segunda-feira, 27 de agosto de 2007

AS PALAVRAS DOS OUTROS
Alexandre Pomar

O CASO DALILA RODRIGUES E A VOZ DO DONO

Nem sempre apreciei o estilo, as afirmações e orientações de Dalila Rodrigues, mas sei que se bateu pela conquista de alguma dignidade para o Museu Nacional de Arte Antiga, quando eram indignas as condições de funcionamento consentidas pela tutela a este e a todos os museus centrais. A projecção pessoal por que se bateu e que alcançou era a sua arma principal na afirmação do Museu quando os outros meios falhavam e num contexto em que a imprensa só se mobiliza em torno de causas ou de figuras "mediáticas". A coragem que demonstrou publicamente durante a crise da falta de vigilantes, trazendo o escândalo para os telejornais, não tem paralelo fácil no panorama cinzento e timorato da administração.

Depois do infame abaixo-assinado corporativo em que a maioria dos seus colegas directores de museus do IPM-IMC veio demasiado rapidamente dar cobertura ao erro político do Ministério, e excluir um director vindo da Universidade, o seu mentor apareceu a terreiro no Público (25-08) a tentar justificar o inadmissível. Não veio pôr os pontos nos ii, só o acento no i de Luís (Raposo).

Em alguns momentos anteriores (há mais de dez anos) foi...
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