quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

O MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA OU A SAGA DO INSTITUTO PORTUGUÊS DE MUSEUS

A chave para o sucesso ou insucesso dos museus integrados no Instituto Português de Museus depende da capacidade profissional e do empenho pessoal dos seus directores, bem como da utilização que os mesmos fazem dos equipamentos e verbas postas à sua disposição. seja em sentido positivo ou negativo.

E depende dos directores dos museus dado que Manuel Oleiro, Presidente do IPM não tem, claramente, a minima política para os museus que tutela.

Pior um pouco, Manuel Oleiro procura esconder a falência da sua Presidência mascarando números, como a anedota do Museu de Conímbriga que, segundo Manuel Oleiro, perdeu visitantes em 2005 por causa de um problema rodoviário, quando este museu perde visitantes desde 2000, somado já o belo score de menos 55% de visitantes no periodo 1999/2005.

Mas, para Manuel Oleiro, isto são "trocos".

Falemos de um caso de sucesso, neste caso representado por Dalila Rodrigues, directora do Museu Nacional de Arte Antiga desde Novembro de 2004.

Antes da tomada de posse de Dalila Rodrigues, o MNAA arrastava uma existência penosa, com salas fechadas por falta de pessoal, quadro humano desmotivado e uma associação dos Amigos do Museu que afinava pelo mesmo diapasão.

A partir de Novembro de 2004 assume funções Dalila Rodrigues, e qual é hoje o panorama do MNAA ?

Pessoal altamente motivado, uma associação dos Amigos do Museu entusiasmada como não se assistia há já muito tempo, e um acréscimo de cerca de 38% de visitantes !

E tudo isto com os meios que o antecessor de Dalila Rodrigues dispunha, mais aqueles que a nova directora teve a capacidade pessoal de angariar.

Se alguma dúvida existe acerca do papel desempenhado pela nova directora, falem com algum ou alguns dos sócios da Associação dos Amigos do Museu de Arte Antiga e escutem o que eles têm para contar da nova dinâmica do museu. Melhor ainda: falem e façam-se sócios, e vão verificar como em Portugal, com honestidade e empenho, se conseguem feitos notáveis.

Mas imaginam que o exemplo do Museu Nacional de Arte Antiga vai mudar o que quer que seja no Instituto Português de Museus ? Imaginam que a situação do Museu do Chiado, do Azulejo ou de Conímbriga, entre outros, vai mudar ?

Se imaginam que sim, o melhor é esperarem sentados !

E foi Manuel Oleiro que a Ministra da Cultura reconduziu no cargo ! Vá lá saber-se a razão !

2 comentários:

Belogue disse...

[Onde é que esta gente arranja dinheiro?]
“No Museu de Etnologia abriram esta semana as reservas visitáveis das Galerias da Amazónia, onde se conserva a totalidade os objectos procedentes das sociedades ameríndias (…)” (Notícia da Actual)
É ir aqui (http://www.ipmuseus.pt/pt/museus/F553/GL.aspx) e ver se esta gente merece o dinheiro que lhes é atribuído.

Belogue disse...

"A chave para o sucesso ou insucesso dos museus integrados no Instituto Português de Museus depende da capacidade profissional e do empenho pessoal dos seus directores, bem como da utilização que os mesmos fazem dos equipamentos e verbas postas à sua disposição. seja em sentido positivo ou negativo."

Cara Formiga, desculpe mas o sucesso dos museus do IPM não depende apenas destes factores, mas de um outro que é a maior ou menor "proximidade" com corredores do IPM.