quarta-feira, 5 de abril de 2006

IMPORTA-SE DE REPETIR?

-Quanto ao facto de o protocolo permitir que daqui a dez anos Berardo recuse a oferta de compra da sua colecção, explicou (a ministra da cultura): "Não precisamos de protocolos blindados. Este acordo está aberto porque as partes estão de boa-fé. Estamos certos da boa vontade e do interesse do comendador em manter a colecção em Portugal.
in: jornal Público de 4.4.2006

-E, se se colocam desde já estas reservas, é porque a forma como Berardo tem tratado as autoridades portuguesas (para não falar do que se sabe do seu passado como empresário) não garante que se venha a comportar como um benemérito, um mecenas que reuniu uma colecção fabulosa e, depois, a partilhou com o público.
in: editorial de josé manuel fernandes no jornal público de 5.4.2006

Que a ministra cumpra as ordens do patrão Sócrates e que assine um acordo que ela, manifestamente, não queria assinar, é problema dela.

Agora que queira fazer estúpidos de todos nós, vamos lá mais devagar.

A ministra que indague junto da classe empresarial sobre quem estaria disposto a assinar com o comendador um contrato como aquele que foi assinado ontem.

Quem estaria disposto a investir numa empresa do comendador, baseado na "boa-fé", para daqui a dez anos saber a resposta de joe berardo sobre a venda ou não venda tendo por base um preço estabelecido dez anos antes.

Arriscamos-nos a avançar que por mais diligências que a ministra faça, não encontrará um único voluntário.

De uma coisa estamos certos: o futuro de Isabel Pires de Lima após "ministra" está garantido.

Funda uma empresa concorrente das produções ficticias, ou, melhor, realiza um programa concorrente dos malucos do riso, e é êxito garantido.

É que ela tem muito jeito para contar anedotas.


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