terça-feira, 27 de dezembro de 2005

A COLECÇÃO BERARDO OU "VAMOS LÁ A VER SE NOS ENTENDEMOS".

"Havendo já um espólio valioso..."
Amaral Lopes, em entrevista a Alexandra Carita, na revista Actual, suplemento do Expresso, de 3.12.2005

"...considerada a maior colecção de arte contemporânea da Europa."
Alexandra Carita na Revista Actual, suplemento do Expresso, de 23.12.2005

"...uma das mais importantes colecções de arte moderna do mundo..."
Eduardo Dâmaso em Editorial publicado em 24.12.2005 no Diário de Notícias.

No curto espaço de 3 semanas, na imprensa portuguesa, a Colecção Berardo passou de "espólio valioso", nas palavras de Amaral Lopes, actual vereador da cultura da Câmara Municipal de Lisboa e antigo secretário de estado da cultura, para "a maior colecção de arte contemporânea da Europa", segundo Alexandra Carita, para, e segundo Eduardo Dâmaso do Diário de Notícias, "uma das mais importantes colecções de arte moderna do mundo...".

Afinal em que ficamos:
1º - Espólio valioso
2º - A maior colecção de arte contemporânea da Europa
3º - Uma das mais importantes colecções de arte moderna do mundo.

Não é por nada, mas entre "espólio valioso" e " a maior..." e "uma das mais importantes..." vai uma enorme diferença.

Já agora, gostariamos de perguntar, quer a Alexandra Carita quer a Eduardo Dâmaso, quais as fontes em que se baseiam para afirmarem o que afirmam sobre a Colecção Berardo.

É que até hoje, que a Formiga Bargante tenha conhecimento, nunca ninguém explicou com argumentos concretos em que se baseiam tais afirmações.

Aliás, basta confrontar os textos dos dois jornalistas citados para se perceber que o desnorte ou intoxicação são graves.

Para não ir mais longe, uma colecção de arte moderna é uma coisa, uma colecção de arte contemporânea é outra, a não ser que a Colecção Berardo seja imbativel nos dois periodos.

Será ?




Sem comentários: