domingo, 29 de janeiro de 2006

NOTÍCIAS FRESQUINHAS

Diário de Portvgalius
o seu diário da Idade Média
Sol vai passar a nascer só para alguns
Monet, Impresion Soleil Levant, 1873, Musee Marmottan, Paris

A partir do segundo trimestre do corrente ano, a expressão "O Sol quando nasce é para todos", vai deixar de fazer sentido. Quem o avança é o gabinete do Ministério da Economia do governo de João Platão que considera esta uma medida essencial para "travar os consumos excessivos de energias não renováveis e dosear o consumo de energias renováveis".
O secretário de Estado da Economia avançou mais pormenores sobre a medida. Assim, os portadores de nome começado pelas letras compreendidas entre A e E vêem o Sol nascer às segundas-feiras, de F a J, têm o privilégio de ver o Sol nascer às terças-feiras. Quarta-feira é o dia de Sol de pessoas cujo nome comece por uma letra de K a P; às quintas é a vez dos de Q a U e às sextas o Sol nasce apenas para aqueles que apresentem denominação começada por V a Z.
Segundo fontes não ministeriais, aos Sábados e Domingos o Sol está proibido de nascer, medida esta que já provocou a expressão de desagrado do presidente dos DVT (Domingueiros Vão a Todas); isto porque "como se sabe é naturalmente aos fins de semana que as pessoas naturalmente se deslocam à praia, aos centros comerciais e à esplanada para naturalmente conviverem e saudavelmente gastarem dinheiro nas lojas de chineses, no LIDL e no Minipreço que, segundo estudos, está a tornar-se o destino favorito das famílias de fim-de-semana". Domingos Volta presidente dos DVT pondera medidas extremas que vão desde as rezas para que chova nos dias que correspondem a dias de Sol de membros do Governo, greves aos dias de Sol, sanções a rádios que passem o "Sunrise" de Norah Jones, até ao uso da força junto do Sol para impedir que este nasça aos dias úteis.
O ministério colocou ainda em estudo para os diferentes grupos parlamentares, a possibilidade de diminuir a potência da "luz ao fundo do túnel"; a proibição de abrir janelas sempre que as portas se fecham, uma apertada vigilância aos "bens que não duram sempre a aos males que se não se acabem" uma vez que se tem vindo a observar subversões das famílias portuguesas quanto aos bens em relação aos males. Prevê-se também o fornecimento gratutito a Deus de papel pautado para "ver se Ele começa a escrever direito por linhas direitas. Se esta medida não resultar o Governo poderá oferecer cadernos de duas linhas para Ele treinar a caligrafia".

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