quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

MIGUEL COELHO, OU, IMPORTA-SE DE REPETIR?

Miguel Coelho, líder da concelhia de Lisboa do PS, concedeu uma entrevista, publicada hoje, à revista Visão.

Entre outros "mimos", atentem nestes:

Visão - Caso o PS volte ao poder em Lisboa, o que irá fazer na sensível área do urbanismo?
MC - Tornar mais acessível a informação sobre todos os processos. Depois, teremos de apostar muito na revisão e cumprimento do próximo PDM. Há, acima de tudo, que cumprir a lei.

Não sabemos que mais admirar em Miguel Coelho, se a "santa ignorância" ou a pretensão saloia de nos tomar, a todos, por parvos.

Para Miguel Coelho, pelos vistos, o PDM é um acto de urbanismo isolado, que tem que ser revisto e, acima de tudo, cumprido.
Miguel Coelho ainda não percebeu que os PDM estão ao serviço de uma ideia/projecto para a cidade.

Mas o mais intrigante nas declarações de Miguel Coelho é quando afirma: "Há, acima de tudo, que cumprir a Lei"

Mas será que pela ilustre cabecinha de Miguel Coelho ainda não lhe passou a ideia de que a condição primária de qualquer cidadão eleito para a "governança" do rectângulo é o pressuposto de que tem que cumprir a lei?

Pelos vistos, para Miguel Coelho, uma das próximas bandeiras do PS para as eleições intercalares para a Câmara de Lisboa é: nós cumprimos a lei !

Já agora, e não querendo ser deselegante, cumprem?

Não é por nada, mas estamo-nos a recordar das declarações de Dias Batista, vereador "dinossauro" do PS na Câmara Municipal de Lisboa, que, para justificar a abstenção por si protagonisada na votação para a celebração do contrato-promessa da urbanização do Vale de Santo António, afirmou:

..."não tem riscos de maior" lembrando que operações semelhantes foram levadas a cabo em anteriores mandatos. "Eu tenho memória", disse, justificando ter votado em desacordo com a maioria dos outros colegas de bancada, com quem as relações parecem estar "azedas".

E agora a Polícia Judiciária anda a investigar, justamente, a celebração deste contrato-promessa.

Pois...


1 comentário:

João Barbosa disse...

Prometer cumprir a lei... como promessa não está mal! Seria até engraçado um político prometer não a cumprir.
Pois! Um pois é mesmo o melhor comentário! Pois!