terça-feira, 14 de março de 2006

CÁ VAMOS, CANTANDO E RINDO, OU, O MUSEU DO CHIADO, OU, OS NÚMEROS, SEMPRE OS NÚMEROS !

Reina uma grande euforia para os lados do Chiado. Em Janeiro deste ano, o Museu Nacional do Chiado acolheu 6.320 visitantes !

Para quem em 2004 tinha tido 1.325 visitantes e em 20054 1.710 visitantes, é obra.

Mas o que escondem estes números, que realidade está escondida por tanta euforia ?

A primeira constatação, é a de que estes números confirmam a falência de Pedro Lapa enquanto director do Museu do Chiado.

Em 2001, ainda sob a influência do "consulado" de Raquel Henriques da Silva enquanto directora do Museu do Chiado, e no mês de Janeiro, este Museu "conquistou" 5.804 visitantes.

A partir dai, e já sob a direcção plena de Pedro Lapa, foi sempre a cair.

Sempre no mês de Janeiro, o Museu do Chiado "conquistou" 1.926 visitantes em 2002, 1.948 visitantes em 2003, 1.325 visitantes em 2004 e 1.710 visitantes em 2005.

O que o número de visitantes de Janeiro de 2006 demonstra é que, durante 4 longos anos, a gestão de Pedro Lapa foi um autêntico desastre.

Mas não fica por aqui a gestão danosa de Pedro Lapa.

Sabido como é que uma das missões essenciais de qualquer Museu Nacional é a formação de novos públicos, nomeadamente através da ligação Museu/Escola, que "estória" nos conta uma consulta a estes números?

A partir de 2001, ano em que pela primera vez os números de visitantes são desagregados por várias categorias, ficamos a saber que os visitantes do Museu do Chiado, oriundos de escolas, foram os seguintes:

Janeiro de 2001 - 752 visitantes (13% do total)
Janeiro de 2002 - 485 visitantes(25% do total)
Janeiro de 2003 - 261 visitantes (13% do total)
Janeiro de 2004 - 185 visitantes (14% do total)
Janeiro de 2005 - 183 visitantes (11% do total)
Janeiro de 2006 - 592 visitantes ( 9% do total)

Ou seja, debaixo da euforia do número de visitantes de Janeiro de 2006 do Museu do Chiado, esconde-se uma total falta de capacidade para desempenhar uma das funções fundamentais do Museu, a atracção de jovens públicos e a consequente formação/informação no campo das artes.

Até quando, José ?

Sem comentários: