segunda-feira, 20 de março de 2006

AINDA A SAGA DA COLECÇÃO BERARDO

Tendo como pano de fundo a inauguração da exposição "Liberdade de Imprensa" na nova galeria do Diário de Notícias, curiosamente inaugurada enquanto decorrem negociações com o governo para a instalação da Colecção Berardo em Lisboa (coincidências...), o suplemento daquele jornal publica un conjunto de artigos sobre a colecção Berardo e o seu valor artístico e monetário.

De um desses artigos, transcrevemos as seguintes passagens:

"Aproveitando a recessão económica do mercado da arte e os lucros obtidos na Bolsa, Capelo começou a comprar (para a colecção Berardo, nota FB) em leilões e galerias de Londres, Paris e Nova Iorque."

"A colecção, diz-se, foi avaliada em 170 milhões de euros".

Como rigor jornalistico estamos conversados.

Primeiro passa a informação do valor da colecção Berardo a partir de um "diz-se".

Quêm, quando ou a que pretexto, vamos lá saber !

E sobre o valor atribuido à colecção Berardo, fica por esclarecer um pequeno detalhe: o valor referido refere-se aos valores actuais de mercado ou refere-se aos valores de compra?

É um pequeno detalhe, mas que pode significar muitos milhões de euros nas negociações que estão a decorrer entre o governo de José Sócrates e Joe Berardo.

Já agora, e visto que estamos a falar de números, convém recordar que François Pinaud, na carta aberta que publicou no jornal Le Monde a justificar o abandono da construção de um museu para albergar a sua colecção na ilha de Seguin, com projecto de Tadao Ando, referia que só o custo da construção do museu seria de 150 milhões de euros.

Não é por nada, mas aguardamos com muita curiosidade o desfecho da novela Colecção Berardo,

E mesmo a terminar, convém recordar as sábias palavras de Raquel Henriques da Silva, ao referir que a Colecção Berardo é importante, na medida que é a única em Portugal !

1 comentário:

Anónimo disse...

Atrasada a formiguinha, corre, corre............corre.