A GESTÃO DE LUIS RAPOSO
E aqui é que elas lhes mordem.
Vejamos os números da gestão de Luis Raposo enquanto director do Museu Nacional de Arqueologia.
Visitantes nacionais totais
2002 - 25.181
2006 - 21245
Diferença = -16%
Visitantes estrangeiros totais
2002 - 37.687
2006 - 55.442
Diferença = + 47%
Escolas (nacionais)
2002 - 5.862
2006 - 9.818
Diferença = +67%
Escolas (estrangeiros)
2002 - 45
2006 - 276 = +513%
Livres e Outros (nacionais)
2002 - 3.164
2006 - 11.161
Diferença = + 253%
Livres e Outros (estrangeiros)
2002 - 465
2006 - 4.081
Diferença = + 778%
Como os números demonstram, a gestão de Luis Raposo foi tudo menos brilhante, excepto nas festas.
Relativamente aos visitantes nacionais, o MNA perde 16% de visitantes face a 2002.
Quanto aos visitantes estrangeiros, Luis Raposo limita-se a "parasitar" os visitantes dos Jerónimos, e mesmo isso mal.
Como se pode constatar pelas fotografias publicadas no passado domingo neste blogue, no exterior do Museu e junto à porta de entrada principal, existem cartazes a anunciar as exposições no interior do Museu.
Nem uma palavra noutro idioma que não o português!
Mais comentários?
É um Director português!
Quanto às escolas, aparentemente verifica-se um enorme progresso neste sector.
Pura ilusão.
Visitantes das escolas (nacionais)
2002 - 5.862
2003 - 9.049
2004 - 8.731
2005 - 7.350
2006 - 9.818
A partir de 2003 Luis Raposo "entra de férias", e em 2004 e 2005 só perde alunos das escolas.
Em 2006 tem um sobressalto (efeito Dalila?) e recupera os números que tinha alcançado em 2003!
Brilhante.
Onde a gestão de Luis Raposo se destingue é nas festas, ele que, conforme afirma no seu texto do passado sábado, até é "avesso" a este tipo de actuação para chamar visitantes aos museus.
Entre 2002 e 2006 cresce de 253% o número de visitantes nacionais "contabilizados" sob a rúbrica "Livres & Outros" e os visitantes estrangeiros crescem de 778%!
Convém recordar que esta rúbrica "Livres e Outros" não tem qualquer tipo de controlo "monetário", e que a atribuição do valor desta rúbrica é da responsabilidade da direcção de cada Museu, que "constroi" os números de uma forma "muito criativa".
Só como apontamento final, no mês de Maio de 2006, o tal mês da festa dos museus, o MNA contabilizou 9.657 visitantes nesta rúbrica (nacionais e estrangeiros) o que, para um total anual de 15.242, representa cerca de 65% destes visitantes.
É uma festa!
Só que esta "festa" contamina, desde 2005 essencialmente, os números de visitantes dos museus tutelados por Manuel Oleiro.
Esta análise fica para um próximo texto.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
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2 comentários:
Você está mesmo a falar no museu de arqueologia de lisboa ? É que eu fui lá e vi há semanas e vi todas, mesmo todas, as exposições em mais do que uma língua. Vi também bastante gente a visitar o museu (claro que menos do que no mosteiro dos jerónimos, porque em toda a parte do mundo os monumentos desse tipo têm mais visitantes do que os museus).
Quanto ao resto, afinal para si fazer uma festa por ano, na altura do dia internacional dos museus, é mau ? E que festa ! Eu fui lá este ano e vi o programa com conferências, debates, ateliês educativos e grupos de música popular ? Acha mal ? O que você prefere são as raves pela noite fora ao longo do ano ?
Sinceramente, só lhe ficava bem reconhecer que afinal se enganou e isto tudo é mais complicado do que você ou Dalila (em que também acreditei e por isso estou mais revoltada) pensariam.
Obviamente que o texto de Luis Raposo diz, de facto, toda a verdade (ou, o que é pena, ainda não diz toda verdade...)e acerta, como nenhum outro, na mouche!
Prova disso: alguém, até agora, exceptuando ataques desesperados e apenas gratuitamente insultuosos (estou a falar do Alexandre Pomar e duma espécie de blog chamado "Formiga Bargante"), desmentiu, com factos e com seriedade, o que aí está escrito?
Aliás, o silêncio (mais um) de Dalila Rodrigues não poderia ser mais esclarecedor.
Força, Luis Raposo e restantes colegas, continuem o vosso trabalho sério e respeitado!
O espectáculo degradante da visita de Marques Mendes ao MNAA fez, em definitivo, cair a máscara aquela senhora, se é que tal ainda era necessário
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