OS MUSEUS. PORTUGAL. ESPANHA.
"Cuántas personas han visitado el Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León (Musac) desde que se inauguró hace dos años?
-Unas 320.000 aproximadamente".
"El público entiende lo que muestra el Musac?
-Luchamos al máximo para que se entienda lo que hacemos. Una de las prioridades del museo es que las obras tengan una verdadera comunicación con el público. Por eso hay visitas guiadas cada hora y también hay una guía gratuita para que la gente tenga una referencia para poder entenderlo.
-¿Lo están consiguiendo?
-Se está avanzando mucho. Piense que partimos de un contexto donde el arte contemporáneo no existía y que estamos haciendo un proyecto de primera magnitud que podría estar en cualquiera de las ciudades principales de Europa.
-Este verano el Musac ha sacado parte de su colección a las zonas rurales del Órbigo, en León. ¿Cómo está resultando?
-Es un experimento y no sabemos muy bien la incidencia. Como experiencia ha sido muy positiva y hay muchos sitios que nos están pidiendo repetirla, pero es un trabajo difícil de asumir con nuestro personal.
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Nota do formigueiro: quando em Portugal se fala da qualidade de um director de museu, como hoje é "falado" longamente de Paulo Henriques no jornal Público, a propósito do seu primeiro dia de trabalho no MNAA, falamos de quê?
Do trabalho efectuado para aumentar o seu prestígio entre os "seus" pares?
Ou, se estamos a falar de um museu ao serviço das populações, (que os museus deveriam servir (mas não servem) então falamos de quê?
Curiosos os depoimentos recolhidos junto de várias personagens ligadas ao chamado "mundo das artes", nos quais são feitas declarações genéricas sobre a qualidade do novo director do MNAA, mas nenhum se pronuncia, de facto, sobre o seu trabalho, ao longo de 10 anos, enquanto director do Museu Nacional do Azulejo.
Afinal, em concreto, no que se traduziu o trabalho de Paulo Henriques enquanto director do MNA?
Maior número de visitantes? Não.
Maior visibilidade do museu no estrangeiro? Não.
Promoção do azulejo enquanto elemento fundamental da cultura portuguesa junto dos turistas que nos visitam? Não.
Aumento de actividade junto das escolas? Não.
Incentivos aos visitantes para descobrirem o azulejo na cidade de Lisboa, e essencialmente nas estações do metro? Não.
Afinal, perguntamos, onde reside o bom trabalho de Paulo Henriques no Museu Nacional do Azulejo, alguém saberá responder?
E, já agora, quanto custaram as exposições temporárias montadas no MNA?
E os catálogos, quantos se editaram e a que preço? E quantos se venderam e quantos se ofereceram?
E, já agora, poderia Manuel Oleiro tornar públicos os planos estratégicos de Paulo Henriques para o MNA?
Não é por nada, mas "parece" que transparência é uma palavra querida deste governo.
Ou não será?
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Nota do formigueiro: quando em Portugal se fala da qualidade de um director de museu, como hoje é "falado" longamente de Paulo Henriques no jornal Público, a propósito do seu primeiro dia de trabalho no MNAA, falamos de quê?
Do trabalho efectuado para aumentar o seu prestígio entre os "seus" pares?
Ou, se estamos a falar de um museu ao serviço das populações, (que os museus deveriam servir (mas não servem) então falamos de quê?
Curiosos os depoimentos recolhidos junto de várias personagens ligadas ao chamado "mundo das artes", nos quais são feitas declarações genéricas sobre a qualidade do novo director do MNAA, mas nenhum se pronuncia, de facto, sobre o seu trabalho, ao longo de 10 anos, enquanto director do Museu Nacional do Azulejo.
Afinal, em concreto, no que se traduziu o trabalho de Paulo Henriques enquanto director do MNA?
Maior número de visitantes? Não.
Maior visibilidade do museu no estrangeiro? Não.
Promoção do azulejo enquanto elemento fundamental da cultura portuguesa junto dos turistas que nos visitam? Não.
Aumento de actividade junto das escolas? Não.
Incentivos aos visitantes para descobrirem o azulejo na cidade de Lisboa, e essencialmente nas estações do metro? Não.
Afinal, perguntamos, onde reside o bom trabalho de Paulo Henriques no Museu Nacional do Azulejo, alguém saberá responder?
E, já agora, quanto custaram as exposições temporárias montadas no MNA?
E os catálogos, quantos se editaram e a que preço? E quantos se venderam e quantos se ofereceram?
E, já agora, poderia Manuel Oleiro tornar públicos os planos estratégicos de Paulo Henriques para o MNA?
Não é por nada, mas "parece" que transparência é uma palavra querida deste governo.
Ou não será?
5 comentários:
ERROS ORTOGRÁFICOS
Linhas 12, comentário do formigueiro: "prenuncia"; prenuncia o quê?
Ai formiguita, formiguita, já te indiquei uma enciclopédia, agora acho melhor também um bom dicionário. Vai lá ver, depois de comprares: não é "PRENUNCIA", é PRONUNCIA. Ai as orelhas de burro, novamente ao fim de 60 anos, é obra!!
Vá lá, as cópias não vêm, por enquanto, com erros...
ERROS ORTOGRÁFICOS
Erro corrigido, graças à atenção do nosso querido anónimo.
Obrigado anónimo.
Já agora, e quanto às questões de fundo, nenhuma resposta às questões levantadas neste texto?
Cumprimentos
Claro que sim, fica mais uma vez evidente o ódio a tudo o que se mova e que vá contra a "sua amiga" Dalila. Quando é que sais do formigueiro (IMC) e dás a cara????
Questões de fundo? Que quê? De quê? Questões quê? Onde? Ó formiga, estás sonhando, mulher!! Questões de fundo... comentar... comentar o quê? De quê? E porquê? Se nada se lê? Quem? De onde?
Porque é que não comentas tu o seguinte texto (vá lá, força):
"Tendo acompanhado, sempre com algum distanciamento, o “caso da demissão de Dalila Rodrigues”, foi com o maior interesse e atenção que li, no passado Sábado, a resposta da Prof. Dalila Rodrigues ao artigo de opinião do Director do Museu Nacional de Arqueologia, publicado no “Público” de 25 de Agosto. No entanto, porque praticamente nada é esclarecido, mantendo-se um discurso confuso, ambíguo, bem construído, é certo, mas nada acrescentando ou clarificando em relação às acusações (graves, algumas, mas muito bem fundamentadas e muito claras) que lhe são feitas pelo Prof. Luís Raposo, desiludido fiquei.
Insistindo na defesa de uma autonomia cujos contornos fundamentais ainda ninguém entendeu, a Prof. Dalila Rodrigues acaba por cair, uma vez mais, num tom pacóvio e (desnecessariamente) ridículo, com a exibição daquelas incompreensíveis fotografias, cujo objectivo e efeito prático por certo, ninguém entenderá.
Mas o que mais me tem preocupado neste “debate”(?) é a triste constatação, uma vez mais, que o domínio do provincianismo e do sucesso pessoal (no social) se sobrepõem, claramente, à vida de instituições cuja missão e prestigio devia estar, sempre, afastada e abrigada destes dois males endémicos que corroem a sociedade portuguesa há longos anos.
Não pondo em causa algumas competências da Prof. Dalila Rodrigues, nem sequer entrando na querela dos números de visitantes, que dou de barato, penso que o que inquinou toda esta história, desde o seu inicio, tem a ver, exclusivamente, com dois factos, para mim cada vez mais evidentes: a construção de um projecto de ascensão, promoção e poder pessoal e o deslumbramento provinciano da Prof. Dalila Rodrigues.
Não gostando de misturas nestas e noutras questões (sou, a este respeito, assumidamente elitista), reconheço não ser fácil o caminho dos arredores rurais de Viseu e da vetusta Universidade de Coimbra (sei bem do que falo, fui lá professor 14 anos…), até ao urbaníssimo Frágil Lux, às tias da Lapa e ao estrelato (rápido e fugaz) dos media, cujo barulho das luzes é, ainda, bem superior ao das raves no Museu Grão Vasco, em Viseu: de deslumbramento em deslumbramento, até à cegueira final.
Depois, a Prof. Dalila Rodrigues tem feito da exposição Rau um dos seus cavalos de batalha, senão o principal, como ainda agora no texto/resposta do Público de Sábado se verifica. Sem querer abrir qualquer debate sobre a bondade daquela exposição, fiquei e continuo espantado como uma exposição de 3º nível, a itinerar por cidades perdidas do Texas ou do Tennessee (basta consultar a net, para o confirmar), constituída por obras que, em qualquer grande museu europeu, não passariam das reservas das reservas, teve a recepção (não por parte do público, infelizmente habituado a muito pouco, mas por parte da critica da especialidade) apoteótica que teve. Atribuo esta situação, em exclusivo, à mistura de dois ingredientes: o politicamente correcto com uma grande dose de ignorância. Pergunto: será com a exposição Rau que o MNAA, como afirma a sua ex-directora, “entra finalmente nos grandes circuitos internacionais”. Ou esta afirmação não passa duma blague (melhor tradução: laracha)?
Por outro lado, tratou-se de uma exposição tipo “chave na mão”, incluindo o catálogo, sendo apenas necessário dinheiro e espaço para a encaixar. Coisa curiosa é que, pelas contas da própria Prof. Dalila referidas na carta/resposta do Público, nem sequer a reserva e preparação da exposição Rau terá sido feita por si enquanto directora, mas, ao que tudo indica, pelo director que a precedeu…
Já alguns anos atrás, se não me engano em Lille, tinha tido oportunidade de a ver, voltando a revê-la, apenas por mera curiosidade, aqui no MNAA, ficando sempre em mim uma triste sensação: esta exposição Rau está, para o mundo das exposições, exactamente ao mesmo nível daquelas companhias de ballett (utilizo, aqui, este termo propositadamente) e ópera, oriundas das antigas repúblicas soviéticas que, após a queda do muro, visitavam o nosso Coliseu sempre com grande sucesso de público, no seguimento de digressões para, coitados, poderem apenas matar a fome, pela Península, que incluíam as cidade espanholas de Huesca, Zamora, Pontevedra ou Huelva e sempre, mas sempre, a nossa capital.
Outro ponto de honra na gestão da Prof. Dalila Rodrigues, já sobejamente por ela e por alguns comentadores elogiosamente referido, é a mudança de sitio dos Painéis, obra emblemática e um dos ex-libris do MNAA. Se do ponto de vista estético, a solução é má, do ponto de vista museográfico (é assim que se diz, acho eu) é um absoluto desastre! Traçando um paralelo simbólico (e mais radical, assumo) é como se, no Prado, as “Meninas” passassem para a zona das bilheteiras ou a “Mona Lisa”, no Louvre, fosse colocada nos corredores de acesso ao metro. Enfim, esperemos, para nosso bem, que o tão cantado grande prestigio internacional da Prof. Dalila Rodrigues, se fique pelas laudas domésticas de Vasco Graça Moura.
Mas o maior e mais assustador sinal de nacional parolismo é a permanentemente apregoada comparação com os museus do Prado e do Louvre.
Durante o salazarismo, no nosso Portugal dos pequenitos, tínhamos, em Aveiro, a Veneza portuguesa, em Évora, a nossa Florença ou em Queluz, o Palácio de Versailles, isto só para dar alguns exemplos, de que o professor fascista tanto gostava.
Mais de 30 anos depois, com “a melhor directora do MNAA de sempre!!”, voltamos a ter o que é dos outros, o nosso “petit Louvre” e, ao mesmo tempo “o chiquito Prado”.
Poupem-me, pois já não tenho idade para tudo isto…
Num país onde, mais do que a competência, a qualidade do trabalho e o empenho, se privilegia e se premeia, sobretudo, a pose, o show-off e a gritaria mediática, Dalila Rodrigues já tem o seu futuro garantido: será convidada, em breve, para uma prestigiosa instituição privada (já todos sabemos qual) dando cumprimento, então sim, a uma ambição pessoal cujos limites são difíceis de prever. Que vá em paz e que Deus a acompanhe; por mim, não deixará nunca de ser 'aquela moça dos arredores de Viseu'."
"...nunca deixará de ser aquela moça dos arredores de Viseu". Esclarecedor e sem mais comentários. Para bom entendor, esta frase revela o desprezo com que são tratados aqueles que não pertencem às élites de Lisboa, Porto e Coimbra.
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