quarta-feira, 1 de março de 2006

BELUGA OU A FORMIGA A QUATRO MÃOS



CORREIO DO LEITOR
J. Beluga - Coimbra
"TMN - Até já" ou "Not so fast pal"

Sou leitor assíduo do vosso jornal e venho por este meio mostrar a minha indignação relativamente à "política da empresa" que a TMN usa para com os seus clientes.

Há cerca de um mês, e visto que o meu telemóvel apresentava alguns problemas no carregamento da bateria, levei-o à loja TMN onde o tinha adquirido. Lá, fui informado que me deveria dirigir à sede da empresa naquela cidade. Assim fiz e fui atendido por um jovem simpático, conforme a "política da empresa" mas completamente insensato nas perguntas (também parte da "política da empresa") que ía fazendo ao longo da reclamação. O Frederico B., nome não completo da criatura que me calhou na rifa e que se não fosse a minha educação judaica tinha levado uns bons sopapos conforme a "política da minha empresa", começou por me dizer que o tipo de problema apresentado pelo aparelho requeria uma revisão mais atenta por parte do técnico da marca X. "Ok, que remédio." O Frederico pediu-me então alguns dados como números de telefone e telemóvel alternativos para o caso de ser necessário comunicar algo, para o caso do problema ser grave e ter de ser resolvido pela marca X. na sede da marca X. Foram-lhe fornecidos todos os dados.

Quando inquirido acerca da possibilidade da TMN emprestar ao assinante um telemóvel de substituição, o Frederico atirou logo com a "política da empresa" que valha-nos Deus não queremos perverter, e que é muito directa em relação a isso: "Um telemóvel de substituição só mediante o pagamento de 5 euros". "Restituíveis quando também entregar o telemóvel de substituição?", perguntei; "Não", disse o Frederico B. Soltei uma gargalhada para não soltar o meu punho fechado porque o Frederico apanhou-me num dia não e até pensei duas vezes se não era o meu mau feitio que estava a tornar aquilo mais desagradável. Mas quando eu já começava a dar o benefício da dúvida à idiotice do Frederico e a desculpá-la, bem como à "política da empresa", devido ao meu carácter irascível, o Frederico, pobre rapaz feito de uma madeira que se chama "pau mandado" vinda das florestas mais recônditas de países ainda por descobrir, diz: "Tenho de avisá-lo que pode ficar sem as informações contidas no telemóvel, como números de telemóvel e mensagens. Quer passá-las para um papel"? Ora a paciência de um homem perante casos de idiotice aguda é muito limitada e ele pode mesmo "descer do salto", "rodar a baiana" e mostrar ao Frederico, à sua "política da empresa" e ao Sr. Miguel Horta e Costa "com quantos paus se faz uma canoa" ou mesmo quando é que "a porca torce o rabo". "Está a sugerir que passe as mensagens e os números para um papel?" - disse eu num tom que se dividia entre a estupefacção e a indignação. "Eu não estou a sugerir nada, é a política da empresa informar os seus clientes..." "Acha que eu vou passar as mensagens e os números para um papel sabendo que vocês têm o software necessário para me imprimir isso? Sabe porque é que me faz essa pergunta e não se mexe logo e imprime a informação? Porque eu não vou dar 5 euros a ninguém, aí está!" "Então não quer o telemóvel de substituição?" "Of course not", respondi eu embora lhe tivésse acrescentado um "asshole" no pensamento.

O Frederico apanhou por tabela. É óbvio que o Frederico com a sua camisola azul TMN e o seu sorriso idiota sempre pronto na face, não tem culpa da política da empresa, mas alguém tinha de ouvi-las. Duas semanas mais tarde e uma ida para a sede da marca sem aviso prévio ao cliente conforme o que tinha sido acordado, o telemóvel voltou com algumas recomendações como uma criança prematura que é colocada pela primeira vez no colo dos pais. Se calhar os 5 euros serviam para alguma coisa: para a TMN apagar a informação que eu, por cobardia ou saudosismo não apagava.

O que eu acho engraçado Frederico é que quando liguei o telemóvel, ele estava sem bateria!!! Tinham medo de gastar luz para o devolverem carregado ou não havia tomadas na TMN? Até já.

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