OS NOSSOS "QUERIDOS" COMENTADORES

"Sucede que, fora o patriotismo da praxe, a guerra do Iraque não incomoda excessivamente o americano médio. A grande diferença entre o Iraque e o Vietname é a diferença entre um exército de recrutamento e um exército de voluntários. Os combatentes do Vietname estavam lá por força de um recrutamento universal, os combatentes do Iraque estão lá porque escolheram lá estar e porque lhes pagam".

"Assunto de conversa e de polémica, no dia-a-dia, o desastre do Iraque não passa para a maioria da população de uma espécie de particular de reality show, inteiramente estranho à sua experiência e à realidade imediata dos seus problemas".
in: vasco pulido valente - jornal público de 5.11.2006

Os nossos "queridos" comentadores são assim: escrevem e falam sobre tudo e todos, e o que afirmam soa a verdade divina.

Vasco Pulido Valente não sabe nem faz ideia que cerca de 40% do exército americano no Iraque é composta por homens e mulheres da Guarda Nacional, e nem sabe nem faz ideia do que isso representa, para todas as classes sociais americanas.

Vasco Pulido Valente não sabe nem faz ideia de que os homens e mulheres que se alistam na Guarda Nacional o fazem por patriotismo e não por dinheiro.

Vasco Pulido Valente não sabe nem faz ideia que aqueles 40% de homens e mulheres quando foram mobilizados para o Iraque já tinham as suas vidas construidas na sociedade civil, e que a mobilização os afastou das famíias e dos empregos.

Vasco Pulido Valente não sabe nem faz ideia de que aqueles 40% de homens e mulheres presentes no Iraque emanam de todas as classes sociais, desde quadros superiores ou técnicos a operários.

E, suprema ironia, uma das razões mais invocadas pelos eleitores americanos sobre as razões que os levaram a votar nos candidatos democratas foi, justamente, estarem contra a guerra no Iraque.

Mas isto, evidentemente, Vasco Pulido Valente não sabe nem quer saber.

Como se diria na Grande Loja do Queijo Limiano: não deixe que a verdade estrague uma boa história.