SOB O SIGNO DA VERDADE - O ELOQUENTE "CASO SALGADO" - VII
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Eu perguntei-lhe qual era o problema, uma vez que isso era verdade, e ele respondeu-me que só eu é que sabia disso e que, portanto, não tinha sido correcto dar essa informação ao jornal.
Declarei-lhe que essa informação era corrente - havia quem, de resto, falasse em 40% - que eu nada havia dito ao jornal e que duvidava que a fonte tivesse sido a minha candidatura. E perguntei-lhe ainda por que razão, se o assunto tinha para ele essa relevância, não me tinha ele (como tantas vezes havia feito) telefonado directamente para o meu telemóvel, para esclarecer a situação. Ele ficou embaraçado, e eu aconselhei-o então a desistir da publicação da carta, em nome da mudança em Lisboa, e tendo presente todas as conhecidas dificuldades que eu então enfrentava e procurava ultrapassar. Pediu-me uns minutos, mas pouco depois ligou-me a dizer que isso era impossível. Fiquei à espera...
Manuel Maria Carrilho - SOB O SIGNO DA VERDADE, páinas 121 e 122.
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