou não a Experimenta, a projecção exterior é nula de interesse.

Vá ao site da Experimenta e veja o historial do projecto.
Curiosamente está actualizado até +- Agosto de ... 2004!
Daí para cá, nada.

E de caminho veja os percursos do projecto Voyager ...

Mas voltaremos, em breve, a este tema.