sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

MAIS UMA VOLTINHA, E LÁ VAMOS AO PLANO OPERACIONAL DA CULTURA (1)

Tinha sido prometido que a Formiga Bargante iria dar uma "voltinha" pelo Plano Operacional da Cultura.

Prometeu e aqui está para cumprir.

Só que não foi fácil, são centenas e centenas de páginas de relatórios anuais, semestrais, quadros e mais quadros, já para não falar do trabalho que deu compreender o mecanismo do projecto, bem como da sua "arquitectura" e articulação.

E para finalizar todo este conjunto de documentação, a "Actualização da Avaliação Intercalar do Programa Operacional da Cultura - Sumário Executivo", de Outubro deste ano e realizado por Augusto Mateus & Associados e Geoideia-Estudos de Organização do Território, Lda., que só à sua conta são mais 52 páginas de texto, quadros e leituras "redondas", que dão um trabalhão a descodificar.

De qualquer das formas temos aqui informação para um largo número de textos a colocar na Formiga Bargante.

Mas vamos lá então às grandes linhas e depois a alguns comentários mais picarescos.

O Plano Operacional da Cultura decorre entre os anos 2000 e 2006, é apoiado pelo III Quadro Comunitário de Apoio, e tem uma verba total de €249.108.000, o que, em escudos, e para os mais distraidos, é qualquer coisa como cerca de 50 milhões de contos !

A verba indicada divide-se em dois grandes eixos, a saber:

Eixo 1 - Valorização do património histórico e cultural com uma verba de € 181.085.000 e
Eixo 2 - Promoção do acesso a bens culturais com uma verba de € 68.023.000.

Estes dois grandes eixos dividem-se em medidas, e dentro de cada medida existe um número variado de acções.

Numa primeira análise aos dados disponiveis, constata-se que na afectação das verbas aos vários eixos e acções, existiram três grandes opções:

1ª Grande Opção: disponibilizar verbas avultadas para a recuperação de património construido, cabendo a parte de leão dessas verbas ao IPPAR.

2ª Grande Opção: disponibilizar verbas avultadas para a recuperação de espaços museológicos, com especial incidência nos museus nacionais, cabendo a parte de leão dessas verbas ao Instituto Português de Museus.

3ª Grande Opção: tudo ao molho e fé em Deus.

Da parte da tarde iremos desenvolver um dos tais (muitos) exemplos da 3ª Grande Opção: tudo ao molho e fé em Deus, e que se relaciona com a Experimenta Design,

Só para aguçar o apetite, sabem quanto é que a Experimenta Design recebeu do POC para os eventos de 2001 e 2003 ?

A módica quantia de € 744.738,36 em 2001 e € 617.060,52 em 2003, ou seja um total de
€ 1.361.798,88

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