SABEM POR ONDE ANDA A MINISTRA ?
Tendo como motivo o cancelamento de um concerto de Nuno Côrte-Real no Centro Cultural de Belém, a custo zero para aquela entidade, (depois de muitas diligências do compositor, os músicos aceitaram ser pagos pela receita de bilheteira...) Augusto M.Seabra vem, uma vez mais, denunciar a situação que se vive no CCB.
Depois do chamado, por Augusto M.Seabra, "golpe" com a demissão dos administradores Adelaide Rocha e Manuel Vaz. o actual presidente do conselho de administração do CCB, Fraústo da Silva, ficou "dono e senhor" daquela instituição.
Tal como Augusto M.Seabra, reproduzimos parte de um editorial de José Manuel Fernandes, de 27-04-2004, que nos dá bem conta da situação que se vive no CCB:
"Depois da saída de Miguel Lobo Antunes (administrador responsável pela programação) cuja forte personalidade e competência o tornavam intocável, o presidente quis ter um protagonismo para o qual não tem vovação nem competência. Pior: começou a querer impor o seu gosto pessoal a algumas escolhas artísticas, intrometendo-se em áreas que não lhe competem e chegando ao ponto de dar ordens que implicavam a mutilação de obras de arte ( passou-se com uma performance). Importa que se saiba que o presidente Fraústo da Silva dispõe no aparelho burocrático do CCB de um "corpo de fiéis" às ordens do "senhor professor", e que, se necessário, são invacadas câmaras de video-vigilância para verificar os "limites" de um espectáculo".
Isto escrevia José Manuel Fernandes em Abril de 2004 !
Daí para cá, temos uma ministra que "julga saber existirem algumas criticas de alguns sectores da sociedade" relativamente ao CCB, mas que a resolução deste problema "vai demorar muito tempo".
E a juntar a este escândalo, continuamos com a situação de "chez Lapa ao Chiado", também conhecido por alguns como Museu do Chiado, a não nomeação do Presidente e Vice-Presidente do Instituto das Artes (sabemos que as recusas aos convites da ministra têm sido tantos, que qualquer dia nem os motoristas do ministério escapam ao convite...), o atoleiro do Instituto Português de Museus e o silêncio do seu director Manuel Oleiro relativamente à situação de Pedro Lapa, enfim, apenas alguns dos muitos casos que "navegam" dentro do Ministério da Cultura.
Curiosamente, ou não, Augusto M.Seabra acaba o artigo invocando a intervenção do Secretário de Estado Mário Vieira de Carvalho ou do Primeiro Minístro José Socrates.
Quanto à Ministra, nada.
Será que está mesmo com as malas feitas para regressar ao Porto ?
1 comentário:
Onde se lê Manuel Vaz, deve ler-se Miguel Vaz
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