OS VISITANTES DOS MUSEUS E A "CONTABILIDADE CRIATIVA" DO INSTITUTO PORTUGUÊS DE MUSEUS
No excelente artigo publicado no sábado passado no Diário de Notícias (link) e assinado por Leonor Figueiredo, é focado, finalmente, por um orgão de comunicação social de expressão nacional, um tema que tem sido recorrente neste formigueiro, quase desde a "fundação" do mesmo.
Na verdade, desde 2005. mas com particular evidência em 2006, as estatísticas dos visitantes dos museus tutelados por Manuel Oleiro, presidente do IPM, têm vindo a evidenciar uma nitida tendência para a "contabilidade criativa", atribuindo o aumento de visitantes a todas aquelas actividades que nada têm a ver com os museus, tal como "apanhar ar" em dias encalorados nos magníficos jardins do Museu do Teatro e do Museu do Traje, entre outros.
Aliás, as declarações recolhidas por Leonor Figueiredo são "assassinas".
Assim, funcionários dos Museus do Traje e do Teatro declararam:
"Cada museu, apurou o DN, tem o seu critério para estes "outros" e "livres". No Museu do Traje estas rubricas incluem a entrada de investigadores e congressistas, conforme informou ao DN um funcionário, "mas o que mais preenche são as pessoas que vão para o restaurante" e as que "vêm do Museu do Teatro". Neste último, os lançamentos de livros são contabilizados como visitantes, assim como quem procura o jardim. "Sobretudo no Verão há muita afluência", sublinham ao DN".
Mas as declarações mais espantosas provêm de Manuel Oleiro, presidente do IPM.
Contactado pela jornalista, declarou:
"Manuel Bairrão Oleiro, considera que quem vai aos museus, mesmo que não seja para ver as exposições, deve ser classificado como visitante. No entanto, concorda que uma das duas rubricas mencionadas, a dos "outros", possa "induzir em erro". Explica o responsável: "Há museus onde não é possível excluir quem vai também ao restaurante, podendo ou não pagar o bilhete de entrada."
O que mais custa "aguentar" é o duo Isabel Pires de Lima/Manuel Oleiro fazerem conferências de imprensa para anunciarem "a boa nova" do aumento de número de visitantes aos museus tutelados pelo IPM, mesmo que esses números incluam gastrónomos, encalorados e foliões, bem como outras espécies semelhantes, que "engrossam", e muito (+- 22%), a estatísitica dos visitantes dos museus, sem que a comunicação social, no geral, se detenha a analisar as "boas novas" acreditando que as notícias emanam de gente credível.
Felizmente que Leonor Figueiredo e o Diário de Notícias "acordaram" para esta questão.
Daqui para a frente, quando o duo convocar nova conferência de imprensa (até quando José Socrates?) para anunciar mais "boas novas" destas, vai ter pela frente uma plateia de jornalistas mais atentos, e, espera-se, mais interventivos.
Oxalá !
Na verdade, desde 2005. mas com particular evidência em 2006, as estatísticas dos visitantes dos museus tutelados por Manuel Oleiro, presidente do IPM, têm vindo a evidenciar uma nitida tendência para a "contabilidade criativa", atribuindo o aumento de visitantes a todas aquelas actividades que nada têm a ver com os museus, tal como "apanhar ar" em dias encalorados nos magníficos jardins do Museu do Teatro e do Museu do Traje, entre outros.
Aliás, as declarações recolhidas por Leonor Figueiredo são "assassinas".
Assim, funcionários dos Museus do Traje e do Teatro declararam:
"Cada museu, apurou o DN, tem o seu critério para estes "outros" e "livres". No Museu do Traje estas rubricas incluem a entrada de investigadores e congressistas, conforme informou ao DN um funcionário, "mas o que mais preenche são as pessoas que vão para o restaurante" e as que "vêm do Museu do Teatro". Neste último, os lançamentos de livros são contabilizados como visitantes, assim como quem procura o jardim. "Sobretudo no Verão há muita afluência", sublinham ao DN".
Mas as declarações mais espantosas provêm de Manuel Oleiro, presidente do IPM.
Contactado pela jornalista, declarou:
"Manuel Bairrão Oleiro, considera que quem vai aos museus, mesmo que não seja para ver as exposições, deve ser classificado como visitante. No entanto, concorda que uma das duas rubricas mencionadas, a dos "outros", possa "induzir em erro". Explica o responsável: "Há museus onde não é possível excluir quem vai também ao restaurante, podendo ou não pagar o bilhete de entrada."
O que mais custa "aguentar" é o duo Isabel Pires de Lima/Manuel Oleiro fazerem conferências de imprensa para anunciarem "a boa nova" do aumento de número de visitantes aos museus tutelados pelo IPM, mesmo que esses números incluam gastrónomos, encalorados e foliões, bem como outras espécies semelhantes, que "engrossam", e muito (+- 22%), a estatísitica dos visitantes dos museus, sem que a comunicação social, no geral, se detenha a analisar as "boas novas" acreditando que as notícias emanam de gente credível.
Felizmente que Leonor Figueiredo e o Diário de Notícias "acordaram" para esta questão.
Daqui para a frente, quando o duo convocar nova conferência de imprensa (até quando José Socrates?) para anunciar mais "boas novas" destas, vai ter pela frente uma plateia de jornalistas mais atentos, e, espera-se, mais interventivos.
Oxalá !
Sem comentários:
Enviar um comentário