quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

O MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA
OU
UMA CARTA FORA DO BARALHO
OU
COMO IMPLODIR O INSTITUTO PORTUGUÊS DE MUSEUS

Em Novembro de 2004 Dalila Rodrigues toma posse como directora do Museu Nacional de Arte Antiga.

Em Janeiro de 2005, é criado, pela nova directora, o Departamento de Comunicação.

Ainda em 2005, surge o circuito "visita ao MNAA em 10 obras de referência"

Na noite dos Museus, em 2005, cerca de 10.000 visitantes estiveram no MNAA, mercê de uma proposta arrojada, arriscada, mas consequente, da nova direcção. (segundo as palavras de uma dos elementos da equipa de Dalila Rocha "parecia que estávamos no Prado", tal era a invasão das salas nessa noite).

Em 2005, o MNAA teve um acréscimo de visitantes de cerca de 38%.

Agora, em Janeiro de 2006, é anunciada uma nova iniciativa, um circuito de visitas guiadas às 10 obras de referência do Museu, a realizar na última quarta-feira de cada mês. (vêr o jornal Público de hoje).

Ainda no primeiro trimestre deste ano vai ser lançado um DVD, tendo como tema, justamente, as "10 Obras de Referência do MNAA".

Em 18 de Maio será inaugurada a exposição "Grandes Mestres da Pintura Europeia:de Fra Angelico a Bonard" uma grande exposição que percorre, actualmente, o circuito europeu.

Será também inaugurada uma exposição que recorre às reservas do museu, relativa a desenhos, exposição pensada e organizada pela equipa de Dalila Rodrigues, ou seja, prata da casa.

Dalila Rodrigues é, nitidamente, uma carta fora do baralho.

Enquanto o seus "inferiores" directores de museus de Lisboa ("inferiores" no sentido de que Dalila Rodrigues é a única com um cargo de Directora-Geral, enquanto todos os outros seus pares são Directores de Serviço - e como isto pesa na função pública!) dizia a FB enquanto Dalila Rodrigues pensa o museu que dirige no sentido de atrair cada vez mais público e dessa forma atingir os objectivos para os quais foram criados os museus nacionais, os directores do Museu do Chiado e do Museu do Azulejo, dois dos mais representativos Museus do IPM, pensam em... bem, vocês sabem o que a Formiga Bragante pensa sobre o assunto !

E Dalila Rodrigues, sem o pretender, (pensa a Formiga Bargante), está a colocar Manuel Oleiro, Director do Instituto Português de Museus, à beira de um ataque de nervos.

Se um museu como o MNAA, depois de anos de marasmo, consegue criar um novo dinamismo com uma nova direcção, como pode Manuel Oleiro continuar calado face à situação vivida no Museu do Chiado, do Azulejo e Conímbriga, entre outros ?

Tempos difíceis se vão viver nos Museus Nacionais tutelados pelo IPM, mas em particular para Dalila Rodrigues, face à equipe "Manuel Oleiro+Paulo Henriques+Pedro Lapa & Cª"

Esperemos que não esteja só nesta batalha !

P.S. - Dada a forma tardia como foi dada a conhecer a iniciativa das visitas guiadas no MNAA, a Formiga Bargante não vai poder estar hoje no MNAA. Mas em Fevereiro vai estar, jura !

2 comentários:

Anónimo disse...

Cara FB, o seu P.S. (post scriptum, claro) é incompreensível. Então o MNAA, gerido pela carta fora do baralho, falhou na divulgação de uma "nova" iniciativa tão relevante, que por acaso é exactamente a mesma que há muito tempo acontecia também às quartas mas à hora do almoço? E que a carta fora do baralho eliminou, para poder agora voltar a lançar noutro horário? E falha na divulgação? Não pode ser! A carta fora do baralho não falha! É da sua própria natureza!

Anónimo disse...

Cara Formiga
Sobre o tema tão recorrente aí no blogue, MNArteAntiga e respectivo nº de visitantes que tão rápidamente cresceu(?!!), ocorre-nos imaginar a estratégia do "tuga" que quer enriquecer mal abre a loja, em vez de esperar, bem servindo os clientes, que o merecido sucesso chegue.
Aqui, a amiga cigarra deu uma espreitadela aos mapas de visitantes do dito Museu. Curioso. Repare-se que 2005 é pródigo, comparativa/ a outros museus, no preenchimento da rubrica OUTROS (os outros são sempre os nossos salvadores ou os nossos detractores). A propósito, se eu ligar para o MNAA pedindo uma informaçao, como serei contabilizad@? visitante virtual? É só uma ideia para o próximo quadro estastístico . Curioso é também o pico de nº de visitantes em Abril/Maio - as festas! (noite e dia intern. dos museus...). Nada contra as festas, ao contrário, diz aqui, a cigarra que a única coisa que lamenta é ver descer essa contabilidade nos meses seguintes (v quadro).
O pessoal sabe como é, o que chateia é andarem a aldrabar a gente, a meterem-se no bico dos sapatos, a fazer-nos passar por labregos - claro que a senhora distribui bilhetes e factura! Não vale é estarem p´raí a fazer comparações, a ver quem é o mais esperto, cá do quintal. Bom, nem passar a vida a dar razão ao Prof. JGil, já chega.
O conselho, seria: Srª Dalila, m´bora fazer mais festas à noite, a malta toma uns copos, mostra os vestidos e as jóias, dá uma de intelectual e deita o rabo do olho a alguma exposição que esteja por lá. Deixemos é a hipocrisia à porta. Faça lá as festas que quiser, que aqui a cigarra até gosta. Tenha é a digndade de recusar esse epíteto de "carta fora do baralho" que a Senhora é o mais parecido possível com todas as cartas do baralho nacional.
Cara Formiga, perdoem o azedume, mas este estilo neo-tuguês já não se aguenta...
Contra o trabalho, pela produção,
um abraço da Cigarra