quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

joão barbosa disse...

Hoje, quarta-feira, o ministro da Economia, Manuel Pinho disse feliz e orgulhoso que Portugal é um país de mão-de-obra barata. Disse-o a empresários chineses, apelando que investissem em Portugal.
O que tem este disparate do ministro da Economia - que desmente as públicas vontades dos últimos governos que me lembro e de todas as oposições que me recordo - a ver com cultura?
Tem tudo! Tem, porque sem economia não há cultura. Sem economia não há funções sociais. Mas não quero basear a minha argumentação num pensamento tão directo.
O que o pensamento deste ministro traduz é um problema de cultura - Já para não falar nas questões meralmente sociais da questão. Um povo sem cultura e/ou sem acesso a ela está condenado a salários baixos, está limitado nas escolhas.
Não seria grave uma constatação do ministro. Seria só patético e desastrada a constatação fora de portas. O que é sério e grave é fazer-se a apologia da triste realidade nacional.
O atraso educacional deste país tem causas e consequências. Quanto às causas nada se pode fazer, está feitó, é passado. Quanto ao futuro, para que o atraso educacional não seja uma consequência alguma coisa se pode/deve fazer.
Agarrando na reflexão de Viriato Soromenho Marques e no desafio ao comentário que ela representa aqui neste blog, pergunto-me: o que fazer com este ministro? o que fazer com esta mentalidade? o que pode fazer um eleitor indignado?
O pobre do ministro pensa mal. O homem precisa que alguém lhe dê uma dose de realidade e outra de dadaísmo.

peço desculpa se este comentário foi só um desabafo... mas tentei ser útil.
saudações

23:37

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