sexta-feira, 19 de maio de 2006

MÁRIO CRESPO, DA OBRIGAÇÃO DE DEFENDER A CAMISOLA, OU,
HÁ DIAS QUE É MELHOR UM HOMEM NÃO SAIR DE CASA


Ontem, na SICNotícias,foi notória (pelos menos para a Formiga Bargante) a forma pouca descontraida (ao contrário do que é seu habitual) como Mário Crespo procurou conduzir a entrevista a Manuel Maria Carrilho.

Bem procurava Mário Crespo "entalar" Carrilho, dizendo-lhe "com todo o respeito" que não encontrava no livro "Sob o signo da verdade" qualquer reconhecimento, por parte do entrevistado, do assumir de responsabilidades pessoais na derrota nas eleições para a Câmara de Lisboa.

Com a maior calma do mundo (também ao contrário do que lhe é habitual), Carrilho lá aproveitava para chamar a atenção de Mário Crespo para a parte final do livro onde ele, autor, admitia não um mas seis erros pessoais na condução da campanha.

O maior incómodo de Mário Crespo foi patente quando Carrilho lhe chamou a atenção para o facto de, no dia do lançamento do livro, o comentador de serviço na SICNotícias, Nuno Rogeiro, se têr explanado em considerações sobre José Saramago e o prefácio que este teria escrito para o livro, quando toda a gente que já teve o livro nas mãos pode constatar que não existe qualquer prefácio de Saramago, mas sim um texto de doze linhas na contra-capa do livro.

São os comentadores que temos, acrescenta a formiga bargante.

Mas o mais penoso foi assitir a Mário Crespo, à falta de melhores argumentos, ter pretendido "passar a imagem" de que uma agência de comunicação é a mesma coisa que uma empresa de sondagens, e Mário Crespo sabe melhor que ninguém que uma coisa não tem nada, mas rigorosamente nada, a ver com a outra.

Lamentamos que Mário Crespo tenha que defender "esta dama", mas acontece.

Imaginamos como Mário Crespo teria adorado têr ficado em casa ou, provávelmente, ter ido dar um dos seus passeios higiénicos por Monsanto.

Mas às vezes tem que se defender mesmo a camisola, não é Mário Crespo ?