ALGUNS DOS NOSSOS QUERIDOS INTELECTUAIS
Eduardo Pita e a guerra no Libano
No seu blog Daliteratura, Eduardo Pitta escreve, em 23.7.2006, o seguinte:
Argumentar com a soi disant "desproporcionalidade" não deixa de ser uma infantilidade. Insistir nessa tecla é uma forma naif de dizer o indizivel. Podiam assumir o anti-semitismo larvar".
Eduardo Pitta deve andar demasiado entusiasmado com os triunfos guerreiros dos musculados israelitas. Os "bravos guerreiros" israelitas devem ter toldado o raciocínio de Eduado Pitta.
Sentado na sua casa de Cascais, provávelmente contemplando a baia, Eduardo Pitta saca do teclado e argumenta, soi disant, com o nosso anti-semitismo larvar para justificar a nossa incapacidade de aceitação da destruição que as tropas israelitas estão a proceder no Libano. Para Eduardo Pitta a nossa reacção à resposta dos israelitas no Libano não passa de "ignorância e anti-semitismo".
Mas não estamos isolados na nossa "ignorância e anti-semitismo".
Jan Egeland, coordenador das questões humanitárias da ONU, durante uma visita a Beirute fez as seguintes declarações:
"Isto é horrivel. Não sabia que era um quarteirão após outro quarteirão após outro quarteirão de casas destruidas".
"Precisamos de acesso seguro à população. Até agora, Israel não nos está a dar acesso".
Louise Arbour, comissária dos direitos humanos na ONU declarou:
"A escalada de mortes na região, e a sua prevesibilidade, poderiam dar azo à responsabilidade criminal dos envolvidos. Ofensivas indiscriminadas a cidades bem como o bombardeamento de locais com alegada relevância militar mas resultando invariavelmente na morte de civis, é injustificável".
E, segundo a agência Efe, "surgiram alegações de que Israel poderá ter usado fósforo branco, uma substância proíbida pela legislação internacional de ser usada em combate. As queimaduras que causa são profundas e muito dolorosas. A suspeita do uso desta substância foi provocada pelo aparecimento de cadáveres com queimaduras nos ossos".
E, comentário Formiga Bargante, a ofensiva israelita no Líbano é mais um erro monumental da dupla Estados Unidos/Israel no Médio Oriente, dado que foi planeada e executada não para ajudar a resolver os problemas daquela região, mas sim para fortalecer a posição de um primeiro ministro israelita recentemente nomeado e que despertava poucos apoios em Israel.
Hoje, segundo os mais recentes inquéritos, dispõe de mais de 80% de apoio dos seus cidadãos.
E é uma realidade muito complexa que Eduardo Pitta, no conforto da sua casa de Cascais, não quer entender.
Afinal é tão fácil e tão à la mode, soi disant, chamar estúpidos e anti-semitas a todos aqueles que, não beneficiando da deliciosa vida de Cascais, procuram entender o que neste e noutros momentos acontece no Médio Oriente.
segunda-feira, 24 de julho de 2006
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2 comentários:
Nalguns lados já me chamaram anti-semita. Julgo que não se referiam aos árabes. Ora eu tenho família judia e não penso exterminá-la.
Quanto ao sr. Eduardo Pitta e outros "intelectuais prestigiados" belicistas, revelam um desprezo pelo sofrimento alheio inqualificável.
Parece ter alguma coisa contra Caiscais. Para mais, o citado já não mora lá, há muitos anos.
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