quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

A COLECÇÃO BERARDO OU "VAMOS LÁ A VER SE NOS ENTENDEMOS" (2)

A avaliar pelas reacções suscitadas, (basta vêr os comentários), o dia de ontem, na Formiga Bargante, foi muito agitado.

Ainda bem, porque do que todos nós necessitamos é que os assuntos sejam falados, discutidos,
com maior ou menor paixão e calor, e, no final, fiquemos todos um pouco mais esclarecidos.

Só assim é que poderemos contribuir para melhorar o estado de apatia que se abateu sobre este país, estado de apatia esse que não interessa a ninguém, qualquer que seja a posição em que se coloque.

Feita esta introdução, duas clarificações:

1ª Clarificação
Que a colecção Berardo é uma colecção importante, parece que não restam dúvidas.
Que não existe em Portugal uma colecção semelhante para o periodo que cobre, idem idem, aspas, aspas.
Dai a ser a melhor da Europa, do Mundo, (e já agora arredores), verdades essas apregoadas por alguma comunicação social, sem qualquer tipo de suporte que sustente essas "verdades", é que não.
Importante, sem dúvida. Necessária, sem dúvida.
Mas tudo nos seus devidos termos, já agora.

2ª Clarificação
Que Joe Berardo queira negociar da maneira que melhor sabe e pode, faz parte do jogo.
Nem outra coisa se esperaria dele, ou de alguém no seu lugar.
Agora que os interlocutores (entenda-se aparelho de estado) não cumpram com o seu papel é que não se pode aceitar.
Mas esta é uma questão que está por aclarar, particularmente a partir do momento que "entrou em jogo" o primeiro ministro José Socrates.
Resta-nos, aqui no formigueiro, e como nos dizia ontem voz amiga, "deixar assentar a poeira", para depois tentar perceber o que está em jogo, e as respostas encontradas para conciliar estes dois interesses, o de Joe Berardo e o do Estado Português.

No entanto, não queremos deixar de contribuir para este assunto, colocando aqui um link relativo a uma carta aberta que o empresário François Pinault publicou no jornal Le Monde, em 10 de Maio de 2005, e na qual conta das suas razões para abandonar o projecto que vinha desenvolvendo para a instalação do seu Museu na ilha Seguin, nos terrenos da antiga fábrica Renault, terrenos esses que, segundo Joe Berardo lhe teriam agora sido oferecidos pelo governo francês.

E o mais curioso é que esta carta aberta é "republicada" no forum do Palais de Tokyo, dando origem a uma muito acalorada troca de comentários a favor e contra a decisão de François Pinault, e é desse forum que publicamos o link.

Resta desejar boa leitura, a partir deste LINK

1 comentário:

Anónimo disse...

La coleccion Berardo debe ir a Aveiro, o a Sevilla, o a Ceuta, o a Marrakesh, o a Casablanca, o a Italia, o a Barcelona, o a Paris