sexta-feira, 30 de setembro de 2005

AS REMODELAÇÕES NO MINISTÉRIO DA CULTURA

Acaba de ser comunicado que a Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, reconduziu no cargo de Director do Instituto Português de Museus o Dr. Manuel Oleiro.

Brilhante !

A DEMISSÃO DE GUTA MOURA GUEDES E O CÍRCULO DE GIZ...

Segundo o Diário de Notícias de hoje, Guta Moura Guedes foi substituida na Administração do Centro Cultural de Belém pela arquitecta Margarida Veiga.

Este é um breve texto sobre o tema, mais tarde faremos outro mais detalhado.

No entanto, não queremos, desde já de fazer notar que as nomeações para este tipo de cargos continuam a ser feita entre as mesmas pessoas.

A arquitecta Margarida Veiga já esteve no CCB, estava no Instituto das Artes, e regressa ao CCB.

Teria que sêr assim?

A resposta é não.

Vejamos:

Isabel Carlos, antiga sub-directora do Instituto de Arte Contemporânea, no tempo do saudoso Fernando Calhau, atreveu-se a concorrer, num concurso internacional e sem "padrinhos", à direcção da última Bienal de Sidney.

Atreveu-se, concorreu e ganhou.

Isabel Carlos ganha um dos mais difíceis e prestigiados concursos internacionais para dirigir uma das mais prestigiadas bienais no mundo, e no final "a sua Bienal" foi considerada uma das mais estimulantes, originais e bem organizadas bienais de Sidney.

Em Portugal, país sobejamente conhecido por possuir abundantes recursos humanos nestas e noutras áreas, Isabel Carlos edita um livro com a Fundação de Serralves e publicado pelo Público, é a comissária para a presença de Helena Almeida em Veneza, e que seja do conhecimento da Formiga, não fez mais nada.

Pergunta: não será que Isabel Carlos, com a qualidade que lhe foi reconhecida pelo júri da Bienal de Sidney, acrescida da rede de contactos e informações que foi recolhendo ao longo dos cerca de dois anos de preparação da bienal, não seria uma presença bem-vinda para a administração do Centro Cultural de Belém ?

Estamos em Portugal, não é?

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

JOÃO FRANCISCO VILHENA - 1


about joão francisco vilhena

BERLIM, OS MUSEUS E O INSTITUTO PORTUGUÊS DE MUSEUS

Mão amiga, recêm-chegada de Berlim, entrega-me informações várias sobre os museus daquela cidade.

É, também aqui, que se nota a diferença entre uma política de museus ao serviço de cidadãos, e uma política de museus ao serviço de interesses particulares.

Alguns exemplos:

PERGAMONMUSEUM
Aberto em 1930 para mostrar recuperações feitas das ruinas romanas da cidadela de Pergamon, principalmente de um enorme altar encontrado naquela cidadela.
Aos visitantes é distribuido um impresso formato A4 com quatro páginas, em inglês ou alemão, impresso a lazer pelos serviços do museu, com uma completa explicação histórica e arquelógica das peças (enormes...) em exposição, incluindo como que uma reprodução em banda desenhada da batalha entre deuses e gigantes representada em baixo relevo no altar.
Um simples curioso que se desloque ao museu, tem ao seu dispor informação de grande qualidade, mas de abordagem simples, que não só o informa sobre as peças em exposição, como lhe desperta o interesse para possiveis posteriores consultas sobre o tema.

É um impresso simples, bem elaborado, mas muito completo de informação.

O tipo de publicação pela qual o Director do Museu do Azulejo, por exemplo, demonstra o mais completo desprezo.

Esta publicação serve o interesse dos visitantes, mas não acrescenta nada ao prestígio do Director.

Catálogos luxuosos e caros, sim.

Na falta de verbas, nada !

(sobre o Museu do Azulejo, lêr textos anteriores).

A ILHA DOS MUSEUS

Entre os rios Spree e Kupfergraben estão localizados cinco museus, o Bodemuseum, o Pergamonmuseum, o Neue Museum, o Alte Nationalgalerie e o Altes Museum.

Para apoio à divulgação destes cinco museus, foi impresso um pequeno folheto com indicações sobre localização, coleccções e outras informações gerais, de forma a que qualquer visitante que se desloque a um dos museus, tenha imediatamente informações atractivas sobre os cinco.

Lembram-se de num texto anterior têr sido focada a situação do Museu Nacional dos Coches e das (algumas) possiveis medidas para atrair mais visitantes ao Museu de Etnologia?

Não é necessário inventar a roda, basta seguir os bons exemplos !

BERLIM TOURISMUS MARKETING

Numa edição desta que pareçe sêr uma instituição municipal (desculpem mas não sei alemão) foi editada uma pequena mas elegante brochura, com informação detalhada sobre 60 museus de Berlim.

Mais uma vez, senhores do IPM, basta seguir os bons exemplos, e vocês é que é suposto serem profissionais !

Muito mais haveria a acrescentar, ao nivel da eficácia das politicas de promoção dos museus, e não da eficácia da promoção dos directores dos mesmos.

Mas o tema dos museus será recuperado a partir de segunda-feira, dia 3 de Outubro.

terça-feira, 27 de setembro de 2005

FERNANDO LEMOS - 1

auto-retrato

NÃO PERCAM - ART OF THE INTERNET: A PROTEST SONG, RELOADED

"Some songs have all the luck. They lead double, even triple lives, meaning everything to everyone, and meaning it passionately.

Last month, Green Day's "Wake Me Up When September Ends" was serving both as a protest song against the war in Iraq and as a patriotic ballad. It was (and still is) one of the most requested music videos on MTV. Now, thanks to the Internet, it is a song about the devastation that followed Katrina".

Pela primeira vez, duplicamos um texto.

Esta mesma chamada de atenção foi agora publicada no Jeremias de Polaroid ao Ombro.

Mas vale a pena.

E, principalmente, sigam o link referido no artigo.

Para os mais apressados, aqui fica o link da "protest song".

LISBOA CAPITAL CREATIVA E MOTIVOS PARA PREOCUPAÇÃO

A partir de 10 de Outubro, a Formiga Bargante começará a publicar, sob a forma de crónicas, alguns textos sobre a campanha de Manuel Maria Carrilho para a presidência do Município de Lisboa.

Entretanto, e a título excepcional, faremos hoje um texto sobre o programa ontem apresentado, dado que alguns reparos nos parecem ajustados efectuar antes de 9 de Outubro, data das eleições.

1º REPARO
Quando ontem chamámos a atenção sobre Richard Florida, e dando alguns links para o efeito, estávamos longe de saber da importância dos mesmos.
Comparem, por exemplo, o link da Creative London com o programa de Carrilho, nomeadamente um dos três caminhos propostos , o da Imaginação.
Enquanto o programa da Creative London se propõe apoiar as iniciativas da criação onde quer que elas se manifestem, dentro da área do município londrino, à boa maneira portuguesa houve um iluminado que achou por bem localizar estas iniciativas preferencialmente na zona ribeirinha.
Já estou a imaginar ateliers de jovens criadores de ourivesaria no projecto do Renzo Piano, jovens criadores de cinema de animação no projecto do Norman Foster, jovens criadores de moda no projecto do Jean Nouvell, e por aí fora...
Em suma, é um iluminado português a pretender acrescentar um toque pessoal às propostas de Richard Florida, com este e outros disparates como resultado final.
Mas sobre este tema e outros, só depois de 10 de Outubro, juro.

2º REPARO
Na página 17 do programa, e num parágrafo discreto colocado num texto dedicado a um proposto "Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Lisboa", podemos lêr:
"...Para este efeito poder-se-ia equacionar, à semelhança de cidades como Los Angeles, a criação de um fundo para a aquisição de obras de arte...".

Confesso que tive um arrepio !

Dado o tipo de apoiantes que aparecem "colados" e, já agora, promovidos por Carrilho, receio bem que o "lobbie" da Ellipse Foundation se esteja a preparar para, inscrevendo aquele parágrafo discreto no programa, desenvolver as suas actividades DENTRO da própria Câmara de Lisboa.

Um novo arrepio.

Já agora, e para lançar um pouco de luz sobre o mentor desta fundação, a Ellipse, leiam a notícia publicada no suplemento de economia do Expresso do passado fim de semana, e da qual só vou destacar o título e os sub-títulos:

"RENDEIRO CONTRADIZ-SE"
Diferenças surgem no confronto dos processos sobre a OPA da A.Silva & Silva.
O presidente do BPP terá de esclarecer em juízo as afirmações contraditórias."

Esta notícia tem a vêr com um processo pouco (ou nada) claro de compra de acções relativas a uma OPA à empresa de construção civil A.Silva & Silva, e a um ajuste de contas entre Rendeiro e um seu colaborador directo (administrador do BPP), de seu nome Miguel Henriques.

A partir de agora, e até 10 de Outubro, salvo acidente natural não previsivel, não voltaremos a falar da campanha de Carrilho.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

JORGE MOLDER - 5


about jorge molder

LISBOA CAPITAL CRIATIVA E RICHARD FLORIDA

Conforme tinhamos previsto no passado dia 21, várias referências foram feitas a Richard Flórida, por Manuel Maria Carrilho, durante a apresentação do projecto Lisboa Capital Criativa.

Para que fiquem mais dentro do que se fala quando se fala de Richard Florida, a formiga preparou um conjunto de links, para ajudar a situar a conversa.

Para conhecer Richard Florida e a organização CreativeClasse, o link é este.

Para conhecer o estudo "Europe in the Creative Age", o link é este.

Finalmente, para conhecerem uma aplicação prática, na Europa, das teorias de Richard Flórida, o melhor é verem Creative London. O link é este. (corrigido)

Daqui para a frente estão por vossa conta.

Boa viagem !

domingo, 25 de setembro de 2005

PATRICIA ALMEIDA - 1


about patricia almeida

NÃO PERCAM - DESIGNMATOGRAPHY

É público que a Formiga não morre de amores pela Experimenta.

Mas este ciclo de cinema documental, embora integrado na Experimenta 2005, não tem nada a vêr com a dita.

Consultem a página da Culturgest, e de hoje até 3ª feira façam os impossiveis para estarem presentes.

Ficarão eternamente gratos à Formiga ! (Bem, se ficarem só agradecidos, já não é mau !)

Dica muito importante: vão um pouco mais cedo, comprem o bilhete (2 euros) e, acima de tudo, (além do café no bar, claro), peçam e leia as excelentes folhas monográficas sobre cada sessão.

E não percam tempo a lêr a "mini-biblia" da Experimenta.

A informação que lá está não vale um caracol.

sábado, 24 de setembro de 2005

JOSÉ MARAFONA - 2


about josé marafona

SUGESTÕES PARA UM FIM DE SEMANA

Os leitores da Formiga são um bocado distraidos.

A avaliar pelos contadores dos respectivos sites, os outros dois blogues da Formiga Bargante raramente são visitados pelos leitores deste site.

Não sabem o que perdem !

No Jeremias podem vêr alguma da melhor fotografia americana dos anos 50, e, algumas vezes, poucas, fotografia actual.

No Jeremias de Polaroid ao Ombro, entrem nos vários linkes espalhados pelo blogue, e vejam bem o que andam a perder !

Portanto, este fim de semana, façam um favor a vocês próprios, e dêm uma espreitadela aos "Jeremias" (presunção e água benta...)

BRAVA BELUGA !

"Não experimentem a Experimenta

Por várias razões, a Experimenta não faz sentido: não motiva a criação, mas a reprodução; é uma sucessão de eventos desgarrados (embora se tente a todo o custo colocá-los sob a mesma capa), independentemente do tema e o que muda - para quem está dentro do meio - é o pantonne. A Experimenta não cumpre nenhum dos objectivos a que se propõe e mais uma vez, como se já não bastasse os cursos de design em que o que importa é o conceito, passa ainda mais a ideia de que o design é para meia dúzia de iluminados e não, que está, ou deveria estar, ao serviço das pessoas. Ainda que sob esta denominação, a Experimenta não faz passar a mensagem.
Ninguém retira à Experimenta o mérito de um site muito bonito (que lá isso eles têm). Não se compreende é duas coisas:
1ª. Como é que num país tão pequeno existem duas entidades a promover eventos relacionados com design (O CPD e a Experimenta), entidades estas que não se encontram e são ostensivamente opostas nos propósitos,
2ª. Como é que o CPD, surge como co-produtor da Experimenta e isso só se traduza na "prática" e segundo o site, numa única exposição (a [P]).
Desconheço os números, mas parece-me pouco ético que um evento destes, uma Bienal de Design, fique confinada ao espaço do CCB - Guta Moura Guedes vogal do conselho de administração do CCB e Guta Moura Guedes Presidente da Associação Experimenta que praticamente acontece no CCB. Parece-me igualmente ridícula a inclusão do CPD nas parcerias, quando se sabe que o CPD não se identifica com a Experimenta e que o seu papel na mesma é nulo. Com a excepção das intervenções de Henrique Cayatte, presidente do CPD e designer com provas dadas".


De acord0 com quase tudo que Beluga escreve neste comentário sobre Experimenta (em pleno desacordo no que se refere ao Cayatte, mas isso são outras "estórias"...).

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

DANIEL BLAUFUKS - 3



about daniel blaufuks

ASSIM TRABALHA A EXPERIMENTA DESIGN

Para uma entidade que pretende trabalhar exemplarmente no sector da comunicação, atentem neste pequeno pormenor.

Integrado na Experimenta Design 2005 vai decorrer o ciclo "DESIGNMATOGRAPHY IV", com um programa que, pela qualidade e equilibrio, deve sêr das melhores coisinhas que passam este ano na Experimenta.

Agora comparem a informação disponivel sobre este ciclo no site da Culturgest e no site da Experimenta Design.

A diferença é tão clara, tão transparente, que não vos vou insultar fazendo qualquer tipo de comentário.

Voltaremos à Experimenta.

Mas, já agora, uma pequena pergunta:

As contas com o Programa Operacional da Cultura referentes aos ano de 2003 já terão sido aprovadas?

Curiosidades...

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

RUI FONSECA - 2


about rui fonseca

NÃO ACREDITO EM BRUXAS, MAS QUE EXISTEM, EXISTEM

Mais uma vez Augusto M.Seabra publica, no Público de hoje, um artigo essêncial para se entender o que se passa no mundo das artes, e bem assim de algumas das suas mais que perigosas associações a vários tipo de interesses, nomeadamente o financeiro, e já agora o político.

Um dos reparos de Augusto M.Seabra refere-se à dotação de 331.00 euros para a representação portuguesa na Bienal de Veneza (como refere AMS - o maior evento internacional no campo das artes plásticas-) e os 500.000 euros para a Bienal de S.Paulo, para a apresentação de "Comer o coração", um trabalho de Vera Mantero e Rui Chafes, com Alexandre Melo como "curator".

Se bem se lembram, Alexandre Melo, actual assessor do primeiro ministro José Socrates para a área da cultura, é, entre outras coisas, "curator" da Fundação Ellipse, entidade fundada pelo Banco Privado Português (vêr aqui), juntamente com Pedro Lapa, director do Museu do Chiado.

Sucede que a Ellipse Foundation , abriu , e justamente em S.Paulo, um escritório de representações em Outubro de 2004,(vêr aqui) tendo a Bienal de S.Paulo sido inaugurada em Dezembro do mesmo ano, na tal instalação que tinha Alexandre Melo como "curator" e, simultaneamente. administrador de uma fundação (a Ellipse) que tinha escolhido o Brasil como um dos ângulos do triangulo de captação de fundos (Portugal, Espanha, Brasil).

Mais conveniente não podia ter sido, para a Ellipse Foundation, claro!

Mais tarde, Alexandre Melo é nomeado consultor do primeiro-ministro José Socrates para a área da cultura, e nessa qualidade acompanha a actual Ministra da Cultura na sua recente visita ao Brasil.

Mais uma vez a Ellipse Foundation coloca um seu peão, perdão, "curator", numa organização de Estado, e sempre à custa do mesmo.

Já agora, e para terminar, seria interessante conhecer a lista de cargos a que Alexandre Melo teve de renunciar, por incompatibilidades LEGAIS e não éticas, na altura em que foi nomeado consultor do primeiro-ministro.

Seria muito interessante, e deveras exclarecedor !












quarta-feira, 21 de setembro de 2005

VALTER VINAGRE - 2


about valter vinagre

RICHARD FLORIDA E LISBOA CAPITAL CRIATIVA

Durante o resto desta semana vamos "dar tréguas" ao Instituto Português de Museus, tanto mais que sabemos que algumas surpresas, e das fortes, estão para acontecer a breve prazo.
Como diriam na aviação "fasten your seat belt"...

Passemos a outros temas, bastante mais do agrado da Formiga Bargante.

Na próxima sexta-feira, Manuel Maria Carrilho (o tal que não aperta a mão a qualquer um, até porque quem não se sente não é filho de boa gente...) vai apresentar, integrado no projecto para a cidade de Lisboa, a Estratégia Lisboa Capital Criativa.

E um nome que vai surgir como grande pano de fundo para esta iniciativa, estamos quase certos, será o de Richard Flórica.

E quem é Richard Flórida ?

Richard Flórida é um professor de economia que lecciona em algumas universidades americanas, mas não é daí que lhe advem fama, e, já agora, proveito.

Richard Flórida lançou em 2002 um livro "The Rise of Creative Classe", no qual desenvolve uma nova aproximação ao poder competitivo das cidades americanas.

É então que surge a célebre (mas também contestatada...) teoria dos 3T (tecnologia, talento e tolerância), para analisar e justificar o desenvolvimento, ou o declinio, de algumas cidades americanas, análise essa baseada em dados estatisticos mas com aproximações novas à forma de encarar esses números.

Posteriormente, a equipa de Richard Florida lança um novo estudo, desta vez intitulado "Europe in the Creative Age".

Ao pretender utilizar os métodos seguidos nos EUA para analisar a realidade das cidades americanas, Richard Florida e a sua equipa chegaram à conclusão que não era possivel analizar as cidades europeias pela óptica seguida nos EUA, por falta de dados estatísticos, mas que o método era aplicável ao nível de países.

E Portugal foi incluido nesse estudo.

Só para aguçar o apetite para o que se vai seguir nos próximos dias, lanço-vos um desafio:

Ao nivel da Tecnologia e do Talento (dois dos já famosos 3T), é fácil calcular em que lugar Portugal se situa.

Mas ao nível da tolerância?

Somos um país de brandos costumes, percursor da ligação em grande escala das várias civilizações do planeta Terra (descobrimentos, lembram-se?), cristão e republicano.

Acontece que dos 15 países analisados (14 europeus mais os EUA) Portugal está... em 15º.

Ou seja, para que não restem dúvidas, Portugal é o país mais intolerante dos 15 países analisados.

Já agora, sabem quem é o 14º ? Os Estados Unidos da América !

Afinal sempre estamos em boa companhia...

Como aperitivo, fica este texto.

Amanhã faremos uma aproximação menos "sensacionalista" a Richard Flórida.

Quanto ao programa a apresentar por Manuel Maria Carrilho, vamos esperar para vêr.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

INÊS GONÇALVES - 1


about inês gonçalves

JOSÉ LUÍS PORFÍRIO E O MUSEU DO AZULEJO

No último fim de semana, na revista Actual do Expresso, José Luís Porfírio (ex-director do Museu Nacional de Arte Antiga), assina uma curiosa crítica sobre uma exposição de cerâmica, actualmente em exibição no Museu do Azulejo.

Além de realçar o interesse e valor das peças expostas, não deixa de chamar a atenção para "...um pequeno e bonito catálogo com um belo ensaio de Nermim Kura..."

Quanto a todos os outros aspectos, já referênciados num texto anterior da Formiga Bargante sobre o Museu do Azulejo, nem uma palavra.

Nem a falta de textos em inglês, nem a falta de representatividade da cerâmica portuguesa do século XX, silêncio total.

Cumplicidade entre "velhos camaradas de armas"?

Ou será por outras razões, que neste momento a Formiga não está em condições de revelar?

E são razões bem fortes, podem crer ...

Mas isso fica para outro dia.

BELUGA E O INVENTÁRIO DOS MUSEUS, MAS NÃO SÓ

"...ao fazer uma coisa tão simples como a renovação das tabelas de identificação das peças, depararmo-nos com peças expostas sem número de inventário. E refiro isto porque o IPM anda há muitos anos a implementar um serviço que se chama matriznet cujo objectivo é permitir ao público consultar informações básicas acerca das peças expostas nos museus do IPM, e aos museus, sistematizar e informatizar o inventário. Cada museu tem uma matriz, como uma ficha de inventário onde coloca todos os dados sobre a obra e só aos conservadores é permitido fazer as alterações necessárias. Só que o tempo que está entre quem abriu a ficha e quem nela colocou dados faz com que os critérios de interpretação não sejam os mesmos. Assim, o que para um é uma peça de mobiliário, para outro pode ser pintura sobre madeira. E quando alguém do museu pretende visualizar a peça ou fazer uma pesquisa acerca da mesma no matriz (que pode porque é do museu, não podendo no entanto alterar a descrição), perde um tempo idiota porque não a encontra. Escrever Sienna em vez de Siena ou 1/A em vez de 1_A é o suficiente para a peça não aparecer. E esta falta de coerência vê-se não só na forma alienada como os conservadores fazem o inventário (cada um no seu gabinete, sem troca de informações e quando confrontados com o erro, sem vontade para o corrigir, para proceder a essa tal uniformização), mas depois na variedade de informações que o museu dá das suas peças: há tabelas de peças que não têm o número, há tabelas em que o número não corresponde à peça exposta, há peças expostas sem tabela e mais grave, sem número de inventário (mesmo as peças que não têm tabela, têm num lugar menos visível, um autocolante com o número de inventário, ou deveriam ter). Não sei se o museu onde trabalho é uma excepção, mas parece-me que não..."

Pelo panorama que é traçado "por dentro" (e outras fontes, tambêm colocadas dentro dos Museus assim o confirmam) o panorama dos Museus é de susto.

Directores com projectos pessoais em lugar de projectos nacionais, conservadores a trabalharem com o "brio" documentado, total falta de articulação entre os vários Museus do IPM, e este é só o início do "catálogo" das desgraças.

Culpa dos directores dos museus ? Certamente.

Mas a culpa fundamental é do Instituto Português de Museus, que nada faz para alterar este quadro, bem pelo contrário, dado que, pela demissão das funções que lhe competem, avalisa estes e outros comportamentos, impróprios de um país europeu.

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

O QUE O INSTITUTO PORTUGUÊS DE MUSEUS DEVIA FAZER E NÃO FAZ - 1

Imaginem um triângulo, em Lisboa, numa área bastante reduzida.

Num dos ângulos da base, o Museu de Arqueologia.
No outro ângulo da base, o Museu dos Coches.
No último ângulo, no vértice, o Museu de Etnologia.

Em 2004 os visitantes de cada Museu foram os seguintes:

Museu de Arquelogia - 70.266
Museu dos Coches - 190.564
Museu de Etnologia - 11.264

Agora imaginem que o IPM tem uma direcção e quadros que se preocupam com estas e outras questões, mais ligadas à fruição pública dos Museus do que aos compadrios e protecção de amigos.

Este IPM imaginário, coloca nestes três Museus publicidade, bem destacada, a anunciar a existência, colecções e exposições temporárias de cada um deles.

Mais, este IPM imaginário consegue um acordo com a Carris, de forma a que um ou dois autocarros façam um percurso regular, durante as hora e os dias de funcionamento destes três Museus, de forma que os visitantes possam deslocar-se de forma cómoda e rápida entre eles.

Mais, este IPM imaginário estabelece pontes de ligação entre os três Museus, de forma a que desenvolvam algumas acções comuns, de forma a estabelecer uma maior empatia com os públicos potenciais.

Feito isto, pensam que um Museu como o Museu de Etnologia, com a qualidade que se lhe reconhece, teria sómente 11.264 visitantes em 2004 ?

E não estamos a falar em programas conjuntos para as escolas, que esse tema fica para outro dia.

Mas uma coisa é o Instituto Português de Museu que existe, e outra aquele que convidámos a imaginar.

Mas como da imaginação à acção vai um passo, pode acontecer aqui o príncipio de uma longa e divertida caminhada.

HELENA ALMEIDA - 1


about helena almeida

AINDA BELUGA e ANÓNIMO DE 15.9

"...O Museu Monográfico de Conímbriga é a excepção, pois apesar de não ser Nacional, ser monográfico, e no centro do país, tem um grande número de visitantes. No meu entender isto deve-se a uma sobrevalorização de Conímbriga. Quem lá for hoje, depara-se com obras de “valorização dos monumentos de Conímbriga como o Fórum, as Grandes Termas do Sul e Termas do Aqueduto” (site do Museu Monográfico de Conímbriga), e vai sentir com certeza que o espírito das pré-existências romanas está a ser subvertido. E não é uma opinião apenas minha...".

"...Não sei se será apenas por uma questão de tamanho ou de sorte, mas de facto verifica-se isto: os museus mais pequenos ou periféricos, ou contam com grandes directores/administradores/criativos, ou contam com um grande orçamento...".

De um comentário de "Beluga" retirámos os dois excertos acima publicados.

Relativamente ao primeiro, e sobre Conímbriga, levanta um tema , o das "obras de de valorização", tema esse que anda arredado do nosso dia a dia.
E como Beluga afirma que esta não é uma opinião meramente pessoal, aqui fica o desafio:
venham mais contribuições sobre Conímbriga, pró e contra, e vamos todos ficar mais exclarecidos, e "ajudar" o Instituto Português de Museus no trabalho que devia fazer, e que algum, pelo menos, não faz.

O segundo tema, o da capacidade dos museus mais pequenos obterem mais verbas do IPM, creio que aflora um problema básico de TODOS OS MUSEUS DO IPM.
Na verdade, TODOS os Museus do IPM têm que ter directores/administradores criativos, competentes e empenhados, dado que estão a administrar bens públicos, que deviam estar ao serviço das populações e não estão.

Em textos anteriores da Formiga Bargante, poderão verificar que não somos "meigos" com os directores de grandes museus do IPM, tais como o do Chiado e do Azulejo, que em lugar de estarem ao serviço dos públicos vários que os deveriam frequentar, e não frequentam, estão ao serviço de projectos pessoais dos respectivos directores.

Mas este é um tema muito mais complicado, que passa pela cumplicidade do IPM ao não exercer as funções que lhe estão atribuidas, e permitir as situações de perfeito escândalo, tais como as já referidas, e que têm sido denunciadas na comunicação social, nomeadamente por Alexandre Pomar no Expresso e Augusto M.Seabra e Vanessa Rato no Público.

Portanto, venham mais textos sobre Conímbriga e outros Museus, e ainda hoje voltaremos ao tema IPM

Quanto ao Anónimo de 15.9 e a situação que descreve de quase anarquia na inventariação das reservas de um Museu algures em Portugal, estamos à espera de novos textos ou informações sobre sta matéria, que sabemos não ser única, para voltar a abordar o mesmo.

Isto promete !

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

TENHAM UM BOM FIM DE SEMANA


about josé marafona

TEXTO RECEBIDO DE BELUGA

" No Norte, e não é um Museu Nacional. Os Museus mais visitados têm um orçamento de Estado mais, "simpático" e curiosamente situam-se na capital (Museu Nacional de Arte Antiga, Museu do Traje, Museu dos Coches). E assim se faz uma "pescadinha de rabo na boca": os mais pequenos não têm apoios, ficam sempre com uma fatiazinha mais pequena do bolo, enquanto os grandes, mesmo não tendo colecções coerentes, abarcam o resto. Têm melhores acessos, fazem parte de roteiros turísticos devidamente apoiados com todas as outras estruturas (restauração, acessos, novamente os acessos) e já são instituições com peso. Note-se que não há muito tempo, a RTP1 transmitiu um programa da tarde em directo do Museu do Traje. Ainda que o programa estivesse enquadrado no espaço, é publicidade gratuita e pura. Nada contra, mas se fazem para uns em horário nobre, não releguem os outros para o "Regiões".

Caro(a) Beluga
Creio que não tem tanta razão como isso, mas amanhã "conversamos", está bem?

DE OUTRO ANÓNIMO DEVIDAMENTE NÃO IDENTIFICADO

"...Alias confesso que fujo o mais possivel deles para nao passar ainda mais tempo agarrado ao computador. Porém, os problemas em Portugal nao se resumem aos museus, arquivos e bibliotecas são igualmente parentes pobres e mal administrados. Neste momento escrevo-lhe da Biblioteca Nacional que nem sequer tem capacidade para fiscalizar o cumprimento da lei do deposito legal e onde os pobres leitores, como eu, nem sequer dispõem de casas de banho limpas. No entanto, de tempos a tempos cá temos novo comissário político a dormitar nas alturas de um gabinete".


Estão a vêr como é fácil ?

Vá lá. não sejam tímidos, escrevam ...

DE UM ANÓNIMO DEVIDAMENTE NÃO IDENTIFICADO

Anônimo disse...

Trabalho num - Museu, leia-se - e a situação é surreal, quase idiota.
No meu Museu, que agora vai entrar em obras, nem todas as peças têm tabelas de identificação, algumas não estão inventariadas, há peças listadas que não aparecem em lugar nenhum, há peças que aparecem e ninguém sabe de onde vieram.
O público quando vem pede sempre desconto - quando não pede desconto para ir a um jogo de futebol - a aproximação das autárquicas potencia as visitas da terceira idade. É ver, ao início da tarde, grupos de homens e mulheres que desejam paz e força nas pernas, a arrastarem a bengala para um divertimento obrigatório; "Porque o senhor Fulano de Tal que é candidato e muito nosso amigo e oferece e a gente o que quer é ver-se livre da rotina aparvalhada". Há quem passe a correr, há quem se detenha e consiga ver a beleza das obras (e ela existe), há quem se socorra do museu para passar um bocadinho da tarde à sombra. Mas de facto, e até às obras, este vai continuar a ser um espaço morto, apenas preenchido pela perspectiva das obras futuras (que vão preservar a histórica estrutura antiga), e pela proximidade de um ano lectivo que se avizinha complicado para o Museu, uma vez que o Orçamento de Estado para a Cultura não contempla um tostão para os Serviços Educativos. Não se pretende dinheiro (com menos pode fazer-se mais), mas apoio.
As pessoas que lá trabalham, fazem-no "contrariadas", como já ouvi e também arrastam o ano de trabalho saltitando entre atestados médicos. Ao abrigo de um programa denominado "Cultura e Emprego", conseguiram encaixar (o Estado, o Centro de Emprego, o Ministério da Cultura, não sei?) cerca de 500 pessoas (jovens licenciados) nos museus do IPM, sem qualquer tipo de critério de escolha. Os jovens licenciados têm trabalho durante um ano o que me parece contraproducente porque quando finalmente aprenderam algo, estão a par das colecções, sabem fazer inventariado, vêm embora.
O público que temos é assim, e a política cultural que temos, também.

A Formiga Bargante não tem nada contra os anónimos. Venham eles !

Já agora, agradecia que fossem um pouco mais explicitos, do género: "trabalho num Museu em Lisboa" ou "trabalho num Museu no Norte", enfim, algo que nos ajude a situar um pouco mais do que estamos a falar.
E têm sempre o email...

JOANA PIMENTEL - 1


about joana pimentel

DESAFIO AOS LEITORES

Depois da chamada de atenção da Grande Loja (o contra-baixo é um exagerado...) o dia de hoje vai ter um fartote de visitantes!

Vamos então aproveitar !

Nas localidades onde vivem os leitores existem museus nacionais, municipais, privados e outros.

Existem Bibliotecas Municipais (140 já integradas na Rede Nacional de Leitura e outras 120 em construção).

Então mandem-nos as vossas ideias, os vossos comentários (positivos e negativos), sobre estes espaços, quer atraves do "comentários" do post, quer através de email (que está indicado no "perfil").

Vamos todos conhecer melhor a realidade destes espaços a nivel nacional ?

Vá lá, não custa nada !

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

ADELINA LOPES - 1


about adelina lopes

AUGUSTO M. SEABRA, A EXPERIMENTA DESIGN E PERGUNTAS POR RESPONDER

"A receber Guta Moura Guedes enquanto representante da entidade co-produtora, a fazer as honras da casa do CCB, estão, presume-se, o presidente do conselho de administração, Fraústo da Silva, e certamente a administradora Guta Moura Guedes.
Estranho? É o sistema das artes em Portugal, e os níveis de promiscuidade que nele vigora, mas é de facto muito mais: a total demissão de uma tutela política da cultura".

É este o destaque dado no Público de hoje, a um excelente artigo de Augusto M.Seabra a denunciar, uma vez mais (lembram-se dos artigos sobre o Museu do Chiado, a Ellipse Foundation e o Director do Museu Pedro Lapa?) a promiscuidade nas artes em Portugal.

Leitura obrigatória, muito embora sem acesso na net.

Mas tambêm a Formiga Bargante se tem debruçado sobre o "fenómeno" Experimenta Design.

Assim, em 21/6, 27/6, 15/8, 16/8 e 17/8 levantámos algumas questões que, como é óbvio (qual a visibilidade deste blogue? - nenhuma!), ficaram sem resposta.

Mas aqui ficam mais algumas questões, algumas antigas e outras novas.

CONTAS DE 2003
Até ao final do mês de Agosto de 2005, o relatório final da Experimenta Design a justificar o apoio de € 1.234.00 prestado pelo Plano Operacional da Cultura ainda não estava apresentado/aprovado pela entidade que administra aquele Plano.
Dois anos depois, e com uma nova edição em curso, ainda não temos contas aprovadas?

INSERÇÃO DA EXPERIMENTA DESIGN NOS APOIOS DO PLANO OPERACIONAL DA CULTURA EM 2001 E 2003
Com base em que critérios e justificação jurídica a Experimenta Design foi incluida no POC, na rúbrica 3.2.1-Medida 1.1 - Recuperação e Animação de Sítios Históricos e Culturais?

NÃO APOIO DO POC À EXPERIMENTA DESIGN 2005
Depois de apoiar com € 2.086.542 (2001 e 2003) e de no relatório à execução do POC para 2003 ter sido escrito "Da totalidade dos projectos aprovados, destaca-se pelo significativo valor de investimento associado, o projecto Experimenta Design 2003..." qual a razão que leva o Plano Operacional da Cultura a não apoiar a Experimenta Design em 2005?

BALANÇO DA EXPERIMENTA DESIGN
Quatro edições depois, (1999,2001,2003,2005) e muitos milhões de euros investidos, públicos (poder central e local), e privados, não será já tempo de fazer um balanço sério e independente dos ganhos obtidos para o Design e os Designers portugueses por estas iniciativas?
Uma primeira conclusão se pode desde já referir, sem correr o risco de errar:
Uma desconhecida, diplomada em gestão hoteleira, consegue, quatro edições depois e muitos milhões de euros investidos, repetimos, obter o estatuto público que hoje está associado ao nome Guta Moura Guedes.
Quanto ao resto, não sabemos.

Quanto às respostas, ficam para melhor oportunidade.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

CARLOS LEMOS - 1


about carlos lemos

OS PÚBLICOS DOS MUSEUS - 10

MUSEU NACIONAL DO AZULEJO

No texto anterior descrevia o resultado de uma visita ao Museu.

Agora ficam algumas questões, para que, quem possa e saiba, responda.

A - VISITANTES DO MUSEU
1 - Visitantes nacionais
Como se entende que este Museu, em 2004, só tenha tido 11.684 visitantes nacionais, dos quais 6.696 adultos e 4.988 jovens, e de entre estes jovens 4.274 tenham "aparecido" através das escolas?
Só para comparar, o Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, teve, em 2004, 6.276 jovens visitantes "aparecidos" através das escolas.
Será que Lisboa, e em particular o Museu do Azulejo, tem menos capacidade para atrair os jovens das escolas ?
Será que o Programa Anual do Museu contempla esta questão?

2 - Visitantes estrangeiros
Qual será a sensação de um visitante estrangeiro, ao percorrer o Museu do Azulejo sem textos, pelo menos em inglês ?
E que dizer das exposições temporárias, que ocupam um espaço nobre e enorme do Museu, sem que exista uma pequena legenda noutra lingua,, que não o português?
E que dizer da falta do roteiro do Museu, em inglês, desde tempos que as funcionárias e os funcionários não conseguem situar a data ?

AZULEJARIA PORTUGUESA DO SÉCULO XX
Instalada num corredor, sem um mínimo de dignidade ou visibilidade apropriada, que imagem damos aos mais de 80% de visitantes estrangeiros que visitam o Museu ?
E a ligação, que não existe, ao Metropolitano de Lisboa e aos cerca de 50 artistas plásticos representados em vários paineis de azulejos nas estações do Metro?
Será que ninguêm entende, (Museu, IPM ou Ministério da Cultura), que estamos a desperdiçar uma oportunidade única para confrontar os visitantes estrangeiros com a nossa realidade actual no panorama das artes plásticas, e da azulejaria em particular?

EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS
Para a azulejaria portuguesa do século XX não existe espaço, para além de um corredor.
Para as exposições temporárias, existem inúmeros lugares (Hein Semke uma sala, Alev uma sala, Azulejaria Valência 3 pisos !) bem como verbas importantes para a realização das mesmas.
Será por acaso? Não não é !
E já vamos saber das razões.
Mas, para já, seria interessante saber que verbas movimentou a exposição da Cerâmica Valênciana. Estamos em crer que se estas verbas fossem tornadas públicas, e num país decente e em dificuldades financeiras como o nosso, o mínimo que podia acontecer era o Director do Museu, Dr.Paulo Henriques, sêr demitido.
Mas aposto que estas verbas nunca serão tornadas públicas.
E, para acabar, gostariamos de saber dos critérios que levam à realização destas exposições temporárias num Museu que é visitado em percentagens superiores a 80% do estrangeiros?
É o critério do interesse da cultura nacional ou é o critério do interesse do Director do Museu?

ALGUNS PRINCIPIOS DE RESPOSTAS

Tudo aquilo que temos vindo a apontar ao Museu do Azulejo, leva à conclusão de que, tal como no Museu do Chiado, estamos perante um projecto pessoal para "valorização" da imagem do Director do Museu, Dr.Paulo Henriques.

O desprezo do Director do Museu pelo público deste MUSEU NACIONAL, é evidente.

Desde as faltas grosseiras de apoios didácticos, básicamente em inglês mas tambêm em português, à falta dos roteiros do Museu em português e em inglês, (desde tempos que a memória dos funcionários não consegue recuperar), ao completo desprezo pela azulejaria contemporânea e pelos seus criadores, de tudo isto temos um catálogo bastantes preenchido.

E qual a razão de às exposições temporárias serem atribuidos espaços, recursos humanos e financeiros e energias várias, em detrimento de funções mais fundamentais da função museológica, como um maior respeiro pelo século XX?

A resposta é simples: o Dr. Paulo Henriques, enquanto director do Museu, só aumenta a sua visibilidade e o seu circuito de influências através das exposições temporárias, básicamente se elas forem consagradas a exposições dedicadas a temáticas não nacionais.

Mas, provávelmente, nem é ele o maior responsável por esta situação.

É ao Instituto Português de Museus que compete aprovar e acompanhar os Projectos Anuais dos Museus por si tutelados.

Ao aprovar tais projectos, torna-se cumplíce, no Museu do Azulejo, no Museu do Chiado e provávelmente noutros Museus.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

VALTER VINAGRE - 1


about valter vinagre

OS PÚBLICOS DOS MUSEUS - 9

E hoje vamos até ao Museu do Azulejo.

Antes de continuar, convêm recordar dois aspectos importantes, um referente a algumas definições da Lei Quadro dos Museus Portugueses, e a outra o público que visita o Museu do Azulejo.

Lei Quadro dos Museus Portugueses
Artigo 40º
Exposições e Divulgação
1 - O Museu apresenta os bens culturais que constituem o respectivo acervo através de um plano de exposições que contemple, designadamente, exposições permanentes, temporárias e itinerantes.
2 - O plano de exposições deve ser baseado nas caracteristicas das colecções e em programas de investigação.

Os visitantes do Museu do Azulejo

Os visitantes do Museu do Azulejo são, sempre acima dos 80%, estrangeiros.
Em 2001, dos 79.888 visitantes, 71.379 eram estrangeiros, ou seja 89%
Em 2002, dos 75.685 visitantes 61.168 eram estrangeiros, ou seja 81%
Em 2003, dos 79.635 visitantes 72.258 eram estrangeiros, ou seja 91%
Em 2004, dos 70.571 visitantes 58.887 eram estrangeiros, ou seja 83%

Explanados estes dois ponto, vamos lá então falar do Museu do Azulejo.

Chegados à recepção, naturalmente pergunta-se pelo roteiro do Museu.

O roteiro em português não existe para venda ou consulta desde o início do ano, quanto ao roteiro em inglês, as pessoas indagadas, quer na recepção quer na livraria, não se recordavam da última vez que o tinham visto.

E isto num Museu que é maioritáriamente visitado por estrangeiros !

Antes de chegar aos "pratos de resistência" (azulejos do século XX e exposições temporárias), façamos uma pequena volta por alguns dos locais do Museus:

SALA "FRONTAIS DE INFLUÊNCIA ORIENTAL SÉCULO XVII"
Pequenas legendas com a indicção do nome da peça e local de onde foi recolhida.
Quanto às influências, nada. O "pessoal" é culto e sabe quais são, verdade ?
Quanto à influência dos DESCOBRIMENTOS PORTUGUÊSES na dita influência nos frontais, zero. O "pessoal" é culto e sabe quais são, verdade ?

SALA "SANTOS SIMÕES-AZULEJARIA BARROCA DA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVIII"
Pequenas legendas com a indicção do nome da peça e local de onde foi recolhida.
Das razões pelas quais só são apresentadas peças da primeira metade do século XVIII zero, o "pessoal" é culto ...
Da influêcia do Barroco na azulejaria zero, o "pessoal" é culto...

CAPELA SANTO ANTÓNIO
Capela e coro riquissima em talha dourada, pintura e azulejos.
NEM UMA LEGENDA!
Nada sobre a talha dourada, sobre a pintura ou os azulejos alí presentes!
Nem um pequeno texto feito em computador e impresso em impressoras de jacto de tinta, nada, nada nada! (até doi!)

SALA 12-AZULAJARIA ROCOCÓ E POMBALINA
Pequenas legendas com a indicção do nome da peça e local de onde foi recolhida.
Quanto às influências do rococó e do pombalino, e da importância do pombalino no contexto nacional, nada.
O "pessoal", mais de 80% estrangeiro, é culto e sabe do que se trata, particularmente do pombalino, verdade ?

Ainda nesta sala existe um delicioso conjunto de 7 paineis , que retratam a vida do chapeleiro António Joaquim Carneiro.
Em cada um dos paíneis, fazendo parte do desenho do painel, existe um pequeno texto a explicar a circunstância e o periodo da vida do chapeleiro a que o painel se refere. É uma autêntica banda desenhada do século XVIII.
Legendas ? Nem pensar ! O "pessoal" (mais de 80% de estrangeiros) é culto, sabe lêr português e percebe à primeira do que se trata!

Quanto às outras salas, façam uma visita e descubram vocês !

EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS

À data da visita, existiam três exposições temporárias, a saber:
a) - Azulejaria Valênciana dos séculos XIII ao XX
b) - Hein Semke
c) - Alev Ebuzzya Siesbyle

Nas exposições dedicadas a Hein Semke e Alev Ebuzzya, paíneis com descrição da exposição e dos autores, EM PORTUGUÊS.
Volto a insistir, num Museu visitado por mais de 80% de visitantes estrangeiros.

Quanto à exposição da azulejaria Valênciana, esta ocupa 3 pisos , sendo de longe (excluindo a capela e o coro) o maior espaço expositivo do Museu.

TEXTOS E PAÍNEIS DESCRITIVOS SÓ EM PORTUGUÊS !
Nem uma folhinha, nem um texto, nem um comentário noutra língua para além do português !

Este director, Dr. Paulo Henriques, é mesmo um português dos quatro costados.

AZULEJARIA PORTUGUESA DO SÉCULO XX

Instalada NUM CORREDOR do pátio interior do palácio, a exposição consagrada à azulejaria portuguesa do século XX consiste em 12 paineis acompanhados de pequenas legendas, estas em português e inglês, com o nome do autor e da peça.

Sendo um Museu Nacional visitado na quase totalidade por estrangeiros, e que alí se deslocam propositadamente, dado que o Museu não está integrado em qualquer percurso cultural da cidade, seria lógico que um particular destaque fosse dado, tambêm, à azulejaria contemporânea portuguesa e aos seus criadores.

Mas nada de nada acontece.

O facto de as estações do Metro de Lisboa serem um autêntico Museu da Azulejaria contemporânea portuguesa, é totalmente ignorado pelo Museu.
E já para não falarmos das reservas do Museu !

Só para terem uma ideia do que estamos a falar, CERCA DE 50 ARTISTAS PLÁSTICOS ESTÃO PRESENTES NAS ESTAÇÕES DO METRO DE LISBOA, entre os quais Angelo de Sousa, António Palolo, Vieira da Silva, Maria Keil, Sá Nogueira, e tantos outros.

Como este texto já vai muito, mas mesmo muito longo, o resto fica para amanhã.

domingo, 11 de setembro de 2005

TENHAM UM BOM DOMINGO


about pedro letria

sábado, 10 de setembro de 2005

RUI FONSECA - 1


about rui fonseca

ELES AINDA NÃO GANHARAM, JORGE

No Actual de hoje (suplemento do Expresso), Jorge Silva Melo escreve, em resposta a João Fiadeiro, que "Eles já ganharam, João".

Eles são "... uma catrefada de curadores, programadores, entermediários, directores, chefes de missão, assessores, administradores, juristas...".

E mais à frente:

"Lá estão. À nossa custa. Que esta gente que há anos está "em reunião", que não nos recebe, que não responde, que não verifica os termos dos concursos, que faz propaganda dos amigos, que não sabe gerir dinheiros, só tem ordenados porque nós, aos tropeções, mantemos as artes. Se não existissemos , havia Instituto*? Existimos e eu continuo a não saber para quê".

Pois bem, Jorge Silva Melo, eles AINDA não ganharam !

Saibam vocês, criadores, intérpretes, técnicos e todos aqueles ligados à criação, connosco, públicos necessitados e admiradores do vosso trabalho, saibamos todos nós constituir uma grande frente de contestação aos vários poderes que estrangulam e matam as actividades criativas em Portugal, saibamos todos nós juntar a vossa e a nossa criatividade contestatária, bem como a vossa e a nossa eficácia de actuação, e então, e em definitivo, eles não ganharam e nunca ganharão.

Vamos a isso ?

* - Instituto das Artes.

ALFREDO CUNHA - 3


about alfredo cunha

O TGV EM PORTUGAL E EM FRANÇA

Para ajudar à discussão sobre o TGV, fica aqui este artigo publicado hoje no Liberation sobre a forma como em França estes projectos são apreciados e discutidos.

Tal como em Portugal, não é ?

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

DIAS PARA ESQUECER

De manhã, ida ao Museu do Azulejo para confirmar "istórias" antigas e confirmar factos novos.

Ao fim da manhã, tudo preparado para fazer o texto sobre o Museu do Azulejo, mas o "modem" decidiu que não queria trabalhar mais.

Consulta telefónica com a assistêcnia técnica, nada resolvido, e aconselhamento para ir a uma loja do sapo.

Ida à loja sapo, espera, espera, espera, e por fim um senhor muito simpático e eficiente confirma que o problema é mesmo do "modem" e dá-me os parabens.

A garantia do dito acabava daqui a 3 dias !

Novo "modem", nova instalação (os Mac são muito caprichosos...), e, por fim, novamente na "rede".

Só que agora, já não há pachorra para escrever o texto sobre o Museu do Azulejo.

Fica para segunda-feira, mas prometo que vai valer a espera.

Vocês não vão acreditar no que vou escrever, mas está à vista de toda a gente, e para além do Instituto Português de Museus, só não nota o que se passa quem anda demasiado distraido.

Até segunda.

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

JOÃO PENALVA - 2


about joão penalva

OS PÚBLICOS DOS MUSEUS - 8 (AINDA O MUSEU DO CHIADO)

Em complemento do texto de ontem, mais duas questões que se nos afiguram importantes:

1ª QUESTÃO

Da Lei Orgânica do Instituto Português de Museus, publicada no Diário da República (I série) nº 239 de 13-10-1999, e no artigo 12º alinea a) consta, entre outras competências da Direcção de Serviços de Museus do IPM o seguinte:
"... assegurar o cumprimento dos planos de actividades dos serviços dependentes...", sendo que por "serviços dependentes" se deve entender os Museus Nacionais dependentes do IPM.

Logo, desde 1999, pelo menos, que os Museus, e entre eles o do Chiado, têm que apresentar à Direcção do Serviço de Museus do IPM um plano de actividades anual que aquela Direcção tem a obrigação legal de fazer cumprir.

Dado que se trata de serviços públicos, não seria de exigir a divulgação pública dos planos anuais do Museu do Chiado, e já agora qual a apreciação da Direcção do Serviços de Museus faz dos mesmos ?

Como fácilmente se compreende, a direcção desastrosa de Pedro Lapa à frente do Museu do Chiado tem responsabilidades compartilhadas, dado que legalmente a situação de perca constante de visitantes, desde 1998, não pode ser ignorada pelo IPM.

2ª QUESTÃO

Em 24 e 25 de Novembro de 2003, o Observatório das Actividades Culturais realizou no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa um encontro que tinha como tema "Públicos da Cultura".

Deste encontro resultou um livro, editado e disponivel no Observatório das Actividades Culturais (www.oac.pt), no qual são transcritas as intervenções feitas naquele encontro.

De entre as várias intervenções destacamos a de Pedro Costa, com o título "Públicos da Cultura, Redes e Território: Algumas Reflexões Sobre a Sustentabilidade de Um Bairro Cultural".

Na introdução, escreve Pedro Costa:

"O objectivo deste texto é efectuar uma reflexão sobre a sustentabilidade de um bairro cultural da cidade de Lisboa (a zona do Bairro Alto e do Chiado), com base nalgumas constatações verificadas no que concerne aos públicos das actividades aí desenvolvidas e às relações estabelecidas entre os actores que consomem e produzem actividades culturais nesse espaço".

Nesta longa comunicação de Pedro Costa (27 páginas) são minuciosamente descritos e analisados "...os actores que consomem e produzem actividades culturais nesse espaço".

Mas, curiosamente, ou talvez não, não existe uma única referência ao Museu do Chiado.

Ou seja, no espaço Bairro Alto-Chiado, nem uma única vez o Museu do Chiado é considerado um dos actores que produzem actividades culturais no espaço do Chiado.

Quanto a nós, esta é mais uma demonstração muito clara do divórcio estabelecido entre Pedro Lapa/Museu do Chiado, (aliás bem patente na análise do número de visitantes do Museu do Chiado) e os públicos a que supostamente o Museu se deveria dirigir.

E o Instituto Português de Museus permanece mudo e quedo !

Já agora, para além de recomendar a compra do livro referido, salientamos tambêm a comunicação do Prof. Paquete de Oliveira, com um título provocatório, mas muito actual:

O "PÚBLICO NÃO EXISTE. CRIA-SE"
Novos média, novos públicos?

Amanhã continuamos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

GERARD CASTELLO LOPES - 4


about gerard castello lopes

OS PÚBLICOS DOS MUSEUS - MUSEU DO CHIADO - FINAL

Iremos fazer, para já, três novos textos, um sobre o Museu do Chiado, um sobre o Museu do Azulejo, e finalmente o terceiro, sobre o Instituto Português de Museus.

Mais tarde, lá mais para Outubro, voltaremos ao tema do IPM e dos Museus Nacionais, com trabalho complementar, que está a ser desenvolvido.

Mas vamos então ao Museu do Chiado.

No que respeita à polémica sobre a acomulação de cargos do director do Museu do Chiado, Pedro Lapa, (Museu do Chiado + Fundação Ellipse) já escreveram sobre o tema Alexandre Pomar, Augusto M.Seabra e Vanessa Rato, entre outros.

Até hoje, a regra por parte do IPM, foi o silêncio.

Neste blogue decidimos abordar a questão da direcção do Museu do Chiado por outro angulo, o da sua eficácia enquanto Museu Nacional.

Na lei nº 47/2004 de 19 de Agosto de 2004, e concretizando aquelas que já eram as funções básicas dos Museus Nacionais, e no artigo 2º da lei, são definidos os "principios da política museológica".

De entre outros destacamos:

a) - "Princípio do primado da pessoa, através da afirmação dos museus como instituições indispensáveis para ao seu desenvolvimento integral e a concretização dos seus direitos fundamentais".

b) - "Princípio da promoção da cidadania responsável, através da valorização da pessoa, para a qual os museus constituem instrumentos indispensáveis no domínio da fruição e criação cultural, estimulando o empenhamento de todos os cidadãos na sua salvaguarda, enriquecimento e divulgação"

c) - "Princípio do serviço público, através da afirmação dos museus como instituições abertas à sociedade".

E como é que o Museu do Chiado cumpre com estes objectivos?

Conforme escrevemos em 22 de Agosto deste ano, o Museu do Chiado tem vindo a perder visitantes, desde 1998.

Assim, entre 1998 e 2004, o Museu do Chiado perdeu 45% de visitantes !

E para os primeiros 5 meses de 2005, os números ainda são mais elucidativos:

Visitantes Janeiro/Maio 1998 - 24.990
Visitantes Janeiro/Maio 2004 - 15.879
Visitantes Janeiro/Maio 2005 - 10.862

Ou seja, comparando 2005 com 1998, o Museu do Chiado perdeu 57% de visitantes, enquanto que no periodo 2004-2005, perdeu 32% de visitantes !

Alguêm poderá explicar de forma convincente o silêncio do IPM sobre este descalabro ?

Para além de Pedro Lapa estar ligado de forma mais que condenável à Ellipse Foundation, prima ainda por ser um director ausente.

São mais longas as temporadas em que, simplesmente, não aparece no Museu do qual é Director, do que os periodos em que se digna aparecer no seu lugar de trabalho.

E o IPM, que tem a obrigação de velar pelo "bom trabalho" de um seu funcionário, neste caso o Director de um Museu Nacional, esconde-se no silêncio, e nada acontece.

Se Pedro Lapa se comporta da forma como é do conhecimento público, já a actuação, melhor, a falta de actuação da Direcção do IPM é, no minimo, de cumplicidade, e estamos a ser muito suaves.

Mas, no texto sobre o IPM, já o seremos menos, dado que, legalmente, o IPM tem conhecimento de tudo o que tem sido denunciado sobre o Museu do Chiado, e não cumpre com as obrigações que lhe são exigidas por lei.

Mas lá iremos.

terça-feira, 6 de setembro de 2005

DANIEL BLAUFUKS - 2


about daniel blaufuks

OS PÚBLICOS DOS MUSEUS - 7

E, finalmente, o Museu do Teatro.

Situado num arrebalde de Lisboa (Lumiar), com transportes públicos muito difíceis, e sinalização muito fraca, teve, em 2003, 29.077 visitantes.
O Museu do Chiado, de arte contemporânea, e no centro da cidade, teve 30.824 visitantes !
E, pelos vistos, o Instituto Português de Museus entende sêr esta uma situação normal !
Mas sobre o IPM falaremos a partir de amanhã.

Vamos aos números

VISITANTES TOTAIS, POR ANO
1998 - 11.933
1999 - 17.106
2000 - 16.651
2001 - 17.669
2002 - 19.706
2003 - 29.077
2004 - 27.064
Diferença entre 1998 e 2004 +15.131 (+127%)

VISITANTES JOVENS (ATÉ 25 ANOS)
2001 - 7.392
2002 - 8.292
2003 - 10.642
2004 - 15.136
Diferença entre 2001 e 2004 +7.744 (+105%)

ESCOLAS (Valores incluídos nos VISITANTES JOVENS)
2001 - 7.089
2002 - 8.292
2003 - 10.642
2004 - 12.756
Diferença entre 2001 e 2004 + 5.667 (+80%)

VISITANTES ESTRANGEIROS
2001 - 370
2002 - 1.414
2003 - 2.828
2004 - 1.089
Diferença entre 2001 e 2004 +719 (+194%)

Face aos números, valerá a pena acrescentar algo mais?

Pensamos que não.

A partir de amanhã, começaremos "a partir lenha", tendo por tema os 3 museus peerdedores e o Instituto Português de Museus.

E garanto que vai sêr divertido !

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

ADRIANA MOLDER - 2


about adriana molder

DE VOLTA !

Graças aos esforços do pessoal da Intelog (passe a publicidade), já estamos de regresso ao activo.

Voltaremos ao tema dos Museus, amanhã, e com muitas curiosidades ...

domingo, 4 de setembro de 2005

TENHAM UM BOM DOMINGO


about alfredo cunha