DESAFIO AOS LEITORES
Depois da chamada de atenção da Grande Loja (o contra-baixo é um exagerado...) o dia de hoje vai ter um fartote de visitantes!
Vamos então aproveitar !
Nas localidades onde vivem os leitores existem museus nacionais, municipais, privados e outros.
Existem Bibliotecas Municipais (140 já integradas na Rede Nacional de Leitura e outras 120 em construção).
Então mandem-nos as vossas ideias, os vossos comentários (positivos e negativos), sobre estes espaços, quer atraves do "comentários" do post, quer através de email (que está indicado no "perfil").
Vamos todos conhecer melhor a realidade destes espaços a nivel nacional ?
Vá lá, não custa nada !
2 comentários:
Só se tiver o casalinho MMC e respectiva, como cicerones.
Isto porque sou estrangeiro.
Trabalho num - Museu, leia-se - e a situação é surreal, quase idiota.
No meu Museu, que agora vai entrar em obras, nem todas as peças têm tabelas de identificação, algumas não estão inventariadas, há peças listadas que não aparecem em lugar nenhum, há peças que aparecem e ninguém sabe de onde vieram.
O público quando vem pede sempre desconto - quando não pede desconto para ir a um jogo de futebol - a aproximação das autárquicas potencia as visitas da terceira idade. É ver, ao início da tarde, grupos de homens e mulheres que desejam paz e força nas pernas, a arrastarem a bengala para um divertimento obrigatório; "Porque o senhor Fulano de Tal que é candidato e muito nosso amigo e oferece e a gente o que quer é ver-se livre da rotina aparvalhada". Há quem passe a correr, há quem se detenha e consiga ver a beleza das obras (e ela existe), há quem se socorra do museu para passar um bocadinho da tarde à sombra. Mas de facto, e até às obras, este vai continuar a ser um espaço morto, apenas preenchido pela perspectiva das obras futuras (que vão preservar a histórica estrutura antiga), e pela proximidade de um ano lectivo que se avizinha complicado para o Museu, uma vez que o Orçamento de Estado para a Cultura não contempla um tostão para os Serviços Educativos. Não se pretende dinheiro (com menos pode fazer-se mais), mas apoio.
As pessoas que lá trabalham, fazem-no "contrariadas", como já ouvi e também arrastam o ano de trabalho saltitando entre atestados médicos. Ao abrigo de um programa denominado "Cultura e Emprego", conseguiram encaixar (o Estado, o Centro de Emprego, o Ministério da Cultura, não sei?) cerca de 500 pessoas (jovens licenciados) nos museus do IPM, sem qualquer tipo de critério de escolha. Os jovens licenciados têm trabalho durante um ano o que me parece contraproducente porque quando finalmente aprenderam algo, estão a par das colecções, sabem fazer inventariado, vêm embora.
O público que temos é assim, e a política cultural que temos, também.
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