sexta-feira, 17 de agosto de 2007

SÃO PAULO E A LEI DA CIDADE LIMPA

Gilberto Kassag, presidente da câmara municipal de São Paulo, fez aprovar uma lei, a lei da Cidade Limpa, que implicou a retirada de TODOS os paineis publicitários, anúncios de neon gigantes, bem como todo um conjunto de outros suportes publicitários, que impediam os cidadãos de São Paulo de conhecer, verdadeiramente, a sua cidade.

Esta medida radical, a primeira a ser adoptada por uma grande cidade do chamado "primeiro mundo", tem recebido um enorme apoio da população, que concorda com as palavras do presidente da câmara que declarou, a propósito desta lei, que tal aprovação se incluie no combate à poluição, seja ela a poluição sonora, a poluição da água ou a poluição do ar.

Como afirmou Sylvio Barros Sawaya, director da Faculdade de Arquitectura e Urbanismo de São Paulo:
" DE REPENTE , como num passe de mágica, a cidade volta a ter sua arquitetura. A retirada dos grandes painéis de propaganda permitiu isso. Eram tão imensos que a medida provocou um impacto no uso da cidade e uma certa desorientação. As referências de percurso mudaram.
A medida não foi excessiva. Excessiva era a apropriação indevida do espaço público visual".

Agora que temos um ex-número dois do governo na presidência da CML e um arquitecto no departamento de urbanismo da cidade, não seria altura de pensarem numa medida semelhante ou, devido à falta de verbas, já estarão a pensar em alugar a Avenida da Liberdade a uma qualquer marca para ai instalar a sua publicidade, como já fez Carmona Rodrigues?
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