sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

DO CINISMO DAS DITAS "DEMOCRACIAS OCIDENTAIS"

Os exemplos não são de hoje. Na década de 80, Henry Kissinger foi responsável directo pelo assassinato de dezenas de milhares de resistentes às ditaduras latino-americanas.

Chile, Brasil, Argentina, entre outros, foram os países em que, com a concordância directa de Henry Kissinger, as ditaduras de então procederam ao assassinato de jovens, velhos, homens e mulheres, grávidas e todo um cortejo de horrores que culmina com o assassinato de mães acabadas de dar à luz, para que os seus filhos fossem entregues a dignatários das ditaduras "abençoadas" por Henry Kissinger.

E, pese embora a diligência do juiz espanhol Baltasar Garçon para incriminar Henry Kissinger naqueles crimes (diligência anulada pelo governo dos Estados Unidos, claro...), este senhor é convidado e pago a milhares de $ por comparência, para, perante altas figuras dos regimens ditos democráticos, falar sobre a liberdade do "mundo ocidental" versus "todos os outros".

Este homem é um assassino, ponto final.

E enquanto este personagem permanecer incolume, todos nós temos uma dívida para com os milhares e milhares que foram assassinadas/os, sob a responsabilidade directa de Henry Kissinger, e teremos muito pouca razão moral para condenar a onda de violência que se vai espalhando à nossa volta.

"Quem com ferros mata, com ferros morre", ou, à nossa maneira, "quem cala consente", lembram-se?

Nota Formiga Bargante: para conhecer melhor o perfil de Henry Kissinger, aqui fica um link, entre muitos outros.

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