quarta-feira, 27 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA



















about reza khatir



AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.



NÓS POR CÁ TODOS BEM

Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.
viriato soromenho marques - visão 18.5.2006

O DESCOMPROMISSO PORTUGAL E DAVOS

Via O Despropósito ficámos a saber qual a análise feita pelo Forúm de Davos à qualidade e capacidade da nossa "ilustre" classe empresarial.

Já que estas "alminhas" são tão pródigas a receitar remédios para as doenças alheias, mas são incapazes de perceber quais as medicamentações mais eficázes para os males próprios, aqui fica um contributo para este "peditório"

O PLANO DE DINAMIZAÇÃO DA BAIXA-CHIADO
E A VOZ DOS TÉCNICOS


"Nos cerca de 45 edícios visitados no âmbito do licenciamento de obras particulares (fig. 1), encontraram-se situações muito diversificadas, particularmente no que se refere ao “estado de autenticidade” dos interiores. De facto, entre os casos mais extremos de interiores já totalmente demolidos (dois na Rua da Madalena e dois na Rua da Misericórdia) ou em pré-ruína (Calçada de São Francisco) e o de um único edifício na Rua da Madalena que apresenta ainda a sua compartimentação original intacta em todos os pisos, há um conjunto de situações intermédias que são difíceis de tipificar porque muito heterogéneas. A existência de silhares ou rodapés de azulejo é cada vez mais rara, sobretudo nos prédios devolutos. A nível estrutural, e embora não se tenham encontrado muitos edifícios com o interior totalmente em betão, há um número assinalável em que a estrutura de gaiola dos últimos pisos coexiste com uma estrutura de betão armado nos pisos inferiores – espaços comerciais e primeiros e segundos andares. Esta situaçãoo de “ambivalência estrutural”é preocupante, não só porque fragiliza os edifícios mas tambêm porque condiciona muito o tipo de intervenção que é possível vir a realizar (fig. 4).
Por último, observaram-se algumas situações em que a estrutura estava praticamente intacta mas muito deteriorada".
in:Hélia Silva/Rita Megre - A gestão urbanística e a salvaguarda do património. A baixa Pombalina -
tendências e práticas.


Esperamos com curiosidade a resposta que a equipe dos 6 notáveis vai dar à questão da segurança estrututal da Baixa Pombalina.

Mas não só.

Que modelo desenharam para a ocupação/dinamização da Baixa-Chiado?

DO PLANO DA BAIXA-CHIADO E DA PARTICIPAÇÃO DOS MUNÍCIPES

Depois de muita indagação, e de muitos telefonemas perdidos, lá conseguimos saber que o Plano de Dinamização da Baixa-Chiado apresentado ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa no passado dia 20, irá ser distribuido esta semana aos vereadores, para apreciação, e só depois estará, em princípio, em discussão pública.

Lá para meados de Outubro SERÃO CONCEDIDOS 20 DIAS aos suspeitos do costume (neste caso os cidadãos), para apreciarem o dito Plano, e a partir daí apresentar propostas, sejam elas quais forem.

Por se tratar de um assunto demasiado sério para ser entregue a uma comissão de seis sábios (independentemente da "sapiência" de cada um deles...), por, mais uma vez, um tema que deveria sêr de todos e contar com a participação de todos estar a sêr tratado por meia dúzia de iluminados, aqui fica o alerta:

Este tema é muito técnico, e requer a intervenção de várias disciplinas.

Será que os engenheiros, os arquitectos, os economistas, bem como toda a gente a quem este assunto provoque alguma preocupação, vão ficar sentadinhos nos seus cantinhos a culpar os políticos?

E que tal criar um blogue (para já...) dedicado em exclusivo a este tema, e que conte com a colaboração empenhada do maior número possível de cidadãos?

Como se costuma dizer noutro tipo de "assuntos": quem tiver algo a dizer que fale agora, ou então que fique calado para todo o sempre.


segunda-feira, 25 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA


















about robert polidori



AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.



NÓS POR CÁ TODOS BEM

Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.
viriato soromenho marques - visão 18.5.2006

OS CÓDIGOS ÉTICOS, PEDRO LAPA ENQUANTO DIRECTOR DO MUSEU NACIONAL DO CHIADO, E A ELLIPSE FOUNDATION

Antes do mais, uma clarificação: não tenho nada contra Pedro Lapa enquanto pessoa, tenho tudo contra Pedro Lapa enquanto director do Museu Nacional do Chiado.

Para além da administração desleixada e preguiçosa do Museu Nacional que lhe foi confiado (basta verificar a progressiva perca de visitantes desde que Pedro Lapa assumiu a direcção do Museu) aquilo que mais indigna é o comportamento de Pedro Lapa enquanto director de um Museu Nacional de Arte Moderna e Contemporânea e, simultaneamente, "curator" de um fundo de investimento em arte, a Ellipse Foundation.

Numa altura em que a arte é cada mais vez mais encarada como uma forma de investimento e não de fruição, numa altura em que os interesses nada claros do mercado da arte na promoção de "artistas" e "seus produtos" tendo em mira a subida dos preços de forma a obter mais valias rápidas e seguras, o papel dos museus nacionais adquire uma importância maior, dada a necessidade de existirem entidades credíveis que, na medida do possível, sirvam de mediadores e avalistas dos "objectos artísticos" com credebilidade e, desta forma, travarem as manobras dos especulares financeiros que, neste momento, descobriram "os encantos" dos investimentos em arte.

Do excelente artigo de Adrian Ellis publicado no Art Newspaper, e ontem referênciado neste "formigueiro", permitimo-nos destacar o seguinte:

"Art funds are investment vehicles, the return on which is linked to a portfolio of works of art acquired—as opposed to the stocks, bonds, property and commodities that are the usual components of investment funds. The return to the investor is determined, on the one hand, by the buoyancy of the art market or, more specifically, the bit of it in which the fund is investing (for example, contemporary, Asian or decorative arts) and, on the other hand, by the shrewdness of the decisions made by the funds’ managers with respect to specific acquisitions. The more buoyant the art market, the less shrewd the fund managers need to be to beat other financial instruments with which they are competing for investors’ attention and money".

"Some have missions that seek to combine the power of the market with broader aims—in the case of the Artist Pension Fund, for example, the aim is to create a stream of income for artists in their retirement by cross subsidising less successful artists from the proceeds of more successful ones. Others, such as the Ellipse Foundation and the Wonderful Fund (see p6) have a for-profit framework but a rhetoric that combines commercial and non-commercial intentions in a way that is difficult to decode and disentangle".

Agora que está tão na moda importar modelos dos Estados Unidos, tal como a liberalização e seus sucedâneos, será talvez apropriado reter o código de ética da Associação dos Directores de Museus de Arte dos mesmos Estados Unidos:

Code of Ethics
Adopted by the membership of the AAMD, June 1966; amended 1971, 1973, 1974, 1991, and 2001.

The position of a museum director is one of trust. The director will act with integrity and in accordance with the highest ethical principles. The director will avoid any and all activities that could compromise his/her position or the institution. The professional integrity of the director should set a standard for the staff. A museum director is obligated to implement the policy of the governing board for the benefit of the institution and the public. The director is responsible for ensuring that the institution adopt and disseminate a code of ethics for the museum board, staff, and volunteers.

It is unprofessional for a museum director to use his or her influence or position for personal gain. A director shall not deal in works of art or be party to the recommendation for purchase by museums or collectors of works of art in which the director has any undisclosed financial interest. The director shall not accept any commission or compromising gift from any seller or buyer of works of art.

É também por estas razões que não entendemos o silêncio cúmplice de Manuel Oleiro, Presidente do Instituto Portugês de Museus, e muito menos da Minístra da Cultura, mas estas já são outras "histórias".

Portanto, são estas as razões que temos para denunciar Pedro Lapa.

Código de ética da AAMD - LINK

DO PLANO DE DINAMIZAÇÃO DA BAIXA-CHIADO,
DO AMOR E MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO



A partir do momento em que o plano oficial da Baixa-Chiado foi entregue, no passado dia 20, ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, não faz muito sentido escrever sobre o que eventualmente ele contém.

Trata-se agora de obter um exemplar do mesmo e, a partir desse documento, aplaudir o que for de aplaudir (?) e criticar o que for de criticar.

Enquanto esperamos, não resistimos a fazer alguns comentários a entrevistas concedidas por Maria José Nogueira Pinto, Presidente da dita Comissão.

Assim, no site oficial da CML (link), a Presidente afirma:

...em 2010 queremos que existam mais três mil novos residentes na Baixa...

Considerando que estes três mil novos residentes na Baixa poderão corresponder a cerca de duas mil habitações (nem todos serão casais, verdade?) algumas perguntas se colocam:

1 - Onde é que existem, neste momento, duas mil habitações com as condições estruturais necessárias para garantir aos novos habitantes que, quando acontecer o BIG ONE, eles não perdem as casinhas e as vidinhas?
Ou este aspecto não é assim tão importante?

2 - Três mil novos residentes na Baixa representam, no mínimo, mil e quinhentos a dois mil carros a "dormir" à noite na Baixa.
Onde?
Ou este aspecto não é assim tão importante?

Ainda neste site afirma MJNG que existem na Baixa dois milhões de metros quadrados de construção, para, no site da revista digital da União de Associações do Comércio e Serviços (link) declarar:
"O que eu acho muito importante é que isto tem de ser uma história de amor, senão não vamos lá".
Este sim, é um aspecto muito importante: dois milhões de metros quadrados construidos justificam "muito amor", verdade?

Amanhã continuamos.

BORN IN THE U.S.A.
Fotografia e política americanas






















about olu oguibe

ONE MORE FAILED U.S. ENVIRONMENTAL POLICY

The issues at hand are global elimination of persistent chemicals and control of trade in toxics, and the two international treaties that address these challenges are the Stockholm Convention on Persistent Organic Pollutants and the Rotterdam Convention on the Prior Informed Consent Procedure for Certain Hazardous Chemicals and Pesticides in International Trade . As of August 2006, at least 127 countries had ratified the Stockholm Convention, and 110 had confirmed the Rotterdam Convention. Both conventions have been in force for more than two years, but the United States has yet to approve either. The chemicals addressed under the Stockholm Convention are persistent organic pollutants (POPs). These toxic substances are transported across the globe, persist in the environment, accumulate in the body fat of humans and animals, and concentrate up the food chain. Even at very low levels of exposure, POPs can cause reproductive and developmental disorders, damage to the immune and nervous systems, and a range of cancers. Exposure during key phases of fetal development can be particularly damaging, and infants around the world are born with an array of POPs already in their blood. POPs are found in the current U.S. food supply, even though many of the chemicals in question have been banned in the United States for decades.

LINK

sábado, 23 de setembro de 2006

AVISO À NAVEGAÇÃO

Qualquer ligação entre o texto anterior,
o Museu do Chiado, Pedro Lapa e a Ellipse Foundation
é de vossa inteira responsabilidade.

NO COMMENTS

The implications of art fund collections shown in museums

Art funds are investment vehicles, the return on which is linked to a portfolio of works of art acquired—as opposed to the stocks, bonds, property and commodities that are the usual components of investment funds. The return to the investor is determined, on the one hand, by the buoyancy of the art market or, more specifically, the bit of it in which the fund is investing (for example, contemporary, Asian or decorative arts) and, on the other hand, by the shrewdness of the decisions made by the funds’ managers with respect to specific acquisitions. The more buoyant the art market, the less shrewd the fund managers need to be to beat other financial instruments with which they are competing for investors’ attention and money.

LINK

NO COMMENTS

Mr Berardo told The Art Newspaper that thePortuguese government eventually plans to build a new museum in front of the CCB to house his collection, scheduled to open in 2010.

He has, however, warned that he will not sell or donate any art to Portugal as he has a “large family”.

A spokesperson for the Portuguese Ministry of Culture declined to comment.

LINK

sexta-feira, 22 de setembro de 2006



AVISO À NAVEGAÇÃO

Por boas razões, só voltaremos à Formiga na próxima segunda-feira.

Entretanto, preparem-se.

Vai haver discussão pública do novo plano da Baixa-Chiado.

Não intervenham e depois digam que a culpa é só dos políticos.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA















about qingsong wang



AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(20.9.2006 - 36º e último dia)

terça-feira, 19 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA
















about shomei tomatsu



AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.



NÓS POR CÁ TODOS BEM

Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.
viriato soromenho marques - visão 18.5.2006

O NOVO PLANO PARA A DINAMIZAÇÃO DA BAIXA-CHIADO
OU, A DISPLICÊNCIA COM QUE SE OLHA (E NÃO SE VÊ)*



Parafraseando o blogue O DESPROPÓSITO* (link), um dos nossos maiores motivos de preocupação é "a displicência com que se olha (e não se vê), e com que se fala (e não se pensa)", quer da classe política em geral quer da chamada "opinião pública" em particular.

Afinal estamos a falar de um número previsivel de mortos, só em Lisboa, que varia entre os 4.000 (previsão política) e os 40.000 (previsão técnica).

E nem todos, nem a maior parte, serão políticos, mas sim gente comum como qualquer um de nós que esteja à hora errada no momento errado em que se verifique o chamado BIG ONE.

Mas será que os técnicos não alertaram a chamada "classe política" para o problema?

Voltemos a dar a palavra aos técnicos, neste caso e ainda o eng. Mário Lopes.

ML A Câmara Municipal de Lisboa. Por exemplo no anterior mandato cometeram muitos erros nas obras de reabilitaçãoo urbana. Mas no final do mandato o Dr. João Soares aprovou uma proposta para fazer um estudo que conduzisse a recomendações concretas a implementar nas obras de reabilitação urbana com vista a melhorar a resistência sísmica dos edifícios antigos de Lisboa. Seria uma espécie de embrião de um regulamento técnico para este tipo de obras, dirigido em particular aos edifícios de Lisboa. A equipa técnica incluia os grupos de engenharia sísmica do LNEC e do IST e a proposta previa o apoio directo aos técnicos da Câmara na fase inicial da implementação prática das recomendações. Creio que teria sido um passo importante na direcção certa. Erros como os que referi no início desta entrevista deixariam de se cometer. Era uma pequena parte do Programa mas pelo menos, em termos de reabilitação urbana, ir-se-ia tentar fazer bem feito aquilo que se fizesse. O protocolo estava completo e pronto a ser assinado, o que deveria ter acontecido após as eleições autárquicas do ano passado, que o Dr. João Soares perdeu. Numa atitude correcta não quis comprometer o seu sucessor com esse protocolo porque não o havia assinado antes das eleições. A vereação actual tomou conhecimento do protocolo mas o Dr Santana Lopes não o assinou e o trabalho não se realizou.
XX Porquê? Era muito caro ?
MLEram 40 mil contos (200 mil euros), o que tendo em conta o know-how técnico que exigia, o número de pessoas envolvidas e o tempo de duração me parecia pouco. Note que é menos de metade do custo da última festa de fim de ano em Lisboa e é um valor mais de duas mil vezes inferior ao orçaamento anual da Câmara de Lisboa. Não creio que fizesse grande diferença nas respectivas contas. Tambêm não sabemos qual foi a motivação para esta decisão, a Câmara não a comunicou aos autores da proposta.

ML - Em Fevereiro de 2002 enviámos cartas aos líderes dos seis partidos representados na Assembleia da República perguntando se tencionam contribuir durante esta legislatura para implementar as medidas do Programa sem grandes impactos orçaamentais. Não obtivemos qualquer resposta. Após as eleições legislativas de Março de 2002 tentámos contactar directamente os principais responsáveis políticos com responsabilidades nesta matéria e outros que poderiam contribuir para resolver o problema. Enviámos seis cartas a pedir audiências ao Presidente da República, Primeiro-ministro, Presidente da Assembleia da República, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e Presidente da Associação Nacional de Municípios. Apenas recebemos respostas positivas da Presidència da República e do Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa.

Portanto, não é por falta de informação que o problema não é encarado.

Afinal é muito mais fácil "arrebanhar" seis notáveis para elaborarem mais uma proposta de "animação cultural, económica e tudo o mais que lhes passe pela cabeça" do que encarar problemas desta magnitude.

E nós, vamos ficar calados ?

Nota: ainda hoje, novo texto sobre este tema.









segunda-feira, 18 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA























the poet
about viktor koen

AVISO À NAVEGAÇÃO

A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.

NÓS POR CÁ TODOS BEM
Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.
viriato soromenho marques - visão 18.5.2006

O PLANO DA BAIXA/CHIADO, O SEXO DOS ANJOS OU DA INEVITABILIDADE DE UM NOVO TERRAMOTO EM LISBOA

Na passada sexta-feira, Raquel Henriques da Silva foi entrevistada no programa Câmara Clara, da RTP2, sobre, entre outros temas, o plano da Baixa-Chiado.

Quer a entrevistadora, Paula Moura Pinheiro, quer a entrevistada, abordaram o tema da segurança na Baixa-Chiado da mesma forma como poderiam discutir o sexo dos anjos, ou seja, sobre o assunto disseram nada.

O melhor que Raquel Henriques da Silva conseguiu articular foi um "espero que não se verifique um novo terramoto em Lisboa".

Só que, para mal de todos nós, presentes e futuros habitantes de Lisboa (mas não só...) os votos piedosos de Raquel Henriques da Silva são uma coisa, e a realidade outra.

Lisboa está condenada a sofrer um novo grande terramoto, só não se sabe quando.

E não se pense que o assunto não está devidamente estudado.
Hoje é segura a ocorrência do tal "big one", só que, tal como o outro que sabia que iria ser primeiro-ministro só não sabia quando, também hoje em dia é certo que tal terramoto ocorrerá, só não se sabe quando.

Mas neste, como noutros temas, nada melhor que dar a palavra aos técnicos.

Mário Lopes, professor do departamento de engenharia civil do Instituto Superior Técnico e secretário da Direcção da Sociedade Portuguêsa de Engenharia Sísmica, em artigo publicado sob o nome SISMOS EM PORTUGAL:CONSEQUÊNCIAS E SOLUÇÕES (em PDF disponivel na net) afirma o seguinte:

XXPortugal continental é uma zona sísmica, devemos recear a ocorrência de sismos fortes no futuro?
MLSim. Os sismos são fenómenos geológicos com origem em roturas originadas em falhas existentes na camada exterior da Terra, a crosta terrestre. Os mecanismos de geração mostram que falhas que já tenham originado sismos no passado provavelmente voltarão a fazê-lo no futuro, o que é confirmado pela História. Assim zonas que já tenham sido atingidas por sismos fortes no passado voltarão certamente a ser atingidas no futuro. E há registos pelo menos com 2 mil anos de que o território de Portugal continental foi assolado periodicamente por sismos, não tendo portanto ocorrido apenas o de 1755. As falhas que os podem gerar existem em todo o nosso território ou próximo dele, como é o caso da falha que separa a Europa de África, que passa ao sul do Algarve e onde teve origem o sismo de 1755.

XXQuer isso dizer que a repetição de novas tragédias como a de 1755 são inevitáveis?
ML - ...Com o desenvolvimento que a engenharia sismica tem hoje podemos construir edifícios novos com capacidade para resistir a sismos fortissímos, ou seja edifícios pouco vulneráveis, reforçar os existentes para melhorar a sua resistência sísmica e evitar locais impróprios para edificar. Por isso novas tragédias como a de 1755 podem ser evitadas. O conhecimento técnico actual torna isso possível.

XX Então não se pode fazer nada, não há estudos sobre os sismos que nos poderão atingir no futuro ?
ML - ...Em relacção a sismos concretos há sismologistas portugueses como o Presidente da SPES, o Professor Carlos Sousa Oliveira, um dos mais prestigiados cientistas portugueses nesta área e cuja competência é internacionalmente reconhecida, que pensam que a probabilidade de a região de Lisboa e Vale do Tejo ser atingida nas próximas décadas por um sismo com potencial destruidor significativo é grande. Mas isto é apenas um receio que se fundamenta essencialmente na sismicidade histórica, dado que o sismo de 1755 já foi há bastante tempo e esta região raramente está mais de dois ou três séculos sem ser atingida por sismos violentos. Não é uma previsão. Creio que ninguêm garante que isso vai acontecer mas também ninguêm garante que não vai.

ML - ...Gostaria de acrescentar que os organismos ligados á Protecção Civil tambêm têm a percepção da potencial gravidade do problema sísmico. Por exemplo, o Expresso de 20 de Maio de 2000 noticiava que um simulador sísmico desenvolvido para os Bombeiros de Lisboa previa que a ocorrência de um sismo semelhante ao de 1755 durante o dia provocaria 38.000 mortos, só na cidade de Lisboa. O vereador do Pelouro da Segurança da Câmara Municipal de Lisboa (CML) nessa altura, Vasco Franco, considerou a previsão pessimista e revelou que o Serviço Municipal de Protecção Civil admitia, com base em estudos próprios, cenários com cerca de dez vezes menos vítimas. Mesmo assim seriam cerca de 4.000 mortos só na cidade de Lisboa, o que a nível nacional poderia corresponder a mais de 10.000 mortos.

Este é um panorama geral sobre as possiveis consequências do futuro terramoto que se abaterá sobre Lisboa.

De um lado os políticos que entendem que falar destes temas não atrai votos, e o melhor é ignorar e esperar que o tal Big One aconteça no próximo século.
Se acontecer antes, e se não ficarem debaixo dos escombros, lá virão invocar "a força da natureza".

Por outro lado os técnicos, que estudam e alertam para a questão, mas como os mass-média também pensam que o tema não atrai leitores/ouvintes/espectadores, ficam cada vez mais reduzidos aos seus guetos e congressos, sem qualquer influência nas opiniões pública ou política.

E, entretanto, entre 4.000 (estimativa política) e 40.000 (estimativa técnica) habitantes de Lisboa estão condenados a morrer quando chegar o Big One.

E, pelo meio, surge mais uma comissão de dinamização para a Baixa/Chiado, que entre um passeio pedonal de um quilómetro junto ao Tejo, ou "algo ligado ao design no quartel do Carmo dada a sua próximidade ao Bairro Alto e ao futuro Museu do Design" nos brindará no próximo dia 22 com mais uma "pérola de cultura" citadina.

Mas julgam que isto é tudo?

Então esperem por amanhã, aqui, na Formiga Bargante.

TEXTOS ANTERIORES SOBRE ESTE TEMA
14.9.2006


AVISO
MUITO

MAS MESMO
MUITO SÉRIO
À NAVEGAÇÃO




NÃO PERCAM
MAS NÃO PERCAM MESMO

O BELOGUE
DE HOJE

Nota:depois podem agradecer na "caixinha"

UM APELO AOS DISTRIBUIDORES DE REVISTAS

Publica-se em Espanha uma revista trimestral, a EXIT, que é de leitura obrigatória para todos aqueles que não acompanham os textos "claustrofóbicos" que em Portugal nos são servidos pelos "suspeitos do costume" no que aos temas culturais diz respeito.

Com uma linguagem muito directa e sem rodeios, não se escondendo nas frases rebuscadas e pretensamente "carregadas de conteudo" que "florescem neste jardim à beira da europa plantado", cada número da EXIT é um prazer para todos aqueles que pretendem acrescentar um pouco mais de conhecimento, sobre diversos temas, à vida cinzenta e de compadrios que polulam no "rectângulo".

Para todos aqueles que não podem ter acesso à EXIT (que somos todos nós, afinal), aqui fica, em LINK, o belissímo texto de Rosa Olivares (directora da revista) intitulado "Laberinto de palabras".

Dado que a Assirio & Alvim, (distribuidora indicada no site da revista como distribuidora para Portugal), não se encontra na sua melhor forma, e não distribui a EXIT desde o ano passado (pelo menos...), aqui fica o apelo para que uma qualquer distribuidora entre em contacto com a revista e faça a sua distribuição no rectângulo.

O "pessoal" agradece, e compra ...

PRAÇA DE SÃO PEDRO, ALGURES NO FUTURO.
(VERSÃO ISLÂMICA)
















about aes+f

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 35 - 10h00)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 35 - 10h30)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 35 - 10h45)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 35 - horas extras)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 35 - 11h00)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 35 - horas extras)

sábado, 16 de setembro de 2006






DAY OUT




sexta-feira, 15 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA























about penny klepuszewska



AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blog
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blog não é para preguiçosos.

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 34 - 10h00)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 34 - 10h30)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 34 - 10h45)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 34 - 11h00)

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA

A imagem “http://theresalduncan.typepad.com/witostaircase/images/olivo_barbieri.jpg” contém erros e não pode ser exibida.
about olivo barbieri



AVISO À NAVEGAÇÃO


Os comentários da Zazie ( a Lili Caneças da blogosfera lusitana)
não são bem-vindos a este blogue e, como tal, serão apagados.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES, INOCENTES, SOBRE O NOVO PLANO DE DINAMIZAÇÃO DA BAIXA-CHIADO, A APRESENTAR DIA 22 PELA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Segundo o que foi anunciado, no próximo dia 22 a Câmara Municipal de Lisboa irá apresentar (com pompa e circunstância) a proposta de dinamização da Baixa -Chiado elaborada pela última comissão ( a quarta ou quinta, já lhe perdemos o conto...) nomeada, para o efeito, por Maria José Nogueria Pinto.

Muito se devia discutir quanto ao método escolhido (grupo de "notáveis" versus participação alargada a um vasto leque de especialistas e cidadãos interessados no tema), às propostas já avançadas por alguns membros da comissão (Baixa "recuperada" como centro financeiro, Baixa recuperada como destino de habitação das classes alta e média alta, etc.) ou quanto às considerações de Maria José Nogueira Pinto e seus pares da comissão ("a proposta já conterá todas as respostas a quaisquer perguntas que venham a ser formuladas", segundo palavras de MJNG, ou de Manuel Salgado que indica que o futuro do Quartel do Carmo da GNR poderia ser " um centrode design dada a próximidade do Bairro Alto e do Museu do Design a ser instalado em SantaCatarina", o que, em termos de compreensão do que são hoje as indústrias criativas denota bem a falta de conhecimento que existe na comissão).

Mas tudo isto, parecendo muito, é muito pouco importante.

É que o problema/base da Baixa Pombalina, e sobre o qual e até hoje ainda não ouvimos qualquer declaração de nenhum responsável, é o problema das estrututras do construido.

Os estudos já feitos e publicados, (e a Formiga Bargante só conseguiu obter acesso a alguns deles, mas essa é outra estória...), são aterradores:

There has not been a major quake near Lisbon for the past 250 years, so the lessons learned may have been forgotten. After all, Lisbon still sits on shifting sands, as last year's collapse of a new waterfront subway station attested. Carlos Sousa Oliveira, a seismologist at Lisbon University, worries that today's Lisbon may not be so earthquake-proof. His recent studies of the city's buildings show that renovations carried out on many of the Pombaline structures over the past century - plumbing, electrical wiring and redesign - have compromised the integrity of the timber gaiolas. Recent restoration and remodelling of buildings in the Baixa have been done without a set of strict guidelines and, he says, create serious uncertainties about how well they will withstand an earthquake. The question now is whether the world's first earthquake-proof city will be ready for the next big one.
Resurrecting Lisbon.
By Bruce Stutz
NewScientist.com News Service | 22 October 2005


A survey carried out by the city council, DCEOD (1993), showed that around 80% of the buildings still had the original “gaiola” structure, if the modifications in the shops at the ground level were disregarded. By then, the structure of 12% of the buildings, randomly distributed in the sixty blocks, was totally replaced by reinforced concrete.
accounting for the "block effect" in structural interventions in Lisbon´s old "Pombaline" downtown buindings
v.cóias e silva, paulo b. lourenço, luis f. ramos e carlos g.mesquita

Como exemplos de intervenções que enfraqueceram significativamente a resistência sísmica dos edifícios da Baixa, podem apontar-se os seguintes:
a) - Corte dos pilares ao nivel do piso térreo para abertura de grandes espaços, frequentemente estabelecimentos comerciais. Este tipo de alterações é feito, geralmente, com um reforço que consiste em introduzir uma viga no topo da parede ou pilar que se corta para redestribuir as cargas para elementos adjacentes. Esta solução pode salvaguardar a resistência a cargas verticias, mas enfraquece significativamente a resistência às forças horizontais, na zona da estrutura em que os efeitos dessas forças são mais fortes. O efeito extremamente negativo deste tipo de alterações é comprovado pelo histórico sísmico mundial que está repleto de exemplos que atestam o mau desempenho de edifícios com estas caracteristicas.
in: segurança estrutural da baixa pombalina - mário lopes, rita bento e rafaela cardoso.

Mesmo quando se fala da Baixa em termos de futuro, a sua importância e valor são realçados com base nos mesmos aspectos (culturais, históricos, urbanisticos, etc. - nota FB), raramente se discutindo a existência fisíca da própria Baixa, isto é, a segurança estrutural dos edifícios normalmente não se questiona. No entanto, essa deveria ser uma das preocupações mais básicas, pois sem a perseveração dos edifícios os restantes aspectos não terão interesse em termos de futuro e serão apenas história.
in: segurança estrutural da baixa pombalina - mário lopes, rita bento e rafaela cardoso.

A partir da próxima segunda feira começaremos a publicar textos sobre este assunto.

Entretanto, e por entendermos que este é um tema que deveria interessar a todos, desde já ficam abertas as "páginas" da Formiga Bargante, seja na forma de comentários, textos a inserir no blogue, ou de textos publicados noutros blogues e a que aqui se possam fazer referência sob a forma de link.



PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 33 - 10h00)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 33 - 10h30)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 33 - 10h45)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 33 - 11h00)

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA















about thomas dworzak



AVISO À NAVEGAÇÃO


Os comentários da Zizie ( a Lili Caneças da blogosfera lusitana)
não são bem-vindos a este blogue e, como tal, serão apagados.

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 32 - 10h00)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 32 - 10h30)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 32 - 10h45)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 32 - 11h00)

PEDRO CABRITA REIS NO CAM
(dia 32 - horas extras)

terça-feira, 12 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA


about polinexi papapetrou



AVISO À NAVEGAÇÃO

Os comentários da Zizie ( a Lili Caneças da blogosfera lusitana)
não são bem-vindos a este blogue e, como tal, serão apagados.

UNCAPTIVE MIND

"All my films, from the first to the most recent ones, are about individuals who can't quite find their bearings, who don't quite know how to live, who don't really know what's right or wrong and are desperately looking." These words do as good a job as any of summing up the career of the Polish director Krzysztof Kieslowski. But if you want to read more about him, see my recent essay ....

LINK



segunda-feira, 11 de setembro de 2006

IN MEMORIAN

NOVA YORK


CAMBOJA - POL POT


VIETNAM


HOLOCAUSTO



URRS - UCRANIA



etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc. etc.
hoje não há blogue






domingo, 10 de setembro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA



















about esko mannikko