quinta-feira, 15 de março de 2007

A PAZ CINZENTA NO REINO DA ROSA

O DN publicou, na edição de segunda-feira, uma longa entrevista com Augusto Santos Silva, um dos ministros e dirigentes do PS que têm a reputação, merecida, de há muito reflectirem sobre a acção política e a ideologia que a deveria enformar.

Santos Silva faz o balanço previsível (do ponto de vista do Governo) da primeira metade da legislatura, lança dois ou três alertas, suaves, muito suaves, sobre as coisas que têm corrido menos bem e deixa uma resposta sintomática sobre a matéria que, hoje, aqui nos interessa: o quase deserto de reflexão, debate interno e análise crítica que nestes tempos caracteriza o Partido Socialista e as suas áreas periféricas.

Interrogado por Pedro Correia sobre se hoje "falta debate no PS", responde o ministro: "Em 2004, o partido discutiu na praça pública tudo quanto tinha a discutir em matéria de estratégia política e de composição da direcção." Perante a insistência do jornalista ("Foi a última vez que se discutiu alguma coisa no PS?"), o ministro não resistiu à ironia: "Olhe que não, olhe que não... Segundo o DN, discute-se muita coisa no PS - a política de Saúde, o combate ao tabagismo..."

Bem sei que a impopularidade de uma larga fatia do...
in: mário bettencourt resendes - diário de notícias de 15.3.2007 (link)

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