LAS MOVIDAS OU,
DADO QUE VOCÊS SÃO
UMA CAMBADA DE PREGUIÇOSOS...
about mário cabrita gil (link)
obs: pedro lapa e manuel oleiro não constam do livro "A Idade da Prata".
Eram, e continuam a ser, pechibeques.
BARGANTE: Que ou quem tem maus costumes; libertino,patife,velhaco. Trabalhador que trabalha em grupo, indivíduo de baixa extracção que se agrupa com outros, soldado, mercenário. Homem do mundo que anda com gente alegre, malfeitor. UM BLOGUE DE FERNANDO GONÇALVES
LAS MOVIDAS OU,
DADO QUE VOCÊS SÃO
UMA CAMBADA DE PREGUIÇOSOS...
about mário cabrita gil (link)
Publicado por formiga bargante às 23:55
...há naturalmente mais mundo que a nossa pequena Iberia.
Mesmo quando se tranforma na "jangada de pedra" do douto nobel Saramago.
Tenho dito.
Interessante, sem dúvida.
Esclareça-me, no entanto, o seguinte: em que medida o trabalho de MCG pode ser "arrumado" na "Movida", eu até admito haja coincidência no tempo (?), agora em relação ao arrumar a exposição "A idade da Prata" no movimento a “La Movida”, é que eu tenho algumas dúvidas …
À consideração superior
12:39
Meu caro contra-baixo
Respostas, só lá mais para a noite.
Euricos...
13:02
Eu acho mesmo é sintomático.
Como todos dizem, é o país que merecemos.
13:05
Meu caro contra-baixo
Antes de tudo mais, convém clarificar o meu conceito de “movida”: a espanhola e a portuguesa.
A espanhola foi impulsionada, desde Madrid, por um “alcalde” de excepcional cultura e visão, Enrique Tierno Galván, o qual percebeu que para mudar a imagem da sociedade posfranquista espanhola teria que criar e impulsionar um movimento cultural que mostrasse Espanha como um pais moderno e aberto à mudança, em contraponto à imagem fascista então dominante.
A portuguesa foi resultado da reunião, organizada, de um conjunto de indivíduos, que tinham como objectivo a “tomada do poder” aos vários niveis da actividade cultural nacional.
A primeira grande afirmação pública deste desejo encontra expressão na realização da exposição “Depois do Modernismo”, em 1983.
É conferir os nomes dos participantes nesta mega exposição, (criadores, crítivos e autores de textos para o catálogo), e verificar os lugares que ocupam na cena artistica portuguesa actual.
E é neste contexto que surge “A Idade da Prata”.
O livro de Mário Cabrita Gil (e não a exposição) surge como mais um elemento na estratégia seguida, e que visava conferir um selo de afirmação (as exposições são acontecimentos efémeros, os livros não) para o presente (o livro é editado em 1986) e para o futuro.
Mas o que mais me despertou a atenção foi o facto de os espanhois utilizarem a côr e visualizarem o excesso da época nos retratos agora “recuperados”, enquanto Mário Cabrita Gil utiliza o P&B e os seus “modelos” adoptarem uma pose “séria” e “institucional”.
Numa segunda leitura às fotos, outro facto me chamou a atenção:
no lado espanhol tanto existem fotografias individuais como colectivas, enquanto do lado português não existe uma única fotografia colectiva.
Para concluir, e este é um dos motivos do meu fascínio pela fotografia, estas fotos, as espanholas e as portuguesas, permitem muitas leituras sobre uma época extremamente importante para os dois povos, e uma análise comparativa sobre a postura dos seus vários protagonistas, e a partir daí tentar perceber algumas das razões pelas quais Madrid tem o dinamismo por todos reconhecido, e Lisboa tem Carmona Rodrigues como presidente do Município.
Cumprimentos
17:44
Absolutamente de acordo consigo! O problema aqui é mesmo o de qualificação, na realidade estamos perante duas atitudes diferentes: a espanhola e a portuguesa. O que me parece um excessivo é qualificar o “movimento” português como movida quando na realidade nada teve a ver com este.
A chamar-lhe alguma coisa eu teria preferido dizer "As atitudes" e não as Movidas.
Saludos.
20:04
Bem visto.
As diferenças são "todo um programa".
Infelizmente, no nosso caso, é um não-programa!
21:42