segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

AO ESTADO A QUE LISBOA CHEGOU

"A Vereadora Gabriela Seara, responsável pelo pelouro da Reabilitação Urbana da Câmara Municipal de Lisboa, ordenou hoje, dia 7 de Dezembro, a tomada de um conjunto de medidas provisórias para o edifício com o n.º 113 da Praça Dom Pedro IV (Rossio) que visam assegurar a segurança de pessoas e bens naquela zona da cidade.

Face ao agravamento da situação de insalubridade e insegurança detectada numa visita efectuada ao imóvel pelos técnicos da autarquia durante o dia de quarta-feira, 6 de Dezembro, foi comunicada ao proprietário do conjunto edificado a necessidade de proceder de imediato ao escoramento da cobertura nas zonas mais degradadas, nos respectivos pavimentos e paredes adjacentes, assim como a levar a cabo a protecção necessária contra uma eventual queda de materiais na via pública e simultaneamente isolar a cobertura e as fachadas contra a entrada de águas pluviais em todo o edifício.

Face à interpelação da Câmara Municipal de Lisboa, o proprietário do imóvel comprometeu-se a iniciar de imediato os trabalhos determinados pelas medidas provisórias tendo apresentado a calendarização da intervenção".

No edifício, que se encontra ocupado apenas ao nível do piso térreo, com comércio e serviços, estando os restantes pisos devolutos, constatou-se uma elevada degradação ao nível do seu interior, principalmente na cobertura, pavimentos e tectos. Existe uma grave situação de insalubridade e segurança, designadamente com a eventual projecção de materiais para a via pública.
in: site da câmara municipal de lisboa (link)

Nos últimos anos os serviços da Câmara nada viram, nada observaram, não actuaram.

Nos últimos anos o proprietário do edifício de nada sabia, de nada cuidou, tudo ignorou.

Nos últimos anos este edifício foi um edifício invisivel: nem o proprietário nem a Câmara verificaram que se estava a degradar perigosamente, e que, a continuar assim, ruiria ou teria que ser demolido.

Só que esta técnica é seguida desde há muitos anos pelos proprietários que desejam valorizar os seus terrenos: abandonar os edifícios, essencialmente ao nível das coberturas e das janelas.

O resto é só uma questão de tempo.

E tudo isto se passa numa das principais praças de Lisboa, o Rossio.

Voltamos a repetir a pergunta: será que esta MERDA não tem fim à vista ?




2 comentários:

Anónimo disse...

será que o adiantado mental que publica este blog alguma vez pensou por que é caem prédios? Será que esta besta obtusa não consegue perceber que rendas de 25 euros por mês não pagam obras de milhares de euros. Será que não percebe que mesmo depois das obras não se pode rentabilizar um imóvel devido ao congelamento das rendas? Isto é lógico! Isto é matemática da básica, da simples, da elementar, daquela que se ensina na escola primária. O menino é burro ou chumbou nos exames de admissão?

formiga bargante disse...

Meu caro prontuário

A "besta obtusa" não costuma comentar comentários.

Mas vai abrir uma excepção.

"No edifício, que se encontra ocupado apenas ao nível do piso térreo, com comércio e serviços, estando os restantes pisos devolutos..."

Logo, o argumento da renda não colhe, ou tenho de lhe explicar "como se fosse muito burro?"

Quanto ao resto, meu caro "prontuário", estou em crer que se enganou no endereço: o seu tipo de argumentação está mais de acordo com o blog da zazie.

Cumprimentos e bom fim de semana.