terça-feira, 31 de outubro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA
















post-Chernobyl area (dedicado a durão barroso)
about victor strelkovsk

UM ACTO DE BARBÁRIE
ENCERRAMENTO DO MUSEU DE ARTE POPULAR
PETIÇÃO ONLINE

A PETIÇÃO FOI ENTREGUE ONTEM,
PELOS DOIS PRIMEIROS SIGNATÁRIOS,
À MINISTRA DA CULTURA.

AGUARDAM-SE NOVOS DESENVOLVIMENTOS.


LINK



AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.



NÓS POR CÁ TODOS BEM

Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.
viriato soromenho marques - visão 18.5.2006

GENTE ESTRANHA, ESTA.

Os 23 mil objectos do Museu de Arte Popular serão transferidos em 2007 para o Museu de Etnologia, revelou o director do Instituto Português de Museus, Manuel Bairrão Oleiro, também presente.

"Não haverá perda de visibilidade para este acervo", assegurou o responsável, acrescentando que o Museu de Etnologia contou com uma ampliação na área das reservas e "tem condições para receber as colecções de arte popular". Bairrão Oleiro referiu ainda que certas colecções poderão ser integradas em museus dependentes do Estado.
in: diário de notícias (link)

Manuel Oleiro, Presidente do Instituto Português de Museus, é um homem curioso: com o ar mais inocente deste mundo profere as maiores barbaridades, confiante no nenhum tratamento que a comunicação social faz das suas afirmações.

No passado ano, e para justificar a diminuição constante nos últimos anos do número de visitantes ao Museu de Conímbriga, afirmou que tal se devia "a um problema rodoviário".
Nunca ninguém lhe perguntou qual era o problema nem ele o explicou.

Este ano, e fazendo a análise do número de visitantes no primeiro semestre aos Museus sob tutela do IPM, afirma estar muito satisfeito com os resultados obtidos, "esquecendo-se" de referir que cerca de metade dos museus tutelados pelos IPM tinham perdido visitantes em 2006, e que se se retirasse a "contabilidade criativa" derivada de serem contados como visitantes dos museus todos aqueles que estão na rúbrica "outras actividades", o panorama ainda era mais negro, a tudo Manuel Oleiro nos tem habituado.

Agora vem afirmar que um acervo de 25.000 peças que estava integrado num espaço de 3.000 m2 ao ser transferido para o Museude Etnologia "não perde visibilidade", é mesmo de passar atestado de burrice à comunicação social.

Quem conhece o Museu de Etnologia (a formiga conhece...) sabe perfeitamente que o Museu não tem um mínimo de condições para receber os caixotes do acervo do Museu de Arte Popular, quanto mais para lhes dar visibilidade.

Só quem não conhece o espaço das reservas visitáveis do Museu de Etnologia pode fazer uma afirmação daquelas.

Como Manuel Oleiro certamente conhece o espaço das reservas visitáveis, só pode estar, mais uma vez, de má fé e a pretender enganar o "Zé Povo".

Já é costume.

E aquela "pérola de cultura" de espalhar o acervo por vários museus tutelados pelo IPM?

Se isto não é destruir, premeditadamente, uma colecção, o que será?

Mais um notável exemplo da "política cultural" de Isabel Pires de Lima?

GENTE ESTRANHA, ESTA.

Isabel Pires de Lima visitou ontem as instalações do Museu de Arte Popular para reafirmar, perante os jornalistas que a a acompanharam, a sua determinação em encerrar este Museu e em seu lugar criar o Museu Mar da Língua Portuguesa

As razões para o encerramento, transmitidas através das declarações aos jornais Público, Diário de Notícias e Jornal de Notícias, foram, entre outras, as seguintes:

1 - Museu da Língua e dos Descobrimentos é mais aberto e mais rentável.
in:Público

2 - O novo projecto museológico poderá ser um dos mais visitados de Lisboa
3 - Será mais útil se tiver outro destino
in: Diário de Notícias (link)

4 - Pela sua localização estratégica e pelo facto simbólico de estar frente ao Tejo.
in:Jornal de Notícias (link)

Como se pode constatar, através das declarações da Ministra, a criação deste novo Museu abedece a uma estratégia bem pensada, fruto da consistente política cultural que Isabel Pires de Lima vem implementando no "seu" Ministério da Cultura.

Assim, os grande argumentos para fundamentar esta decisão, lá estão: a rentabilidade, o maior número de visitantes que o novo museu implicará, a localização estratégica ou o factor simbólico de estar fente ao Tejo.

Tudo grandes e poderosos argumentos!

Que de uma penada se destrua o último vestígio de um projecto museológico coerente e único para se entender o que durante a ditadura era entendido, e praticado, como cultura popular, erradicando do nosso passado e da nossa memória colectiva este testemunho, não é importante.

Que o acervo de cerca de 25.000 peças seja depositado num museu ou disperso por vários, também não é importante.

Mas onde esta argumentação se revela cínica e desprovida de sentido é quando comparada com a realidade que se vive no Instituto Português de Museus.

Afirma a Ministra que o aumento de visitantes é um critério importante, mas esquece que o Museu do Chiado, mais conhecido por "Chez Lapa ao Chiado" (expressão da autoria de Augusto M.Seabra) perde visitantes desde 1999, e que o último quadrimestre deste ano é aquele em o número de visitantes é o mais baixo desde sempre.

Afirma a Ministra que o espaço do Museu poderá ser mais útil se tiver outro destino, mas esquece que o Museu do Azulejo dispõe de uma vasta área para exposições temporárias, mas que o espaço dedicado à azulejaria do século XX é um corredor de um dos claustros do Museu, ignorando inclusive a importância fundamental do Metropolitano de Lisboa, que nas várias estações da rede disponibiliza a visão de maior quantidade e qualidade da produção de azulejaria do século XX em Lisboa.

Afirma a Ministra que outro factor que pesou na decisão é o factor simbólico da localização frente ao Tejo, mas esquece que o Museu de Conímbriga, ele também situado num local altamente simbólico, definha e perde visitantes nos últimos anos (já perdeu mais de 50% de visitantes nos últimos 5 anos).

Afinal o que a Ministra não afirma, mas que eventualmente corresponde melhor à sua vontade mais interior, é que com este gesto a Ministra Isabel Pires de Lima pretende mostrar o seu corte radical e final com o Partido Comunista, eliminado exactamente o Museu de Arte Popular.

Que a Ministra faça os cortes pessoais que entender por melhores, mas que nos poupe aos seus dramas pessoais.

Não é para isso que lhe pagamos o ordenado e restantes mordomias.

CONFUSOS? NÃO!
SÃO ARTISTAS PORTUGUESES!


Segundo o relatório apresentado ontem em Londres por Nicholas Stern, Portugal será um dos países mais afectados pelas alterações climatéricas, caminhando para periodos cada vez mais alargados de secas e incêndios florestais.
in: sic notícias de 30.10.2006

Espanha pode penalizar elevados consumos de água
in: jornal Público de 31.10.2006

O secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, afirmou, ontem, que o Governo prevê um programa de construção de relvados em 80 municípios, para o "primeiro relvado para cada município que não o tenha". Este programa envolve a verba de um milhão, cento vinte cinco mil euros, quantia prevista já no Orçamento de Estado para 2007.
in: jornal Público de 31.10.2006

Alterações climatéricas, secas, relvados ?

Conversa de "cotas", querido. Conversa de "cotas".

O que está a dar é o futebol, verdade?

E, já agora, qual será a posição do Ministério do Ambiente quanto às dezenas de campos de golfe que estão para construir, e que são uma das bases do crescimento do "turismo sustentado"?

Se não fosse trágico, daria para rir.

Assim...

Em tempo:
No problem.
Museu Mar da Língua Portuguesa.
Esta Ministra da Cultura é um "crâneo" !

BORN IN THE U.S.A.
Fotografia e política americanas



















about brad temkin

DEMOCRATS ARE SEEN TO GAIN
IN STATEHOUSE RACES


More than 6,000 state legislative seats in 46 states are on the Nov. 7 ballot, and like the seismic state elections in 1994 and 1974 the cumulative impact of the outcomes could be immense, with Democrats possibly gaining control of a majority of state capitols for the first time in a decade.

While the nation’s attention has been fixed on the question of which party will control Congress, another campaign season has been unfolding in the shadows — upstaged and overlooked but more likely to affect the day-to-day life of voters than the big-money Congressional races.

Most significantly, the groundwork for redrawing Congressional districts after the 2010 census will be done under the 50 capitol domes, and the party in power will set the table for those discussions in ways favorable to its interests. Gains made this year, analysts say, will help give incumbents a leg up in the final elections leading up to the redistricting.

If the Democrats take control of a majority of the legislatures, which polls indicate could happen, women could also attain leadership positions in greater numbers, since Democratic women in state capitals outnumber Republican women by nearly two to one. The next generation of national political leaders, by tradition, is nurtured in the state legislatures.

Nota Formiga Bargante: Para todos aqueles (poucos...) que entendem que a vida não se esgota no "rectângulo", esta leitura é fundamental.

Para os outros, basta saberem se o Benfica, Sporting ou Porto ganharam os seus desafios.

Aqui, no formigueiro, estamos mais interessados no Chelsea.

Feitios !

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segunda-feira, 30 de outubro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA






















about adam broomberg and oliver chanarin (ghetto)



UM ACTO DE BARBÁRIE

ENCERRAMENTO DO MUSEU DE ARTE POPULAR
PETIÇÃO ONLINE

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AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.



NÓS POR CÁ TODOS BEM

Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.
viriato soromenho marques - visão 18.5.2006

O GRANDE TIMONEIRO

about pierpaolo koss

ELEIÇÃO DE DELEGADOS AO CONGRESSO DO PS
Moção de José Sócrates - 1.384 delegados (99% dos votos)
Moção de Helena Roseta - 9 delegados
Moção de Fonseca Ferreira - 7 delegados

"O PS é um partido atento, vivo e mobilizado para a sua intervenção cívica"
in: declaração de José Sócrates.

Comentário Formiga Bargante: já agora, e se não é pedir muito, gostariamos de saber qual tem sido a actividade do PS a nível de militantes.
É que aqui por Lisboa não se deu por nada.





AS PALAVRAS DOS OUTROS
(comentários na formiga bargante)

Anonymous said...
Atente-se igualmente no desvio de intenções da Ellipse:
Em 2004 no Portal da Bolsa
http://pt.portaldebolsa.com/pt/stocks/news_general.asp?id=29318), era noticiado que o objectivo da Ellipse, inicialmente um Fundo de Investimento em Arte, era reunir um conjunto de 40 investidores que participassem com 300 mil dólares cada e assim criassem o tal fundo. À Ellipse caberia a função de angariar obras de arte, esperar cerca de 9 anos pelo retorno (muito inflaccionado, previa-se embora os artistas escolhidos para integrar o fundo sejam na sua maioria de carreira pouco auspiciosa) e, se não surgisse mercado, o próprio banco pagaria do seu bolso as obras por ele escolhidas com o apoio monetário dos investidores, mas fazendo, obviamente, o seu preço. Porém, o fundo de investimento, agora fundação não reuniu os 40 investidores que esperava, nem o montante desejado. Tudo porque, e segundo João Rendeiro os críticos e os investidores em si não visitaram o site da Fundação na internet (http://www.ellipsefoundation.com/site/index.html) e por isso não avaliaram os artistas escolhidos. Desses, poucos são os nomes que poderiam de facto servir de chamamento a outros investidores. Se foi falta de conhecimento, paciência. Deveriam todos estar mais cientes de que certos artistas vendem e que um investimento neles, ainda que muito custoso, valeria mais a pena que a escolha de outros menos conhecidos e que provavelmente nunca o serão. Daí o não haver retorno.

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UMA VERNISAGE DIFERENTE DAS OUTRAS
"gallery empty space"
















Simon Pope invites you to recall, from memory, a walk through a gallery space, and explore the spatial, social and professional relations contained within it. you are asked to summon-up these remote spaces - through memory, body, speech and movement – so that they exist at two locations simultaneously, both here and there.

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BORN IN THE U.S.A.
Fotografia e política americanas























about brian finke

THE TORTURE ELECTION

The Congressional campaign of 2006 slouches toward election day through a grotesque landscape of torture and excuses for torture, scabrous messages from a Congressman to young boys, a Congressional cover-up of the same, murder and countermurder every day in Iraq (a heart-stopping 655,000 Iraqis have died since the invasion, according to a Johns Hopkins study), and nuclear fallout from North Korea (of the political if not the literal kind). The stakes, as President Bush likes to say--and on this point he is correct--could scarcely be higher. But they include one stake he never mentions: the future of constitutional government in the United States, which his presidency and his party have put in serious jeopardy. The old (lower case) republican system of checks and balances and popular liberties, you might say, is in danger of replacement by a new (upper case) Republican system of arbitrary one-party rule organized around an all-powerful presidency.

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domingo, 29 de outubro de 2006

O GRANDE TIMONEIRO


about pierpaolo koss

JOSÉ SÓCRATES REELEITO LIDER DO PS COM 97,2 POR CENTO DOS VOTOS
E 99 POR CENTO DOS DELEGADOS AO PRÓXIMO CONGRESSO

LONGA VIDA AO CAMARADA SÓCRATES
BOYS&GIRLS AGRADECIDOS

COMO CHEGÁMOS A ISTO?

Guia prático para compreender os mecanismos de corrupção ligados à construção civil.

Empreendedores & políticos de mãos dadas.

E muitos milhões de euros a passar de um bolso para o outro, ilegalmente.

Mas atenção, tudo isto se passa em Espanha.

Em Portugal é tudo transparente, a começar pelas contas dos partidos, de todos os partidos.

Abençoado país este, conquistado por Afonso Henriques (o tal que roubou a mãe) e "protegido" pela Virgem de Fátima.

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sábado, 28 de outubro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM SÁBADO























about david lachapelle




ESTA VIDA SÃO DOIS DIAS

UM LEILÃO


willem de kooning
untitled (figure in a landscape)
sotheby´s
15.11.2006
preço estimado: 650.000 - 850.000 USD

CATALOGUE NOTE

When I moved into this house, everything seemed self-evident. The space, the light, the trees – I just accepted it without thinking about it much. Now I look around with new eyes. I think it’s all kind of a miracle.
Willem de Kooning

Willem de Kooning returned his focus to painting in 1975 after two years of devoting himself primarily to making sculpture. In this resurgence of artistic creativity and with a newfound confidence, de Kooning produced an extraordinary body of work that would soon become one of the most highly regarded series of his long career. During this period, de Kooning experimented with varying levels of image abstraction and morphology. The sunlight, dunes, bright blue water and deep green landscapes of Long Island increasingly informed de Kooning’s representation of the female form, and as a result the two subjects merged. As Thomas Hess stated, “Woman, for de Kooning, is the human equivalent of water; more than a vessel, she embodies it in planes of rippling flesh.” (Harry Gaugh, de Kooning, New York, 1982, p. 109)

Though highly abstracted and gestural, the figurative element in Untitled (Figure in a Landscape) maintains a powerful presence even as the form appears to be engulfed by the turbulent, watery background. The overall effect is a tapestry of marks in a stunning orchestration of color and brushwork. The energy with which de Kooning applied the paint is palpable; the bravado of the brushstrokes is keenly sensed in the strong blue strokes splashing over the figure’s head. Other than the well defined arms and head, the rest of the figure’s body is subsumed by the watery paint application of the lower region. The swirling reds, blues and fleshy pinks of Untitled (Figure in a Landscape) highlight de Kooning’s reputation as a superb colorist. The group of paintings produced from 1975-1977 have long been noted as being the most direct reference to liquidity and flow in de Kooning’s work. Having left Manhattan and living full time in East Hampton, de Kooning explained: “I wanted to get in touch with nature. Not painting scenes from nature, but to get a feeling of that light that was very appealing to me, here particularly. I was always very much interested in water…I reflected upon the reflections on the water…I do that almost every day.” (Harold Rosenberg, de Kooning, New York, 1973, pp. 48, 50) Untitled (Figure in a Landscape) is a beautiful and lively representation of the watery landscapes and figurative forms that de Kooning so expertly merged in his late seventies renaissance.







UM BLOGUE

ARTOPIA
John Perreault´s Art Diary

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sexta-feira, 27 de outubro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA























about rena effendi



UM ACTO DE BARBÁRIE

ENCERRAMENTO DO MUSEU DE ARTE POPULAR
PETIÇÃO ONLINE

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AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.



NÓS POR CÁ TODOS BEM

Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.
viriato soromenho marques - visão 18.5.2006

AS PALAVRAS DOS OUTROS
BLOG ODESPROPOSITO


Museu de Arte Popular

Neste (mal-parado) "caso" e à semelhança do que aconteceu com as "três piscinas" (também) da Capital, não poderia/deveria a Ordem dos Arquitectos fazer ouvir a sua voz em defesa da continuidade do Museu de Arte Popular?
Bem, sim, não... quer dizer, como o Museu de Arte Popular não consta do levantamento do património edificado do Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa (1987) da então Associação dos Arquitectos Portugueses, nem consta da mais recente iniciativa do IAPXX, na pesquisa para Equip. Culturais do concelho de Lisboa... talvez não tenha interesse...

ODESPROPOSITO (LINK)

ESTE PRESIDENTE É, CADA DIA, MAIS PERIGOSO

CONGRESSOS NO SÃO JORGE
A grande novidade, segundo o presidente da CML, é que se pretende fazer do antigo cinema da avenida um centro de congressos de grande dimensão: "Ali à volta há vários hotéis que não dispõem de espaços para organizar colóquios e conferências internacionais. Ora, nós vamos poder colmatar essa lacuna, esta será uma das grandes apostas para cativar ainda mais eventos para a cidade".

À espera de investimento, mas camarário, está o cinema São Jorge, na avenida da Liberdade, para onde Carmona Rodrigues defende uma alteração total em relação ao que hoje existe. O edifício manterá a sua aparência exterior, mas ao nível interior tudo será diferente. A sala grande, com capacidade para 900 lugares, mantém-se e será melhorada, mas as duas que estão na parte inferior serão transformadas numa única.
in: expresso de 21.10.2006

Em 1950 é atribuído o Prémio Municipal de Arquitectura ao Cinema São Jorge (52), situado na Av. da Liberdade, nº 175.
Sendo uma encomenda da Sociedade Anglo-Portuguesa de Cinemas, o Cinema S. Jorge, projectado pelo Arq. Fernando Silva, é considerado uma novidade na arquitectura central de Lisboa.
in:cm-lisboa ulisses (link)

As ideias que Carmona Rodrigues "debita" sobre Lisboa são cada vez mais preocupantes.

Desta vez calhou ao Cinema São Jorge.

O único exemplo que resta dos grandes cinemas de Lisboa dos anos 50, segundo proposta do "nosso" Presidente, vai servir para apoio aos coitados dos hoteleiros da zona, que passam a têr ali à mão um novo equipamento para ajudar à rentabilização máxima das suas unidades, e à custa do dinheiro dos contribuintes.
Não é nada mau negócio, assim até eu...

Mas, o que é mais inquietante nesta notícia, é a total falta de visão estratégica e global para Lisboa.

Ao lado do São Jorge parece que vai surgir o tal projecto do Gehry para o Parque Mayer.

Será que não faria sentido integrar o São Jorge na dinâmica que ali se pretende criar? Ou o projecto não é para avançar?

E para a pretendida, (e necessária mas não com o plano agora apresentado) revitalização da Baixa-Chiado um equipamento com as caracteristicas únicas do São Jorge não fará sentido a sua integração no dito projecto?

Finalmente mais duas pequenas questões:

1ª - A avaliar pelo texto da notícia, até parece que o São Jorge é, no seu interior, uma manta de retalhos, com uma sala grande (900 lugares) e mais duas salas pequenas. Acontece que o São Jorge original era uma única e bela sala, que com a aprovação do edil da altura (qual seria, não me recordo) foi transformado no triste exemplo que está à vista de todos. E será que mesmo para aproveitamento "congressional" do São Jorge não faria mais sentido uma única sala de maior capacidade, sala essa que na versão original até permitiria acolher grandes e médios congressos, bastava têr a plateia aberta para os médios e a plateia e o balcão para os grandes congressos.
Mas o nosso "querido presidente" é que deve têr os estudos, não é? (já agora, existem estudos ou é tudo a olho?)

2ª - E a Ordem dos Arquitectos, não terá também uma palavra a dizer neste disparate?

Oremos...





BORN IN THE U.S.A.
Fotografia e política americanas
















about barbara cole

AFTER FAILURE IN IRAQ

A frank statement of the seriousness of Britain's predicament in Iraq from the chief-of-staff of the British army, General Richard Dannatt, has precipitated an unusual air of realism that opens up the serious possibility of a British withdrawal.

Dannatt's remarks, published in a newspaper interview on 12 October 2006, opened a space of debate into which senior politicians as well as commentators have entered with a mixture of alacrity and relief.

The headline theme of this new public debate is that Iraqi police and security forces should be in a position to take over in the British zone of operations during 2007. In light of the intermixing of police and Shi'a militias in southeastern Iraq, and the recent deterioration in security in Basra and surrounding districts, this appears a hugely optimistic target.

In fact, much of this departure in Britain's official discourse about Iraq is little more than political rhetoric designed to cultivate the fig-leaf that will be needed for an eventual ...

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?
monochrom

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA
















about gregory crewdson
outras fotos do mesmo autor na FB (link) (link)



UM ACTO DE BARBÁRIE
ENCERRAMENTO DO MUSEU DE ARTE POPULAR
PETIÇÃO ONLINE

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AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
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NÓS POR CÁ TODOS BEM
Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
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viriato soromenho marques - visão 18.5.2006

ONDE CHEGA O SENTIMENTO DE IMPUNIDADE

Ellipse Foundation curators Pedro Lapa
and Alexandre Melo
in: ARTFORUM (link)
foto: miguel amado

Esta foto foi obtida no decorrer da apresentação internacional da colecção da Ellipse Foundation, e publicada numa das mais importantes revistas americanas dedicadas à arte.

Pedro Lapa é director do Museu Nacional do Chiado.

Alexandre Melo é assessor do primeiro-minístro, José Sócrates, para a Cultura.

Não resistimos a transcrever, mais uma vez, parte do código de ética da Associação dos Directores dos Museus de Arte Americanos, da qual fazem parte directores dos mais importantes museus americanos, canadianos e mexicanos:

"A director shall not deal in works of art or be party to the recommendation for purchase by museums or collectors of works of art in which the director has any undisclosed financial interest. The director shall not accept any commission or compromising gift from any seller or buyer of works of art". (link)

Nos Estados Unidos este par nunca seria aceite naquela Associação.

Em Portugal disfrutam da impunidade conhecida.

Até quando, senhor Primeiro-Minístro?

O DESEMPENHO DE PEDRO LAPA ENQUANTO
DIRECTOR DO MUSEU NACIONAL DO CHIADO

Pedro Lapa é director do Museu Nacional do Chiado desde 2000, e sucedeu a Raquel Henriques da Silva.

Para se poder avaliar do desempenho de Pedro Lapa, enquanto Director do MNCh (enquanto "curator" da Ellipse Foundation lá está João Rendeiro para avaliar) nada melhor do que os números.

E aqui estão eles:

Total de visitantes Janeiro/Setembro
1999 - 39.329
2000- 29.748 (-24%)
2001 - 36.250 (-8%)
2002 - 26.381 (-33%)
2003 - 25.532 (-35%)
2004 - 29.023 (-26%)
2005 - 21.775 (-45%)
2006 - 40.778 (+4%)

ou seja, desde que pedro lapa é director do Museu do Chiado, perdeu sempre visitantes, excepto este ano.
E não perdeu poucos.
Com as mesmas instalações e a mesma colecção, mas com o apoio do mecenas Millennium/BCP, algo que em 1999 não existia, o descalabro é tão grande que comparando 2005 com 1999 o Museu do Chiado perde 45% de visitantes !

Mas, em 2006, está a dar-se a recuperação, não é ?

Mentira.

Vejamos outros números:

Total de visitantes Junho/Setembro:
1999 - 17.167
2000 - 15.302 (-11%)
2001 - 19.539 (+14%)
2002 - 13.802 (-20%)
2003 - 15.604 (-9%)
2004 - 15.148 (-12%)
2005 - 12.918 (-25%)
2006 - 11.154 (-35%)

ou seja, no último quadrimestre de 2006 o Museu Nacional do Chiado tem o menor número de visitantes dos últimos 8 anos !

Os comentários que esta constatação proporciona são tantos e tão variados, que, da nossa parte, os deixamos para todos vós, amáveis "leitores" da Formiga Bargante.

No entanto, não resistimos a perguntar:

QUANDO É QUE ESTA VERGONHA ACABA?





OBRIGADO SENHORA MINISTRA OU,
DO CONTÁGIO DA GRIPE DAS AVES.

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BORN IN THE U.S.A.
Fotografia e política americanas




















about david graham

BUSH´S PROPOSAL OF "BENCHMARKS" FOR IRAQ
SOUNDS FAMILIAR


The text of President Bush's news conference yesterday ran to nearly 10,000 words, but what may have been more significant were the things he did not say.

The president talked repeatedly about "benchmarks" for progress in Iraq, using that word 13 times. But he did not discuss the consequences of the Iraqi government missing those targets. Such a question, he said, was "hypothetical."

That response left unclear how the benchmarks would be different from previous times when the United States has set out intentions, only to back down. For example, the original war plan envisioned the U.S. troop presence in Iraq being cut to 30,000 by the fall of 2003. Last year, some top U.S. commanders thought they would be able to significantly cut the U.S. troop level in Iraq this year -- a hope now officially abandoned. More recently, the U.S. military all but withdrew from Baghdad, only to have to have to reenter the capital as security evaporated from its streets and Iraqi forces proved unable to restore calm by themselves.

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quarta-feira, 25 de outubro de 2006



BASTA PUM BASTA!

UMA GERAÇÃO, QUE CONSENTE DEIXAR-SE REPRESENTAR POR UM DANTAS É UMA GERAÇÃO QUE NUNCA O FOI! É UM COIO D'INDIGENTES, D'INDIGNOS E DE CEGOS! É UMA RÊSMA DE CHARLATÃES E DE VENDIDOS, E SÓ PODE PARIR ABAIXO DE ZERO!

ABAIXO A GERAÇÃO!

PORTUGAL QUE COM TODOS ESTES SENHORES, CONSEGUIU A CLASSIFICAÇÃO DO PAIZ MAIS ATRAZADO DA EUROPA E DE TODO OMUNDO! O PAIZ MAIS SELVAGEM DE TODAS AS ÁFRICAS! O EXILIO DOS DEGRADADOS E DOS INDIFERENTES! A AFRICA RECLUSA DOS EUROPEUS! O ENTULHO DAS DESVANTAGENS E DOS SOBEJOS! PORTUGAL INTEIRO HA-DE ABRIR OS OLHOS UM DIA - SE É QUE A SUA CEGUEIRA NÃO É INCURÁVEL E ENTÃO GRITARÁ COMMIGO, A MEU LADO, A NECESSIDADE QUE PORTUGAL TEM DE SER QUALQUER COISA DE ASSEIADO!

MORRA O DANTAS, MORRA! Mão.jpg (2277 bytes)PIM!


MANIFESTO ANTI-DANTAS

JOSÉ DE ALMADA NEGREIROS

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BASTA PUM BASTA

UM ACTO DE BARBÁRIE
ENCERRAMENTO DO MUSEU DE ARTE POPULAR

PETIÇÃO ONLINE
(LINK)




BASTA PUM BASTA

"As 25 mil peças, algumas do século XIX, que mostram testemunhos da arte popular portuguesa vão sair de Belém. Na verdade, o Museu de Arte Popular será despejado e as peças distribuídas por vários museus do País. "Não faz sentido que aquele museu esteja hoje ali", revelou, ao DN, a ministra da Cultura, considerando que a estrutura "foi sendo desactivada ao longo do tempo, perdendo a dinâmica e o pessoal".

"O edifício onde está instalado o Museu de Arte Popular é o único pavilhão que sobreviveu da Exposição do Mundo Português de 1940. Da autoria de Veloso Reis Camelo e João Simões, o edifício foi projectado pelo arquitecto Jorge Segurado, tendo o museu sido inaugurado em 1948.
Para a concretização do museu trabalharam vários artistas, como Tomás de Melo (Tom), Estrela Faria, Manuel Lapa, Eduardo Anahory, Carlos Botelho e Paulo Ferreira, tendo concebido pinturas murais temáticas das várias regiões representadas no espólio".

O futuro destes murais, segundo disse ao DN o presidente do Instituto Português de Museus, Manuel Oleiro, não está em causa. "Os murais vão continuar, depois de restaurados, mas não é uma evidência que fiquem futuramente sempre visíveis ao público."

Quanto ao destino a dar ao espólio, Manuel Oleiro argumenta não constituir uma questão "muito urgente", mas considera que poderá "ser afecto a vários museus ou um apenas, durante 2007".

"Não haverá perda de investimento com a instalação ali do novo museu, porque as obras só se referem ao edifício", justifica Manuel Oleiro, que também não parece preocupado com o que dizia em 1944 o "auto de entrega" do edifício, ao mencionar que o espaço se destinava só ao museu. "Houve uma cedência de condições com o Estado, mas parece-me pacífico, porque o edifício destina-se a um outro museu e, portanto, nada será desvirtuado."
in: diário de notícias (link)



BASTA PUM BASTA

As declarações do capataz Manuel Oleiro

Manuel Oleiro, "figura" muito comentada neste blogue (basta fazerem uma pesquisa no blogue para encontrarem, pelos menos, 52 entradas), foi o único presidente dos Institutos Públicos dependentes do Ministério da Cultura que foi reconduzido pela ainda Ministra, na última remodelação feita naqueles cargos.

E não foi por acaso.

Manuel Oleiro é um "capataz todo o terreno" às ordens de qualquer chefe (entenda-se secretário de estado ou ministro, tanto faz) pronto a "apadrinhar" os actos mais miseráveis que se vão praticando no Instituto a que preside.

Ele é a situação já tão denunciada de Pedro Lapa, director do Museu do Chiado e "curator" da Fundação Ellipse, que num pais que não Portugal já estava demitido e exposto à crítica mais violenta dos seus pares (veja-se o código ético da Associação dos Directores de Museus de Arte dos Estados Unidos, México e Canadá neste link), ele é a justificação dada para o declínio do Museu de Conímbriga que perdeu mais de 50% de visitantes nos últimos 5 anos e que Manuel Oleiro atribui a "um problema rodoviário", ele é a situação do Museu do Azulejo já aqui também muito referida (curiosamente também 52 entradas na tal busca...), ele é a situação de uma directora de um dos nossos principais museus ser forçada a limpar pessoalmente casas de banho (eu vi...), dado que Manuel Oleiro não disponibiliza pessoal para um museu que mais que duplicou o número de visitantes este ano, ele é a situação no Museu de Aveiro em que, para cumprir prazos de finalização da obra se estão a destruir vestígios arqueológicos cujo valor ninguém está em condições de aferir, dada a sua destruição, ele é a manipulação grosseira das estatísticas de visitantes dos museus sob tutela do IPM para afirmar que está tudo bem com os museus nacionais, quando mais de metade deles perde visitantes, enfim, um rol infindável de situações que, com outra ministra, (e já agora qual o papel do primeiro ministro neste "romance") já teriam provocado a demissão pura e simples de Manuel Oleiro.

Vem agora este senhor declarar ao Diário de Notícias que a questão do espólio de cerca de 25.000 peças do Museu de Arte Popular não é uma questão urgente, e que "poderá ser afecto a vários museus ou um apenas", deixando assim antever a possibilidade de aquele espólio, colecção única no nosso país, ser desmantelado e ir para às reservas de vários museus, perdendo-se assim o sentido de colecção que presidiu à sua recolha.

Este é o retrato possível, neste momento, do capataz Manuel Oleiro, e mais uma boa razão para perguntar ao primeiro ministro José Sócrates quando é que arranja tempo para olhar para o sector da cultura e, já agora, para o papel que o seu conselheiro para a dita, Alexandre Melo, anda a desempenhar no cargo que lhe foi atribuido e na sua ligação enquanto "curator" à Ellipse Foundation.

Mas estas são outras "estórias".



BASTA PUM BASTA

UM ACTO DE BARBÁRIE:
SOBRE O ENCERRAMENTO DO MUSEU DE ARTE POPULAR
(texto do primeiro e segundo subscritores da petição online)


Em Abril de 2007 tinha já o Ministério da Cultura, através dos órgãos de comunicação social, levantado a hipótese de encerramento do Museu de Arte Popular (MAP), sem qualquer tipo de justificação, e designando que viesse ocupar o seu lugar um "Centro de Interpretação dos Descobrimentos"; meses depois vimos confirmado (?) esse desejo, indicando que, afinal, aí será instalado um "Museu da Língua Portuguesa".

A decisão é - para além de errática -, absolutamente preocupante: não é dada qualquer indicação sobre o destino da valiosíssima colecção que o Museu alberga; não é comunicada nenhuma informação sobre o futuro do edifício, como obra de arte arquitectónica única do final do Modernismo português; e sequer, em período de contenção séria das finanças públicas e em que o cidadão é obrigado a cortes cegos no orçamento para a cultura, indicação do projecto ou montantes que envolve a criação do "Centro de Interpretação dos Descobrimentos" ou do "Museu da Língua Portuguesa".

Tudo isto quando o Museu, obrigado a um encerramento forçado para obras durante seis anos - para obras de requalificação que o Estado Português não fazia desde... 1940 - não teve nem tem condições para provar, requalificado e capaz, a sua exequibilidade cultural e a sua utilidade.

O MAP - comecemos precisamente por aqui - é, ao momento, o único pavilhão sobrevivente da Exposição do Mundo Português, de 1940. Guarda no seu interior uma colecção única de arte popular das várias regiões onde se fez sentir a cultura portuguesa, e uma das mais inestimáveis: aquando da enorme exposição realizada no final dos anos 90 pela Fundação Calouste Gulbenkian em Jacarta, boa parte das obras aí presentes vieram da colecção do MAP.

Encerrado para obras há mais de seis anos, o Museu sofre de uma lateralização inacreditável e constante da parte da tutela: não tendo recebido obras de vulto desde 1940 - repetimos desde 1940 - para a preservação do edifício, que se ia desfazendo ao longo dos anos, foi necessário o seu encerramento para obras. O Estado nem zelou pela boa preservação da colecção, mantida dentro do edifício em obras sem que o Ministério facultasse qualquer tipo de material específico de conservação (cenário inacreditável num país europeu!). Com o desfavor da tutela ao longo dos anos, que por qualquer tipo de prejuízo mental ou cultural em relação ao edifício não acelerou os processos relacionados com a requalificação, o Museu não só esteve fechado ao público, como saiu das atenções do palco mediático.

Parecia configurar-se, para aqueles que conhecem a colecção e o edifício, aquilo que agora se veio a anunciar: a proposta autocrática do poder central de encerrar um marco inestimável da cultura portuguesa no centro de Lisboa.

Outro aspecto de suma gravidade é a desatenção à própria Arte Popular. O Museu é o único, a nível nacional, a recolher uma exposição exclusivamente dedicada a um tipo de Arte que representa tanto o país como o Cinema, a Fotografia, a Arquitectura; mas que parece ser considerada pelo Ministério da Cultura como um parente pobre, já que nenhuma justificação para o fecho do Museu é dada. Estaremos - não queremos crer - perante um Ministério que não considera como parte da sua tutela a Arte Popular, com uma visão da cultura imediatista? Se não são dados motivos para o encerramento do Museu de Arte Popular, nem sobre o destino da sua colecção, o sinal que o Ministério da Cultura dará para todo o país e para o resto do mundo é de uma visão cultural limitada e não inclusiva - facto de que as instituições europeias, que financiaram a requalificação do Museu, e por toda a Europa co-financiam Museus de Arte Popular - deverão ser cabalmente informadas.

Uma outra questão levanta-se em relação ao edifício do Museu: que sentido faz encerrar um museu que, segundo José Augusto-França, marca "com a proposta ideográfica da sua arquitectura, mais do que da sua decoração acessória, o fim do processo modernista em Portugal"? Instalado num dos pavilhões da Exposição do Mundo Português, o MAP foi projectado pelo Arquitecto Jorge Segurado e nele trabalharam artistas como Tomás de Melo (Tom), Estrela Faria, Manuel Lapa, Eduardo Anahory, Carlos Botelho e Paulo Ferreira. Do acervo do Museu de Arte Popular (MAP) fazem parte peças de artesanato que há muito deixaram de se executar, constituindo por isso exemplares únicos que importa preservar.

Que destino terá a colecção museológica, bem como o arquivo e a biblioteca do MAP se o encerramento do museu se concretizar?

E que sentido faz deslocar este importante acervo para qualquer outro local, sabendo que o MAP foi projectado em função da colecção que alberga, constituindo por isso um exemplar arquitectónico-museológico sem igual (desde as peças de mobiliário expositivo aos vidros, passando pelos espaços - concebidos por arquitectos que passaram pela escola da Bauhaus, tudo no MAP está em relação com a colecção museológica)?

Para além disso, o MAP é, em si mesmo, um documento histórico incontornável para o estudo da história do Estado Novo; sendo um museu criado por um determinado contexto ideológico, e tendo vários museus do mundo, resultantes de contextos semelhantes, sido destruídos com a queda das ideologias que os originaram, o MAP é uma obra rara e importantíssima para o conhecimento e a compreensão da nossa história contemporânea.

Por último, os custos de requalificação do edifício. Nestes anos em que esteve parcial ou totalmente encerrado, o processo teve os seguintes encargos: 1ª fase: custo total - 2.889.000,00 euros (comparticipação comunitária: 1.444.500,00 euros); 2ª fase: custo total - 822.266,84 euros (comparticipação comunitária: 509.805, 44); 3ª fase: 405.556,70 (comparticipação comunitária: 251.445,15); ou seja, a União Europeia e os contribuintes portugueses financiaram uma obra de renovação que, para todos os efeitos, não terá servido para nada. Ou, mais grave, para uma obra de requalificação de um edifício - Museu de Arte Popular - que agora, enganando os contribuintes e as instituições comunitárias, será utilizado para outros fins.

Por este meio lhe solicitamos que assine esta petição contra o encerramento do Museu de Arte Popular - um acto de verdadeira barbárie cultural, cego, sem estratégia e absolutamente grave contra um marco da cultura portuguesa do século XX. Nesta petição os subscritores:

1 - Manifestam a sua absoluta preocupação, como cidadãos e contribuintes, contra o fecho do Museu de Arte Popular, de um equipamento cultural raríssimo, último pavilhão completo da Exposição de 1940;

2 - Solicitam ao Ministério da Cultura, como cidadãos de um Estado Democrático, o esclarecimento da medida de encerramento do Museu de Arte Popular, bem como o destino a dar à sua valiosíssima colecção e ao edifício.

3 - Vêm manifestar a sua preocupação com o fecho de um edifício cultural cujas obras de requalificação custaram aos contribuintes nacionais e europeus 4116823,54 euros.

Pedro Sena-Lino
Rui Santos

terça-feira, 24 de outubro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA




















about philip blenkinsop (não percam este link!)



AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.



NÓS POR CÁ TODOS BEM

Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.

PROTAGONISTAS
Alexandre Pomar - revista actual (expresso) de 21.10.2006

Para todos aqueles que não tiveram oportunidade de lêr o artigo
( a todos os títulos notável) de Alexandre Pomar sobre os
protagonistas, internacionais e nacionais, que estão a mudar os valores e as condições de circulação da arte, fazemos um apelo: corram aos vossos fornecedores habituais de jornais, e mesmo sem o filme à "borla", tratem de comprar o Expresso e de lêr o artigo em questão.
É um daqueles textos para guardar e deixar em testamento.

Acreditem!

PROTAGONISTAS (excerto)
Alexandre Pomar - revista Actual (Expresso) - 21.10.2006

"João Rendeiro partilha a propriedade artística com o Banco Privado Português e a Ellipse Foundation (em inglês, com sede em Amsterdão, onde é mais favorável o direito das fundações). A dita Ellipse começou por ser anunciada como um fundo de investimentos em arte, com rentabilização a sete, oito anos. Já em andamento, mudou de estratégia, afastou o horizonte da alienação (por sinal, as compras são feitas num período de grande inflação do mercado) e decidiu abrir um "art centre" para ir mostrando o acervo - são duas condições que a favorecem como cliente, tal como a associação ao Museu do Chiado por via do curador-director Pedro Lapa. As obras de Sharon Lockart que lá se expõem pertencem à Ellipse, o que tem vantagens desiguais para as duas partes. Outro comprador é Alexandre Melo, que acumula com o posto de conselheiro cultural do primeiro-ministro e com o papel de comissário de exposições oficiais ("Portugal Novo", no Brasil e em Luanda - nem todos os artistas são apostas da Ellipse) e particulares (agora na Galeria Presença , Porto, com três artistas elípticos estrangeiros). Os conflitos de interesses são gritantes nos dois casos, mas já se sabe que a arte é um dos mercados muito pouco regulado e que a imprensa cultural é a mais complacente de todas".

PROTAGONISTAS

Em sinal de apoio ao excelente texto de Alexandre Pomar, recuperamos aqui alguns outros textos, estrangeiros, sobre o mesmo tema.

Art Newspaper
Adrian Ellis

Art funds are investment vehicles, the return on which is linked to a portfolio of works of art acquired—as opposed to the stocks, bonds, property and commodities that are the usual components of investment funds. The return to the investor is determined, on the one hand, by the buoyancy of the art market or, more specifically, the bit of it in which the fund is investing (for example, contemporary, Asian or decorative arts) and, on the other hand, by the shrewdness of the decisions made by the funds’ managers with respect to specific acquisitions. The more buoyant the art market, the less shrewd the fund managers need to be to beat other financial instruments with which they are competing for investors’ attention and money".

"Some have missions that seek to combine the power of the market with broader aims—in the case of the Artist Pension Fund, for example, the aim is to create a stream of income for artists in their retirement by cross subsidising less successful artists from the proceeds of more successful ones. Others, such as the Ellipse Foundation and the Wonderful Fund (see p6) have a for-profit framework but a rhetoric that combines commercial and non-commercial intentions in a way that is difficult to decode and disentangle".


Code of Ethics
Adopted by the membership of the AAMD, June 1996; amended 1971, 1973, 1974, 1991 and 2001

The position of a museum director is one of trust. The director will act with integrity and in accordance with the highest ethical principles. The director will avoid any and all activities that could compromise his/her position or the institution. The professional integrity of the director should set a standard for the staff. A museum director is obligated to implement the policy of the governing board for the benefit of the institution and the public. The director is responsible for ensuring that the institution adopt and disseminate a code of ethics for the museum board, staff, and volunteers.
It is unprofessional for a museum director to use his or her influence or position for personal gain. A director shall not deal in works of art or be party to the recommendation for purchase by museums or collectors of works of art in which the director has any undisclosed financial interest. The director shall not accept any commission or compromising gift from any seller or buyer of works of art.
LINK





FINALMENTE TEMOS PRESIDENTE !

Carmona Rodrigues decidiu-se, finalmente, a lutar contra os interesses instalados em Lisboa.

Depois dos "casos" da Infante Santo, do Plano de Revitalização da Baixa-Chiado, das "obras bentas", da EPUL & Seus Capangas, da venda de património ao desbarato, do Parque Mayer e do túnel do Marquês, Carmona Rodrigues decidiu passar à acção.

Vai fechar um infantário!

Caso a seguir aqui

Nota: "dica" obtida através do António Duarte da GLQL

PLANO BAIXA-CHIADO
Notas soltas


















1907 - mercado da praça da figueira
talhos e salsicharias em sábado de aleluia

UM MERCADO NA PRAÇA DA FIGUEIRA
Logo que se reduza o espaço afecto à circulação automóvel à superfície, serão possíveis novos usos para a Praça da Figueira. Desta forma, além de um espaço na placa central organizado para feiras semanais – filatelia, antiguidades, produtos regionais e biológicos –, poderá ser equacionada a possibilidade de se implantar, numa estrutura ligeira de aço e vidro, de baixa altura, algum comércio permanente, nomeadamente do ramo alimentar – gastronomia, restauração e, também, serviços de apoio aos visitantes (posto de informação turística, segurança e instalações sanitárias, etc.).
In:Plano de Revitalização da Baixa-Chiado (pág.56)

Modesta contribuição da Formiga Bargante para o trabalho a sêr entregue a Henrique Cayatte para o novo plano da Praça da Figueira, no qual o design será associado à tradição, aos produtos regionais, biológicos e tudo o mais que aprouver à distinta Comissão.


BORN IN THE U.S.A.
Fotografia e política americanas



















about sam taylor-wood

THE TOP 10 WHO ARE CHANGING
THE WORLD OF INTERNET AND POLITICS

VENCEDOR


We are a nonpartisan, nonprofit, "consumer advocate" for voters that aims to reduce the level of deception and confusion in U.S. politics. We monitor the factual accuracy of what is said by major U.S. political players in the form of TV ads, debates, speeches, interviews, and news releases. Our goal is to apply the best practices of both journalism and scholarship, and to increase public knowledge and understanding.

The Annenberg Political Fact Check is a project of the Annenberg Public Policy Center of the University of Pennsylvania. The APPC was established by publisher and philanthropist Walter Annenberg in 1994 to create a community of scholars within the University of Pennsylvania that would address public policy issues at the local, state, and federal levels.

The APPC accepts NO funding from business corporations, labor unions, political parties, lobbying organizations or individuals. It is funded primarily by the Annenberg Foundation.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

TENHAM UM MUITO BOM DIA




















about kaeowkao pongpaiboon



AVISO À NAVEGAÇÃO


A lógica de colocação de textos neste blogue
não obedece à lógica corrente na blogosfera.

Este blogue não é para preguiçosos.



NÓS POR CÁ TODOS BEM

Temas do rectângulo

Quando da próxima vez levantarmos a voz contra os "fracos reis" que nos governam,
tenhamos a coragem de reconhecer neles a triste imagem da "fraca gente"
em que nos deixámos transformar.

DEMITA-SE DALILA RODRIGUES
(directora do Museu Nacional de Arte Antiga)

Por este meio vimos fazer um veemente apelo a Manuel Oleiro, Presidente do Instituto Português de Museus, para demitir Dalila Rodrigues.

O que ela anda a fazer no "nosso" Museu Nacional de Arte Antiga é uma afronta, um escândalo, uma pouca vergonha, em suma.

Comparando Janeiro/Setembro 2004 (último ano de "gestão" daquele Museu por uma veneranda figura do nosso "património cultural") com igual periodo de 2006, aquela "senhora" teve o descaramento de aumentar de 717% o número de visitantes nacionais "ditos" normais", de 48% o número de visitantes nacionais aos domingos, de 24% o número de visitantes alunos escolares, de 109% o número de visitantes com menos de 14 anos, etc. etc. etc.

Isto é uma afronta !

Exemplo a seguir é o de Pedro Lapa, que de tão ocupado com a "sua" Ellipse Foundation não tem tempo para acudir ao "afundanço" do seu "Chez Lapa ao Chiado" (também conhecido por Museu do Chiado - Museu Nacional de Arte Contemporânea).

Dalila Rodrigues é um perigo, e está a por em causa os "legitimos interesses" e "os direitos adquiridos" dos Lapas & Cª.

Manuel Oleiro, mostre que é um homem à altura do seu desígnio: demita-a já !

O NOVO PLANO DE DINAMIZAÇÃO
DA BAIXA-CHIADO - V


Construir um modelo específico de habitação:
(A Baixa-Chiado como espaço urbano singular, mas privilegiado (o eixo qualitativo complementar)
Adoptar uma tipologia de reabilitação com grande valor em espaços limitados
A Baixa-Chiado pode ser um espaço residencial muito interessante, se o modelo de reabilitação for moderno e duradouro, superando as limitações físicas (m2) e de mobilidade (elevadores, estacionamento) com soluções inovadoras e cómodas e oferecendo no espaço comercial soluções de “comércio de proximidade”para os moradores);
Atrair “jovens”e “velhos”com iniciativa e/ou poder de compra
O espaço residencial da Baixa-Chiado não pode ser um espaço global nem se adequa a famílias grandes, ajustando-se mais às “idades”inicial e final do ciclo de vida. A captação de população pode ser feita,por outro lado, articulando decisões familiares ou individuais no quadro da economia privada e do mercado, com soluções institucionais no quadro da economia pública e social (residências estudantis, residências seniores);
In:Plano de Revitalização da Baixa-Chiado (pág.21)

ACRÉSCIMO POSSÍVEL DE RESIDENTES
Na área de intervenção existem 42 edifícios totalmente devolutos, além de inúmeras fracções na mesma situação. A área total de fracções devolutas é de 274.259 m2, dos quais cerca de 40% se localizam na Baixa, pelo que, na óptica da sua reabilitação, parece mais aconselhável a utilização para comércio e serviços nos três primeiros pisos e residência nos pisos superiores. Seguindo esta linha de raciocínio, faz-se o exercício de afectar à habitação todos os fogos existentes ou espaços devolutos que já tenham tido esse uso, bem como os armazéns existentes nos pisos acima do 2.o andar. Dividindo a área bruta total obtida por um rácio de 125 m2/fogo e considerando uma média de 3 habitantes /fogo, chegou-se a uma capacidade total de 17700 residentes, incluindo os já existentes.
In:Plano de Revitalização da Baixa-Chiado (pág.59)

A introdução de elevadores deverá ser uma regra, com excepção apenas nos casos em que os valores patrimoniais o impeçam. Hoje,apenas 15% dos edifícios da Baixa Chiado dispõem de elevador;
– Pelas razões de segurança invocadas no ponto 2.5, deve ser promovida a demolição dos pisos a mais que ultrapassem a regra do plano original e a altura dos edifícios contíguos;
In:Plano de Revitalização da Baixa-Chiado (pág.69)

E a distinta Comissão lá vai tirando coelhos da cartola, aliás, habitantes para a Baixa, como quem está sentado à mesa do café, a discutir o último Sporting-Porto.

Em primeiro lugar a proposta para que a futura população da Baixa seja constituida por “idosos endinheirados” e “jovens em princípio de vida” esquece uma verdade demográfica que ultrapassa a “visão” da douta comissão: o país está a envelhecer e, portanto, o destino da Baixa seria o de um enorme “lar para idosos endinheirados”.
Seguramente que é influência da passagem da Presidente pela Misericórdia de Lisboa !

Em segundo lugar avança com contas de metros quadrados e número médio de composição de famílias, sem indicar os critérios.

Como é que atinge uma dimensão média de 125m2 por fogo, dada a estrutura do construido?
E, se não é perguntar demasiado, 3 pessoa/média por agregado familiar?
Se uma das componentes fortes destes agregados são idosos, cujo número de membros é de 1 ou duas pessoas, com maior incidência no primeiro número, como se chega aos 3 de média?

Depois recomenda que todos os andares construidos para além dos andares originalmente previstos sejam demolidos, por razões de segurança.
Mas, nas contas que faz relativamente às áreas actualmente disponiveis, não menciona se utilizou ou não este critério para determinar as áreas livres.
Não é por nada, mas “cheira” a que o critério foi esquecido.

Finalmente, a proposta genial: a introdução de elevadores no construido.

Sabendo-se que cerca de 80% do construido na Baixa tem estrutura pombalina, como é que se introduz elevadores nesta estrutura sem afectar (ainda mais...) a sua resistência a sismos?

Ou o critério é o de “perdido por cem, perdido por mil”.

Dadas as alterações introduzidas nas estruturas, essencialmente nos pisos térreos, para a conquista de espaços “mais modernaços”, é hoje suficientemente conhecida a extrema fragilidade da Baixa a um sismo de forte intensidade.

Já agora, e como “aquilo” é para vir abaixo em caso de sismo violento, com ou sem elevadores, “bote-Se” lá os ditos, que enquanto não há sismo, sempre temos outro conforto, não é verdade?

E, entretanto, os construtores civis e os promotores imobiliários lá vão tratando da sua vidinha, certo?






MUSEUM WISH LISTS

As I talk with curators at museums not called 'MoMA' about their collections, they usually start with some variation of this: We can't afford to collect comprehensively. We can't build a 'complete' collection of contemporary art. We have to pick a few foci and collect richly in those areas. We can't have everything the way that museum can.

This has turned out to be a blessing for contemporary art. Here's why: MoMA's Cezanne-to-WWII timeline dominates the history of modern art. (Nevermind that it ignores American modernism and that it pays short shrift to Latin America and Central Europe.) But because there are so many museums and private collectors around the world who are committed to building major contemporary collections, there will not be a single institution that dominates the history of contemporary art the way MoMA does in modern art. This means that more artistic voices will be heard and more varied histories will be formed.

That's all the more important because MoMA, the modern/contemporary art world's richest institution, is struggling with contemporary art. As nearly every critic with a keyboard has noted, the current contemporary installation at MoMA is a mess. An unfortunate Wangechi Mutu competes with Mona Hatoum competes with David Hammons. And from the other side of a silly Martin Creed, the soundtrack of a Pipilotti Rist encrocahces on everything.

THE ART-O-METER

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"Art-O-Meter is a device that measures the quality of an art piece. It bases its evaluation on the amount of time that people spend in front of an artwork compared to the total time of exhibition. The measurements are graphically represented by comments and a 5 star rating system.
Without the interaction of a viewer, the Art-O-Meter will register time like a regular clock. However, when a user enters the area covered by its motion sensor, a second timer is triggered and it will count time as the viewer observes the artwork."

in: we make money not art (link)

SUPERCONSUMER

Franz Alken and Karl Rueskaefer

What happens when a computer programme starts buying and selling stuff on Internet auctions like ebay autonomously? That is the key question of superconsumers. The stuff the Bot has bought is exhibited for a short time. Thus digital values are translated into tangible goods. And vice versa, since the Bot sells them again after a while to buy new ones. In this way, commonplace products are temporarily translated into works of art.

The basic principle of superconsumers is to make an amount of money available to a software (a so called “bot”). The software uses this money to buy goods autonomously at the online-auction-platform ebay, transfers this goods to an art-space, exhibits them and sells them again via ebay.

Superconsumer pictures by Ulrich Thaler.

The exhibition-module consists of a computer-interface displaying the softwares actions at ebay, 7 pedestals that show the current goods and a watchmann who executes the softwares instructions and arranges the goods on the pedestals.

There are mainly 4 points that form a fascintation for this project:

The relationship between humans and machines - the bot replaces exemplarily the role of humans in the ebay environment.

The ready-made principle: While transfering ordinary objects from the mass-market to an art space, the bot enhances the objects to pieces of art. This enhancement is temporarily, the bot takes away the “art aura” by selling this pieces again via ebay.

The installation gives an constantly updated overwiev on the mass-market. The programming of the process makes the items the bot will buy unpredictable - a search on the topic “football” can respond items like fan-articles, computer games, books or sportswear.

Interaction is an important point on art-projects dealing with the internet. The interaction at superconsumers is quite hidden: Everyone dealing with the bot at ebay is arranging the exhibition without knowing it.