POEMA ACOMPANHADO DE PREFÁCIO
Um muro incolorQuando escrevo, o meu egoísmo imagina, o meu organismo obriga-me e até o desalento provém de um humor que é o de conseguir dar voz ao que vem de mim. Mas esta ausência de liberdade é um gesto que quer tocar em alguém. Essa pessoa que me lerá e de quem eu gostaria de ser, nos versos, uma confirmação de vida, sua e minha, nessa obliquidade com que ele e ela e eu nos prendemos a um mundo. De quem eu gostaria de ser, em suma, o amante ideal.Joaquim Manuel Magalhães, transcrito in Vida Involuntária
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