CRÓNICA DE UMA VISITA, NUM DIA DE CHUVA,
AO MUSEU DO AZULEJO,
EM LISBOA.
VI- CONCLUSÃO
AO MUSEU DO AZULEJO,
EM LISBOA.
VI- CONCLUSÃO
Várias vezes temos publicados textos na Formiga Bargante relativos ao Museu do Azulejo.
Não conhecemos o seu director, Dr. Paulo Henriques, e se nos cruzarmos algures por aí, não faço a mais pequena ideia de quem é o senhor. Portanto, não existe qualquer motivação de carácter pessoal nos textos aqui publicados.
Aquilo que indigna a Formiga Bargante é o total aproveitamento da "coisa pública" para a realização de projectos pessoais.
Senão vejamos.
Em 2005 (e nos anos anteriores o panorama não é diferente), o museu nacional do azulejo foi visitado por 70.477 indivíduos, dos quais 56.287 estrangeiros, ou seja 80%.
Dos restantes, (visitantes nacionais) 4.799 foram alunos de escolas e 9.391 portugueses, desde jovens com menos de 14 anos, até "´séniores" com mais de 65 anos.
A primeira conclusão a retirar é a de que o museu do azulejo é um dos museus dependentes do IPM que menor número de visitantes nacionais seduz. E estamos a falar de 29 museus !
A segunda conclusão, é a de que 80% visitantes, estrangeiros, vão ao museu para verem e serem informados sobre a azulejaria portuguesa. No entanto, e como já anteriormente escrevemos, tal informação é muito escassa, e durante a maior parte do ano de 2005 nem sequer estava disponivel. Também aqui já escrevemos sobre isso.
A terceira conclusão é de que o espaço ocupado pelo "hobby" do director do museu, as exposições temporárias, ocupa uma vastíssima área, e como tal não é suficiente para as pretensões do director Paulo Henriques, as salas que ainda aparecem assinaldas com os números 14 e 15 no folheto do museu, e que correspondiam, respectivamente, a "século XIX-azulejaria neoclássica" e "século XIX-azulejaria romântica, eclética e industrial" foram esvaziadas do seu conteudo museológico, para dar lugar a mais duas salas "às ordens do senhor director", para mais exposições temporárias.
A quarta conclusão é a de que, por exemplo, a azulejaria contemporânea portuguesa é relegada para um corredor na parte superior do cláustro, onde artistas como Raul Lino, Jorge Barradas, Maria Keil, Manuel Cargaleiro, Querubim Lapa, João Abel Manta, Eduardo Nery ou Cecília de Sousa, estão miserávelmente representados e apresentados no tal corredor, enquanto o "senhor" director" reserva enormes espaços para o seu "hobby", as exposições temporárias.
Já agora, e repetindo um pedido que não foi atendido, gostariamos de saber quanto foi gasto em 2005 com as tais exposições temporárias, entre acordos com os detentores das obras, transportes, seguros, instalação, catálogos (e que belos e caros catálogos...), etc. etc. etc.
Como se tudo isto não fosse suficiente, veja-se o estado de degradação atingido pelo edifício, e a passividade do seu director.
É que para as exposições temporárias há verbas, e vultosas.
Provávelmente para a conservação e restauro não existe "cabimento".
Já Eça dizia: Isto não é um País, é um sítio!
Nota de rodapé: e para que servem as exposições temporárias? Para os portugueses que não põem os pés no museu do azulejo, ou para os estrangeiros que vão à procura da azulejaria portuguesa? Ou... bem, vocês sabem !
Não conhecemos o seu director, Dr. Paulo Henriques, e se nos cruzarmos algures por aí, não faço a mais pequena ideia de quem é o senhor. Portanto, não existe qualquer motivação de carácter pessoal nos textos aqui publicados.
Aquilo que indigna a Formiga Bargante é o total aproveitamento da "coisa pública" para a realização de projectos pessoais.
Senão vejamos.
Em 2005 (e nos anos anteriores o panorama não é diferente), o museu nacional do azulejo foi visitado por 70.477 indivíduos, dos quais 56.287 estrangeiros, ou seja 80%.
Dos restantes, (visitantes nacionais) 4.799 foram alunos de escolas e 9.391 portugueses, desde jovens com menos de 14 anos, até "´séniores" com mais de 65 anos.
A primeira conclusão a retirar é a de que o museu do azulejo é um dos museus dependentes do IPM que menor número de visitantes nacionais seduz. E estamos a falar de 29 museus !
A segunda conclusão, é a de que 80% visitantes, estrangeiros, vão ao museu para verem e serem informados sobre a azulejaria portuguesa. No entanto, e como já anteriormente escrevemos, tal informação é muito escassa, e durante a maior parte do ano de 2005 nem sequer estava disponivel. Também aqui já escrevemos sobre isso.
A terceira conclusão é de que o espaço ocupado pelo "hobby" do director do museu, as exposições temporárias, ocupa uma vastíssima área, e como tal não é suficiente para as pretensões do director Paulo Henriques, as salas que ainda aparecem assinaldas com os números 14 e 15 no folheto do museu, e que correspondiam, respectivamente, a "século XIX-azulejaria neoclássica" e "século XIX-azulejaria romântica, eclética e industrial" foram esvaziadas do seu conteudo museológico, para dar lugar a mais duas salas "às ordens do senhor director", para mais exposições temporárias.
A quarta conclusão é a de que, por exemplo, a azulejaria contemporânea portuguesa é relegada para um corredor na parte superior do cláustro, onde artistas como Raul Lino, Jorge Barradas, Maria Keil, Manuel Cargaleiro, Querubim Lapa, João Abel Manta, Eduardo Nery ou Cecília de Sousa, estão miserávelmente representados e apresentados no tal corredor, enquanto o "senhor" director" reserva enormes espaços para o seu "hobby", as exposições temporárias.
Já agora, e repetindo um pedido que não foi atendido, gostariamos de saber quanto foi gasto em 2005 com as tais exposições temporárias, entre acordos com os detentores das obras, transportes, seguros, instalação, catálogos (e que belos e caros catálogos...), etc. etc. etc.
Como se tudo isto não fosse suficiente, veja-se o estado de degradação atingido pelo edifício, e a passividade do seu director.
É que para as exposições temporárias há verbas, e vultosas.
Provávelmente para a conservação e restauro não existe "cabimento".
Já Eça dizia: Isto não é um País, é um sítio!
Nota de rodapé: e para que servem as exposições temporárias? Para os portugueses que não põem os pés no museu do azulejo, ou para os estrangeiros que vão à procura da azulejaria portuguesa? Ou... bem, vocês sabem !
2 comentários:
A saber:
Este ano o IPM vai publicar a lista dos funcionários de todos os museus que tiveram como classificação "Muito Bom". Assim, o museu que quiser vai buscar funcionário X ou Y ao Museu A ou B. Como se a gente não soubesse a forma paridarizada como se dão as classificações! I'm so pissed off!!
E é só nos Museus?!
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