quarta-feira, 16 de maio de 2007

ANTÓNIO COSTA, "UM HOMEM DE PARTIDO"

"António Costa, por seu turno, recusava declarações. Só falará de Lisboa depois de sair do Governo, isto é, amanhã. A seguir à reunião da comissão política nacional do PS que aprovou o seu nome por unanimidade e aclamação, reuniu com os líderes do PS em Lisboa: Miguel Coelho, presidente da concelhia, e Joaquim Raposo, presidente da distrital. Na comissão política, segundo o DN apurou, Miguel Coelho sublinhou que a candidatura de Costa deveria ter em conta as estruturas do partido; Costa respondeu-lhe que, como "homem de partido", fará isso".
in - diário de notícias de 16.5.2007 (link).

Para quem alimenta ilusões sobre a candidatura de António Costa, a transcrição acima pode ajudar a clarificar ideias.

Durante os longos anos em que a Câmara de Lisboa foi governada pelo chamado "bloco central" e seus satélites (PCP à esquerda e CDS/PP à direita), as "estórias" acima descritas foram-se acumulando, bem como os "empregos" atribuidos pelos partidos às suas clientelas políticas.

Como é que agora "um homem de partido" (seja ele do PS, PSD ou dos seus satélites) pode chegar à CML e proceder às reformas indispensáveis para tornar Lisboa uma cidade digna desse nome?

Como é que "um homem de partido" vai acabar com os escândalos entretanto revelados, bem como os milhares de "empregos" atribuidos às respectivas clientelas, se durante tantos anos, e pelo seu alheamento e silêncio, foi cúmplice objectivo das "práticas" levadas a cabo pelos seus correlegionários?

Pelo sim pelo não, as "estruturas" já tiveram o cuidado de lhe chamar a atenção para o facto de "a candidatura de Costa deveria ter em conta as estruturas do partido", senão...

Senão, bem, acontece-lhe o mesmo que aconteceu a Manuel Maria Carrilho.

Mas isso são outras "estórias"...

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