"BERARDIZAÇÃO?"
Textos, polémicos, de Alexandre Pomar
A ideia tem algum sentido ou é uma facilidade que cobre enganos de apreciação ou erros de alcance teórico, cultural ou político? Pode valer a pena examinar isso (sem querer ter ou parecer ter qualquer intenção polémica, ou sem esperar resposta do próprio Óscar, que terá mais que fazer).
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O que será a "berardização" da cultura"? 2ª aproximação, tentando ir direito ao assunto.
Não sei o que o Óscar Faria quer dizer com a sua frase (Ípsilon/Público, 17 de Agosto, pág. 52)
"Num momento em que se assiste a uma "berardização" da cultura, com todas as consequências que daí advêm - nomeadamente a hipervalorização de um acervo que tem sido constituído em função do mercado, sempre especulativo, e sustentado por questões de oportunidade; por oposição a uma planificação exigível a um museu -, o descontrole parece total. Daqui a dez anos, quando terminar o contrato com o comendador, que tem uma verba pública disponibilizada para aquisições, quais serão as alternativas entretanto criadas pelo Estado?"
mas entende-se que lhe atribui um sentodo negativo.
Ora para mim a "berardização" da cultura tem um conteúdo ou sentido essencialmente positivo, e é mesmo o que de melhor tem ocorrido nesta área, para além da aplicação do chamado PRACE que veio inverter a ambição megalómana da anterior reforma da administração do sector, há dez anos, reduzindo o seu aparato burocrático e os seus custos (pelo menos é o que se espera).
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