NEGOCIAÇÃO? NÃO, CAPITULAÇÃO !
SOBRE A COLECÇÃO BERARDO
Ministério e Berardo chegaram a acordo para museu no CCB
De todo este negócio, ontem formalmente regularizado no Centro Cultural de Belém, para já um facto se destaca:
O governo português instala durante dez anos a colecção Berardo no Centro Cultural de Belém, assume todas as despesas (edifícios, máquina administrativa, exposições, conservação das reservas, seguros, itinerâncias, etc. etc. etc.) e, daqui a dez anos, o comendador joe berardo decide se afinal aceita vender a colecção à entidade que durante dez anos suportou tão pesados encargos pelo preço fixado em 2006.
De uma coisa ninguém tem dúvidas: daqui a dez anos o valor que agora será estabelecido será nitidamente menor do que aquele que a colecção terá na altura, dado que, como é sabido pelas "gentes destas artes", pelo simples facto de a colecção obter um estatuto museológico (totalmente à custa das verbas do orçamento do estado português), o seu valor aumentar significativamente.
Se ao estatuto museológico juntarmos o valor acrescido da itinerância, então o valor da colecção sai substancialmente reforçado.
E tudo isto à custa do orçamento geral do estado.
E tudo isto para que, daqui a dez anos, o comendador joe berardo decida se afinal vende ou não vende a colecção ao estado português, pelo preço que agora for encontrado.
Brilhante !
Quem nos acode ?
nota de rodapé:e pelo caminho o Comendador expulsa o seu "amigo" Francisco Capelo e o "seu" Museu do Design do CCB.
A vingança serve-se fria, não é ?
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