sexta-feira, 7 de julho de 2006

DESCULPEM QUALQUER COISINHA. A CULPA FOI DO AFONSO.

Elísio Summavielle, o kalimero da Ajuda e também presidente do IPPAR, Instituto Português do Património Arquitectónico, em declarações produzidas ontem à comunicação social, lamentou "muitíssimo o sucedido", referindo-se à proibição, à última hora, por parte do instituto a que preside, da abertura do túmulo de Afonso Henriques, primeiro rei do rectângulo.

Com aquele seu ar caracteristico, lá foi dizendo, "que o Instituto assumia todas as responsabilidades", que "o Instituto sabia desta diligência desde Março de 2005", que "o cancelamento á última hora deveu-se a erros internos de comunicação" e mais e mais explicações sobre as responsabilidades do IPPAR, mas nunca, mas mesmo nunca, uma única vez assumiu a sua responsabilidade enquanto Presidente do IPPAR.

Entretanto Isabel Pires de Lima, a nossa querida Ministra da Cultura, "já determinou um inquérito interno para apurar responsabilidades".

Em rigoroso exclusivo e transmitidas por fontes muito próximas da Ministra, a Formiga Bargante está em condições de adiantar as conclusões do inquérito: a culpa foi do Afonso Henriques.

Afinal onde é que passa pela cabeça de alguém que o primeiro rei do rectângulo não tenha deixado legado escrito explicando se fazia uma dieta mais à base de peixe ou carne, se partiu ou não uma perna, se a espada afinal era grande como a légua da Póvoa ou não, enfim, um desmazelo completo.

Assim, com as culpas atribuidas a quem de direito (ou torto, para o caso tanto faz) podemos voltar a dormir descançados: vamos poder continuar a contar com o nosso Kalimero da Ajuda, ali e na comissão do novo plano da Baixa-Chiado. Mas isso são outras estórias.

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