DO EXCELENTE (INFELIZMENTE RARO) JORNALISMO QUE AINDA SE FAZ EM PORTUGAL
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Estes episódios podem suscitar diferentes juízos acerca do comportamento político de Manuel Maria Carrilho, mas há um aspecto que se afigura inquestionável: não é legítimo "condensar" todo o debate sobre Lisboa, em período eleitoral, em dois episódios laterais, maximizados pela televisão e demais orgãos de comunicação. O sistema político e mediático que tal permite não está de boa saude".
Mário Mesquita
in: jornal Público de 14.5.2006
Depois dos tristes artigos escritos por Miguel Sousa Tavares e Vasco Pulido Valente e o silêncio da quase totalidade dos visados pelo livro de Carrilho, eis que alguém com o prestígio e qualidade de Mário Mesquita coloca o problema nos seus exactos contornos:
"não é legítimo "condensar" todo o debate sobre Lisboa, em período eleitoral, em dois episódios laterais, maximizados pela televisão e demais orgãos de comunicação. O sistema político e mediático que tal permite não está de boa saude".
Tudo o resto, máu feitio, falta de carácter, vaidade e por ai fora, são ruido e mais ruido para esconder o que realmente está em causa: a nossa comunicação social está doente e bem doente, mas as vitimas não são os jornalistas, as vítimas somos nós, cidadãos manipulados e utilizados por um poder sem controlo.
Nota final: o artigo de Mário Mesquita é muito mais extenso e sem a mínima dúvida fundamental para se entender o que está em jogo.
Comprem o Público ou o artigo na edição online do jornal, mas não percam a sua leitura.
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