terça-feira, 28 de novembro de 2006

O DESIGN E A COZINHA

Uma colher com furos, que permite, por exemplo, comer os cereais do pequeno-almoço apenas húmidos e não a nadar em leite. Ou uma outra colher que traz uma pinça especialmente pensada para retirar um alimento, cheirá-lo e só depois comê-lo...Foi com talheres e utensílios como este que o consagrados chefe catalão Ferran Adrià, juntamente com os designers Luki Huber e Antoni Arola, venceu recentemente o Lucky Strike, um dos principais prémios de design do mundo, atribuído em Berlim, já ganho não por cozinheiros, mas sim por nomes como ...
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E, entre nós, os temas são estes...
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1 comentário:

Anónimo disse...

É curioso ver como a mesma pessoa escreve, no mesmo jornal e no mesmo dia, artigos semelhantes (um de opinião, outro de informação) sobre assuntos que se complementam. Parece que no segundo link está a fazer um "'mea culpa' eles é que me obrigaram a escrever isto". Relevante o facto do prémio ter sido atribuído a um cozinheiro e não a um designer, o que nos poderia indicar que o design anda pelas ruas da amargura, mas sejamos sinceros: não será unicamente "show off"? Uma colher com furos para comer os cereais mais ou menos embebidos no leite, é uma pertinência? O design não deveria ser a resolução de problemas (afinal todos somos designers no nosso dia a dia uma vez que resolvemos constantemente problemas, e isto não é uma visão funcionalista), em vez de criar problemas supérfluos? Para objecto potencializador de novas soluções, parece-me bem, mas dar a ideia que esse é o caminho que o design deve seguir, é um erro. Só contribui para uma exclusão da actividade que por natureza é um pouco individualista. E para dar a entender que de facto nada se concretiza:tudo é potencializador, tudo é projecto, tudo "pode ser". O pior é que na maior parte das vezes, não é.