quarta-feira, 23 de novembro de 2005

LÁ VAMOS, CANTANDO E RINDO ...(5)

No texto de ontem, referia-se que 4 áreas de formação superior (entre as 58 referenciadas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional), eram responsáveis por 50% dos licenciados desempregados (para saber mais consultar o texto).

Hoje vamos referir mais 10 áreas de formação, sendo estas responsáveis por 24% do desemprego registado.

São estas essas áreas:

1 - Contabilidade e Fiscalidade 1.285 desempregados (3%)
2 - Trabalho Social e Orientação 1.166 desempregados (3%)
3 - Marketing e Publicidade 1.112 desempregados (3%)
4 - Metalurgia e Metalomecânica 1.059 desempregados (3%)
5 - Direito 1.058 desempregados (3%)
6 - Filosofia História e Ciências Afins 984 desempregados (2%)
7 - Jornalismo 956 desempregados (2%)
8 - Desporto 956 desempregados (2%)
9 - Construção Civil 868 desempregados (2%)
10 - Engenharia Química 776 desempregados (2%)

As restantes 44 áreas de formação superior apresentam números de desempregados entre os 669 (electricidade e energia) e os 3 (informática).

Ou seja, a estrutura do desemprego de licenciados em Portugal está fortemente concentrada em áreas nas quais os licenciados muito dificílmente poderão obter emprego em áreas para as quais se prepararam.

E muitos dos actuais estudantes do ensino superior continuam a frequentar cursos que neste momento representam muito poucas saídas para o mercado de emprego, eventualmente confiantes que uma vez obtido um diploma de um curso superior, qualquer curso superior, o acesso ao mercado de trabalho está garantido.

Só que, hoje em dia, já não é assim, mas isso são "estórias" para outros textos.

A conclusão principal a que pretendia chegar a Formiga Bargante, é que, uma coisa é afirmar, em grandes títulos, que "60.000 LICENCIADOS ESTÃO NO DESEMPREGO", e outra coisa é investigar quem são, que cursos frequentaram, e a partir daí construir a notícia.

É este algum do mau jornalismo que faz o Público, em paralelo com outro jornalismo, no mesmo jornal, cuja seriedade e competéncia nunca é demais realçar.

Mas que são cada vez menos, também é verdade !

Sem comentários: