POIS, POIS ...
Essa reconcialização significa que voltará a tocar piano na cidade ?
Isso é uma questão pessoal minha. Foi uma atitude que tomei face à ausência de política cultural no Porto. Se houver alteração nesse sentido, poderei rever a posição. Já há uma alteração interessante: os programas culturais do actual autarca são diferentes em 2001 e agora. No primeiro, houve ausência de estratégia; este, podendo concordar ou não, indicia que a cultura vai ser levada a sério.
Entrevista a Pedro Burmester
in:Jornal de Notícias de 13.2.2006
A hora é de se olhar para o futuro. Mas, para que este exercício seja credível, não pode ser forçado. Ou incoerente. Burmester, que, no auge da luta pelo poder na Casa da Música, acusou a câmara de Rui Rio de ser "prejudicial para a cidade" e de a querer "reduzir a uma aldeia", não vai, porém, por aí - prefere rever o seu próprio passado como actor de primeira importância na polémica. Agora, diz que exagerou, que se ateve em excesso em "críticas pessoais". Diz mais: que o Porto destes dias remeteu definitivamente para o baú das memórias esses tempos de penúria cultural. Vendo o que mais ninguém parece ver, o pianista detecta uma "alteração interessante" no cenário cultural da cidade, indício de que, finalmente, "a cultura" vai ser levada a sério".
Crónica de Manuel Carvalho
in: jornal Público de 14.2.2006
JARDIM "DESALOJA" ESCRITOR PARA FESTEJAR ANIVERSÁRIO
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, assumiu publicamente que o escritor Gonçalo Cadilhe foi desalojado da Casa do Artista para aí festejar o seu aniversário na companhia de familiares.
O facto de "a questão ser escarrapachada" no diário (Diário de Notícias do Funchal) teve "resultado contrário" acrescentou Jardim, advertindo que "enquanto exercer a autoridade democrática, isto, cá, não é o piroso -poder na rua-. Ainda no mesmo matutito (Jornal da Madeira), propriedade do governo regional, o cartoon, cuja autoria do texto tem sido atribuida a Jardim, comentava a expulsão com este diálogo: "O escritor aboletado por meses, afinal foi despejado"... " Quem morde a mão que dá de comer..."
artigo de Tolentino de Nóbrega
in: jornal Público de 14.2.2006
terça-feira, 14 de fevereiro de 2006
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