MUSEU NACIONAL DO AZULEJO
UM EXEMPLO MUSEOLÓGICO A NÃO SEGUIR
UM EXEMPLO MUSEOLÓGICO A NÃO SEGUIR
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Como se fosse pouco a nenhuma dignidade conferida a este núcleo do Museu, nele não se faz uma única referência à existência, nas estações do Metro da Capital, de importantes núcleos de azulejaria contemporânea, assinada por alguns dos nossos melhores artistas plásticos actuais.
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Deste e de mais dois espaços semelhantes dispõe o Director do Museu, Pedro Henriques, para efectuar as "suas" exposições temporárias, bem como para editar os catálogos a elas associadas.
Aliás, esta "gentinha" pela-se por editar catálogos.
Sempre é uma maneira de deixar "nome para a posteridade".
Num Museu em que o número de visitantes estrangeiros representa cerca de 85% do total, é legítimo perguntar sobre o que é mais importante mostrar a quem nos visita:
-se a produção contemporânea portuguesa na azulejaria
-se "as últimas aquisições do Museu" e outros dislates.
Afinal, o Museu Nacional do Azulejo está ao serviço da cultura portuguesa ou do projecto pessoal do seu Director?
Infelizmente, esta é uma pergunta com resposta fácil.
1 comentário:
O acerto da opinião deste texto é brutal. De facto, este Museu está parado... é quase um depósito, como se a azulejoaria tivesse morrido no século XVIII, pois até já são poucos os exemplos do século XIX ali expostos. Quando à época contemporânea o que há a dizer? nada! Não há por ali mesmo nada para dizer. Quase dá vontade de afirmar que o Metrolopitano de Lisboa tem feito mais pela azulejoaria do que este Museu.
Este Museu tem acções voltadas para a formação e o restauro, o que me parece correcto. Contudo, não se pode apenas olhar para o passado.
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