segunda-feira, 19 de setembro de 2005

O QUE O INSTITUTO PORTUGUÊS DE MUSEUS DEVIA FAZER E NÃO FAZ - 1

Imaginem um triângulo, em Lisboa, numa área bastante reduzida.

Num dos ângulos da base, o Museu de Arqueologia.
No outro ângulo da base, o Museu dos Coches.
No último ângulo, no vértice, o Museu de Etnologia.

Em 2004 os visitantes de cada Museu foram os seguintes:

Museu de Arquelogia - 70.266
Museu dos Coches - 190.564
Museu de Etnologia - 11.264

Agora imaginem que o IPM tem uma direcção e quadros que se preocupam com estas e outras questões, mais ligadas à fruição pública dos Museus do que aos compadrios e protecção de amigos.

Este IPM imaginário, coloca nestes três Museus publicidade, bem destacada, a anunciar a existência, colecções e exposições temporárias de cada um deles.

Mais, este IPM imaginário consegue um acordo com a Carris, de forma a que um ou dois autocarros façam um percurso regular, durante as hora e os dias de funcionamento destes três Museus, de forma que os visitantes possam deslocar-se de forma cómoda e rápida entre eles.

Mais, este IPM imaginário estabelece pontes de ligação entre os três Museus, de forma a que desenvolvam algumas acções comuns, de forma a estabelecer uma maior empatia com os públicos potenciais.

Feito isto, pensam que um Museu como o Museu de Etnologia, com a qualidade que se lhe reconhece, teria sómente 11.264 visitantes em 2004 ?

E não estamos a falar em programas conjuntos para as escolas, que esse tema fica para outro dia.

Mas uma coisa é o Instituto Português de Museu que existe, e outra aquele que convidámos a imaginar.

Mas como da imaginação à acção vai um passo, pode acontecer aqui o príncipio de uma longa e divertida caminhada.

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