O PROVEDOR DOS LEITORES, AS "CASTA DIVAS"
E A NOSSA OBRIGAÇÃO, ENQUANTO CIDADÃOS,
DE APOIAR A ACÇÃO DOS PROVEDORES DOS LEITORES
No seu editorial de hoje no Público, o seu director, José Manuel Fernandes faz mais um dos famosos números de "casta diva" tão em moda hoje em dia na comunicação social, particularmente por aqueles que são acusados, directamente e sem rodeios, no livro de Carrilho.
Assim, José Manuel Fernandes escreve: "Está a decorrer uma discussão sobre a transparência e a honestidade nas relações entre jornalistas e as suas fontes, em especial as agências de comunicação. Porque aconteceu algo de novo? Não: porque Manuel Maria Carrilho entendeu que essa relação é capaz de condicionar um resultado eleitoral. Apesar do que aí se escreve não merecer mais comentários, e de não caber a este jornal apreciar o trabalho desta ou daquela agência de comunicação, a confusão criada exige alguns esclarecimentos".
Assim, e de uma penada, a nossa "casta diva" José Manuel Fernandes recusa comentar ou clarificar as afirmações concretas de Carrilho.
E é pena, senão vejamos:
"Vale a pena acrescenter que este jornalista (João Paulo Henriques-jornalista do Público) fez inúmeras peças sobre acções da minha campanha sem, sequer, as ter acompanhado".
sob o signo da verdade - página 161
Perante uma afirmação muito concreta, fácilmente desmentivel e a partir daí mostrar o lado de mentiroso compulsivo de Carrilho (sempre era mais uma nova faceta do personagem...), a nossa "casta diva" refugia-se no silêncio indignado, e não se dá ao trabalho de clarificar, junto dos seus leitores, se a afirmação de Carrilho é falsa ou verdadeira.
É que em países "menos civilizados" do que o nosso, Estados Unidos por exemplo, casos como o denunciado por Carrilho dão lugar a averiguações, e caso se prove serem verdadeiras as afirmações produzidas, o jornalista em causa é despedido, e fica "referenciado" para o resto da sua carreira.
E entre nós ?
Bem, como já se verificou pelo silêncio do seu director, resta-nos recorrer ao provedor dos leitores do jornal Público, para que ele proceda às diligências que um director responsável deveria ser o primeiro a tomar, mas que não toma.
É que quanto mais vezes recorrermos ao provedor dos leitores, mais força ele terá dentro do jornal, e, desta maneira, estamos a contribuir para um melhor jornalismo entre nós.
É pouco, mas é sempre melhor do que ficarmos sentados à espera que outros façam aquilo que também nos compete, e não embarcar na apatia generalizada, que essa sim, só serve os interesses instalados.
terça-feira, 23 de maio de 2006
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