quinta-feira, 13 de setembro de 2007

PAULO HENRIQUES E "A RECONHECIDA COMPETÊNCIA"

Ao lêr aquilo que tem sido escrito sobre Paulo Henriques, o actual director do Museu Nacional de Arte Antiga, existe uma linha comum a esses testemunhos, que é a da "reconhecida competência".

Quando se trata de um personagem que já leva 15 anos de director de museus nacionais (Museu das Caldas da Rainha e Museu Nacional do Azulejo), pensamos que uma das facetas a analisar seria a do seu desempenho enquanto director daqueles dois museus.

Vejamos o que foi afirmado.

Helena de Freitas
Curadora do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian
Candidata à vereação da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa pelo PS
Depois de acompanhar de perto a sua participação na direcção da galeria Loja do Desenho - "um lugar de culto nos anos 80 e 90, onde se expôs o que de melhor se produziu em Portugal na área do desenho no século XX" e "com uma contribuição decisiva para a autonomização desta disciplina", diz - Helena de Freitas acompanhou ainda a sua passagem pela direcção do Museu Malhoa, nas Caldas da Rainha (1992-1998), assim como pela do Museu do Azulejo (1998-2007).
"Hábil na gestão do cruzamento de várias linguagens e tempos históricos", Paulo Henriques "é um historiador versátil, ousado na sua transversalidade e capaz de aliar competência e o rigor científicos a um irrepreensível sentido de ética profissional", diz.
in: jornal público de 3.9.2007

RAQUEL HENRIQUES DA SILVA
Professora de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa
Antiga Directora do Instituto Português de Museus
(atenção a este nome - chamada de atenção do formigueiro)
...põe a sua competência "ao nível da de Dalila" (esta é mesmo assassina...), embora tratando-se de pessoas muito diferentes".
Curiosa sobre que opções tomará este profissional "com traquejo na direcção de museus" hábil a gerir recursos humanos e conhecedor, por dentro, "do grande abismo que há entre o que se quer e o que se pode fazer"...
in: jornal público de 3.9.2007

PAULO HENRIQUES
Sócio, com João Castel-Branco Pereira, da Loja do Desenho
Director do Museu das Caldas da Rainha
Director do Museu Nacional do Azulejo
Director do Museu Nacional de Arte Antiga
"Da sua "lavra" foi o restauro e remontagem do presépio daquela igreja ( igreja da Madre de Deus), exposto ao público, tal como a nova montagem do panorama de Lisboa, que ocupa uma sala própria do museu, a requalificação da exposição permanente e um reforço do núcleo contemporâneo da colecção"
in: jornal de letras de 12-25.9.2007

Em conclusão:
Concretamente, Helena de Freitas elogia o seu trabalho à frente da Loja do Desenho.
Raquel Henriques da Silva coloca "a sua competência ao nível de Dalila Rodrigues" e afirma têr "traquejo na direcção de museus".
Finalmente o próprio assume como seu legado enquanto director durante 10 anos do Museu Nacional do Azulejo um presépio, a remontagem de um painel e a requalificação da exposição permanente.

E é com este "balanço" que é reconhecida a "competência" de Paulo Henriques enquanto director de museus nacionais?

Desculpem, mas não percebo!

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